Cervejas Belgoo no Brasil

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Cervejas Belgoo

Acabamos de receber a maravilhosa notícia de que o Nonobier está oferecendo em sua loja virtual 2 das 3 cervejas da cervejaria Belgoo.

Belgoo Magus – uma Pale Ale de 6,6% de álcool

Belgoo Maxus –  uma Belgian Strong Ale de 8,1% de álcool

Conheci estas cervejas em Fev/08, quando estive em Barcelona para um congresso. Na época, a garçonete do bar, que era belga, me explicou que elas eram produzidas nas dependências da Brasserie La Binchoise por cervejeiros caseiros que alugavam o espaço, desde 2007.

Confesso que fiquei muito surpreso com 2 coisas: com a qualidade da cerveja e também com o design da embalagem, diferente do que tradicionalmente se vê por ai. Tinha um ar mais sofisticado, com o rótulo impresso diretamente na garrafa, de maneira discreta e sem nenhuma imagem, foto ou gravura.

Imaginei, logo de cara, que tratava-se de uma quebra de paradigma. As cervejas belgas normalmente prezam pelas questões das tradições, cervejarias históricas, receitam milenares. Mesmo as novas cervejas acabam indo na onda e estampam rótulos que remetem a criações mais antigas, talvez para não serem um peixe fora d’água, a única diferente, e por isso ser considerada menos nobre, menos importante, de menor qualidade.

A Belgoo foi na total contramão desta tendência. Sua garrafa não inova no modelo, já que o formato já era utilizado por outras marcas, mas aboliu por completo o rótulo de papel, impresso a quatro cores e colado na garrafa. Em seu lugar, apenas o nome da cervejaria e um pequeno detalhe que identifica o tipo da cerveja. Uma mudança que pode parecer pequena, mas esta preocupação com uma estética mais moderna pode significar a mudança de uma tradição. E pode ir além!! Pode também significar a aceitação por novos públicos, a entrada das cervejas especiais em novos mercados.

Não há como negar que muitas pessoas compram marcas, aparência. Já discutimos isso aqui no blog diversas vezes. E, se um rótulo com um monge ou lúpulos e cevadas não os atraem, quem sabe um design minimalista, discreto porém elegante, que lembre bebidas mais sofisticadas, faça com que essas pessoas passem a provar as cervejas especiais, já que uma Belgoo, em termos de embalagem, está mais para uma Skol Beats do que uma Bohemia.

Isso tudo é discutível e questionável, sem dúvida. Mas para mim, publicitário e marketeiro, mostrou um primeiro sinal de mudança, mas acima de tudo, de inovação!

Não concorda? Acha que embalagem não faz diferença? Uma escola tradicional como a Belga não pode fugir de suas tradições? Solte o verbo e deixe seu comentário.

8 Respostas para “Cervejas Belgoo no Brasil”


  • A pesar de ser uma das mais tradicional, a escola belga, não eh tão rigorosa assim, creio que a aceitação tanto no brasil quanto no mundo não se resigna apenas À embalagem. E uma garrafa diferente, que fuaja dos padrões, nunca indicariam, menor qualidade, ou fuga das tradições no conteudo da cerveja. Eu achei uma cerveja interessante, e ainda como colecionador de garrafas eh uma bela especie para a coleção. E mais uma vez parabens ao nono bier com as novidades para a região

  • Concordo plenamente com o Ricardo e discordo do comentario do Renato, acho que o rotulo influencia sim na compra de um produto novo, faço design estou no quarto ano e pelo pouco conhecimento que tenho em marketing, sei que a ideia principal para despertar o desejo em um consumidor é fazer com que ele pense estar fazendo uma compra racional, mas não percebe que de alguma forma o rotulo o influencia. A questão de comprar a garrafa apenas pelo valor estetico da embalagem, não acontece assim tão frequentemente, por isso, varios valores são agregados ao produto para que o consumidor pense estar comprando um produto que condiz com seu valor. Por isso é tão usado o nome “abbey” ou a figura do monge, isso é valor agregado e não estetico, que é trabalhado para atingir um publico alvo especifico, como nós. Assim como a citada Skol Beats que alem de trabalhar a estetica (que nao influencia tanto) utiliza uma linguagem voltada para “baladeiros”
    E preciso dizer que como designer é otimo ver que algumas cervejas ousam sair do clichê e arriscar propostas minimalistas como a belgoo,assim como muitos vinhos veem trabalhando ultimamente para traduzir a mensagem de sofisticação.

    Gostei do post, acho legal o Brejas questionar esses outros “valores” que as cervejas se utilizam alem do produto em si.

  • Sem dúvida, um rótulo interessante, seja moderno ou tradicional, é um elemento importante pra despertar o interesse do consumidor. Eu mesma posso dizer que sou dessas pessoas que se deixam sensibilizar pela embalagem ou pela campanha. O apelo estético é muito forte sim. Acho, porém, que o investimento maior tem que ser na qualidade do produto, pois é isso que vai fazer com que eu abra a segunda embalagem, senão, fico na primeira mesmo!

  • Caro amigo Diogo desculpe corrigi-lo, mas em nenhum momento citei que o rotulo não influencia na hora da compra. O que citei é que por se tratar de uma cerveja belga com rotulo que foge das outras do mercado, não significa que o produto não tenha a mesma qualidade dos outros com o rotulo mais tradicional.
    E outra coisa que tenho que discordar, quem procura uma cerveja, com mais qualidade do que as inúmeras cervejas de massa no mercado, deveria ser um pouco menos influenciável em aspectos secundários como rótulos e bonecagens. Algumas cervejas como Westvleteren, por exemplo, considerada por muitos a rainha das cervejas, não possui nem rotulo. Isso pq o intuito não é chamar atenção para coisas secundarias, e sim para o que realmente conta, o liquido no interiro da garrafa, não que o rotulo não posso influenciar pessoas menos conhecedoras no assunto, mas para quem se considera apreciador de cerveja, creio que esse fator deva ser colocado de lado. Mas mesmo assim acho que a Belgo fez bonito com o rotulo, e a garrafinha no estilo da DUVEL sempre achei muito charmosa.

  • E sobre valor agregado creio que só o nome da própria cereja já tenha um belo valor agregado a isso. Afinal de contas, para bom entendedor, meia palavra basta. =]=]=]

  • Ontem tomei uma Belgoo comprado no Nonobier, o garrafa realmente se destaca entre as outras, ela gera muita curiosidade, mas ao beber a cerveja, achei ela bem parecida com a hoegarden, bem cítrica e aroma de cravo, boa espuma e bem carbonatada, boa para se beber em um dia bem quente!!
    Vale pela novidade, mas no custo benefício prefiro a hoegarden.

  • 7 Diogo Oliveira Pavan

    Ah sim Renato, colocando dessa forma eu tambem concordo com você, não é o rotulo que faz a cerveja melhor ou pior do que outras que já estão no mercado, meu questionamento é que a embalagem é uma maneira de influenciar o consumidor a comprar um produto para conhece-lo. Eu por exemplo sofri de uma influenciação ao contrario, não tinha vontade nenhuma de experimentar a Skol Beats pelo direcionamento que o rotulo leva, (“baladeiros”) e descobri em um teste cego de pilsens que ela não é uma cerveja ruim como eu imaginava, e aposto que se tivesse uma embalagem voltada para nosso publico eu já a teria comprado.
    Agora eu entendo o que você diz sobre não deixar se influenciar por rotulagens e badulaques, mas acontece que se eu comprar uma cerveja que eu nunca tomei vai ser por algum tipo de indicação externa, mas se for uma cerveja que eu nunca tinha ouvido falar e ela possuir um rotulo com caracteristicas culturais da alemanha, belgica,etc… isso vai me influenciar sim, e muito. Mas como você disse, nos precisamos ser indiferentes disso, mas pode ter certeza que não estamos imunes. E penso tambem, que assim como o aroma, aparencia e paladar, a garrafa e o rotulo já fazem parte de toda essa cultura, a cerveja se tornou um produto que hoje não se separa mais disso, até pequenos produtores artesanais que nem comercializam a cerveja gostam de criar seu proprio rotulo apenas para sentir que ela está “completa”.

  • ISSO eh uma verdae, o rotulo jah faz parte do nosos mundo, por isso o caso da Westvleteren chama tanta atenção, foge do comum. E outra verdade eh o micro cervejeiro que investo no rotulo, eu estou terminando de comrpar meus materia e preparando minha primeira leva, e jah estou pensando no rotulo =]=]=]. E essa sindrome de desvalorização eu tb sofro, para cervejas importadas eu naum tenho limite posso nunca ter ouvido falar que me disponho a comprar, mas das nacionais sou meio resistente, tal vez seja a hora de mudar isso, creio que irei dar cahces a mais algumas cervejas nacionais, quem sabe naum tenho uma boa surpresa como vc teve com a skol beats, que por sinal nunca tomei tb.

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