Cervejas artesanais no Simples: A hora do jantar

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Jantar na casa do presidente da Câmara reunirá cervejeiros artesanais com suas cervejas

Está marcado para o próximo dia 25 de outubro em Brasília um jantar para 150 pessoas na casa do deputado federal Marco Maia, presidente da Câmara. Por intermédio do deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), os cervejeiros artesanais brasileiros foram convidados para apresentar suas produções aos convivas. A expectativa é que, na ocasião, além de parlamentares, estejam também presentes ministros, senadores e outras autoridades.

A ideia das cervejarias artesanais, representadas pelos seus proprietários, é levar o maior número de cervejas que for possível e expô-las em “ilhas” de degustação, nas quais os cervejeiros explicarão aos convidados detalhes acerca das suas produções, tudo como forma de alertar a classe política sobre a importância da inclusão do setor como beneficiário do chamado Supersimples, o que reduziria bastante a pesada e injusta carga tributária a que as micro nacionais estão submetidas. Além do jantar, estão programadas nos dias subsequentes visitas a gabinetes de parlamentares a fim de que os cervejeiros mostrem suas reivindicações.

Infelizmente ainda não foi esse o momento de os cervejeiros artesanais reunirem-se em uma associação realmente representativa do setor. A iniciativa da ação parte apenas de um grupo que, apesar de bem-intencionado, não possui personificação jurídica. Até o momento do fechamento desse artigo, estavam confirmadas no evento as seguintes cervejarias: Anner Bier, Coruja, Dado Bier, RalfBeer e Schmitt (todas do RS), Saint Bier (SC), Bamberg e Colorado (SP), e Falke Bier (MG).

Projeto que inclui cervejarias artesanais no Simples volta à análise da Comissão de Assuntos Econômicos

Saiu agora há pouco a seguinte nota da assessoria do senador José Pimentel (PT-CE):

O plenário do Senado Federal aprovou, nesta terça-feira (18/10), por unanimidade, o retorno do projeto que inclui novos setores no Simples Nacional à Comissão de Assuntos Econômicos. O líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), será o relator da matéria, objetivando congregar as demandas pendentes durante a votação do PLC 77/11.  Em discurso, Pimentel reafirmou o compromisso de complementar o projeto, depois de analisar as emendas dos senadores.
A promessa havia sido feita quando o líder relatou outra proposta sobre o mesmo assunto – a que atualizou as tabelas de enquadramento ao Simples Nacional (PLC 77/11). José Pimentel propôs a aprovação do projeto sem alterações, para evitar que o texto tivesse de voltar à Câmara dos Deputados. O apelo foi atendido e, no dia 5 de outubro, o Senado aprovou, na íntegra, a proposta, que seguiu à sanção da Presidenta Dilma Rousseff.
Agora, José Pimentel começa a cumprir o compromisso e pede as sugestões dos senadores para aperfeiçoar o PLS 467/08: “Solicito a meus pares que reapresentem as suas emendas para que a Comissão de Assuntos Econômicos possa analisá-las”. O líder também anunciou que fará um levantamento de todas as propostas relacionadas ao Simples Nacional em exame no Senado. “As que tiverem identidade com o projeto 467/08 serão apensadas a ele, para que possamos contemplar, no relatório, as várias preocupações dos senadores que não puderam ser atendidas pelo PLC 77/11”, afirmou o senador cearense.
O PLS 467/08, que volta à análise da CAE, é de autoria da então senadora Ideli Salvatti (PT-SC), hoje ministra das Relações Institucionais da Presidência da República. O texto inclui diversos setores no Simples Nacional, entre eles empresas do ramo da advocacia, engenharia, arquitetura, jornalismo e publicidade. Na lista, entram também vários prestadores de serviço de saúde, como médicos, odontólogos, psicólogos e nutricionistas.
Um dos temas mais polêmicos diz respeito à substituição tributária. Durante a votação do PLC 77/11, não houve acordo com os governadores para que a sistemática deixasse de ser praticada contra as micro e pequenas empresas.

O plenário do Senado Federal aprovou, nesta terça-feira (18/10), por unanimidade, o retorno do projeto que inclui novos setores no Simples Nacional à Comissão de Assuntos Econômicos.

O líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), será o relator da matéria, objetivando congregar as demandas pendentes durante a votação do PLC 77/11.  Em discurso, Pimentel reafirmou o compromisso de complementar o projeto, depois de analisar as emendas dos senadores.

A promessa havia sido feita quando o líder relatou outra proposta sobre o mesmo assunto – a que atualizou as tabelas de enquadramento ao Simples Nacional (PLC 77/11). José Pimentel propôs a aprovação do projeto sem alterações, para evitar que o texto tivesse de voltar à Câmara dos Deputados. O apelo foi atendido e, no dia 5 de outubro, o Senado aprovou, na íntegra, a proposta, que seguiu à sanção da Presidenta Dilma Rousseff.

Agora, José Pimentel começa a cumprir o compromisso e pede as sugestões dos senadores para aperfeiçoar o PLS 467/08: “Solicito a meus pares que reapresentem as suas emendas para que a Comissão de Assuntos Econômicos possa analisá-las”. O líder também anunciou que fará um levantamento de todas as propostas relacionadas ao Simples Nacional em exame no Senado. “As que tiverem identidade com o projeto 467/08 serão apensadas a ele, para que possamos contemplar, no relatório, as várias preocupações dos senadores que não puderam ser atendidas pelo PLC 77/11”, afirmou o senador cearense.

O PLS 467/08, que volta à análise da CAE, é de autoria da então senadora Ideli Salvatti (PT-SC), hoje ministra das Relações Institucionais da Presidência da República. O texto inclui diversos setores no Simples Nacional, entre eles empresas do ramo da advocacia, engenharia, arquitetura, jornalismo e publicidade. Na lista, entram também vários prestadores de serviço de saúde, como médicos, odontólogos, psicólogos e nutricionistas. (Nota do Editor: O texto também contempla as cervejarias artesanais)

Um dos temas mais polêmicos diz respeito à substituição tributária. Durante a votação do PLC 77/11, não houve acordo com os governadores para que a sistemática deixasse de ser praticada contra as micro e pequenas empresas.

23 Respostas para “Cervejas artesanais no Simples: A hora do jantar”


  • Maurício, estamos na torcida para que rendam bons frutos deste encontro. O setor precisa mesmo desta aproximação política.

    abs,
    Bernardo

  • 2 Daniel Márcio

    Maurício, o projeto não deve entrar na pauta da reunião da CAE da próxima semana, o que dá um tempo extra para o pessoal poder se movimentar.
    Atenciosamente,
    Daniel

  • Ótima informação, Daniel!
    Cervejeiros, alerta!

  • 4 Felipe Tristão

    Sem querer ser o chato mas, supondo que este milagre de diminuição da carga tributária realmente aconteça, as micros repassarão pro consumidor a diminuição da carga ou aproveitarão pra lucrar mais? (digo desde já que entendo se isto acontecer, só não acho ético pois os amantes de cervejas artesanais estão apoiando muito isto…)

  • Acho que todo consumidor espera que a mudança na tributação das micro cervejarias reflita no preço final. Não sou do ramo, mas é fácil imaginar que o preço das cervejas artesanais seja um limitador para o crescimento do setor. Todos nós conhecemos a resistência que muitos bebedores de cervejas de massa têm em “investir” em uma artesanal.
    Quem sabe com essa diminuição da carga tributária, a faixa de R$4,00 do mercado de cervejas artesanais seja concorrida.

  • 6 Felipe Tristão

    concordo fernando, apesar de não ligar de pagar 4,00 ou muitos mais reais em uma boa cerveja, brasileira ou não, entendo que se é possível que o preço seja mais justo e (inclusive) mais competitivo com as macros, todos só tem a ganhar… como vc disse o preço limita o crescimento do setor, portanto, com o preço mais baixo mais pessoas terão acesso as boas cervejas, espero apenas q os produtores pensem o mesmo, e tenho muitas esperanças…

  • Confrades,
    O que mais me chama atenção não é o custo de venda das cervejas nda porta da fábrica.
    Pois o que tem se mostrado alarmante é o valor que os atravessadores tem cobrado, cito o seguinte exemplo:
    1 Wals Tripel custa R$ 9,75 na mamãe bebidas, valor que ela, como incentivadora da cultura cervejeira, honra com frete grátis (compras acima R$250,00) para Bsb (frete que lhe toma 20% do lucro bruto, visto na última NF).
    Portanto, acredito que esta breja sai da Wals por R$ 5 ou 6 no máximo, para que nossa loja paraíso tenha algum lucro. Partindo destes mesmos R$ 6,00 (maior valor) o representante da Wals no CO redistribui esta breja por R$ 13,30 (valores de Dez2010), lucro de mais de 100% só para redistribuir em Bsb.
    E a loja vende até por R$ 27,00, ou seja, coloca mais 100%. Nessa cadeia quem sai realmente ganhando? Os que estão produzindo a cerveja ou aqueles que se interpoem entre os cervejeiros artesanais e seus consumidores.
    Essa mesma cadeia absurda se repete pelo país afora em relação a oitros produtos.
    Isso tudo na época da internet, onde com simples clique distâncias são encurtadas.
    Sugiro aos nossos confrades, cervejeiros artesanais, que busquem se aproximar diretamente de seus consumidores, possibilitando a compra direta de seus produtos, o que com certeza, por si só, já fará com que as brejas sejam mais acessíveis a todos.
    Pão e cerveja.

  • 8 Alexandre Bazzo

    è uma pena, não teremos 10 cervejarias participando, foram enviado poucas cervejas pro jantar, ou seja, muita gente gosta da melancia no pescoço, dos holofotes, de tumultuar, mas na hora de ajudar não aparece ninguem, este sera o momento mais importante da historia da cerveja artesanal no Brasil. Mas marquem bem quem esta apoiando esta causa, pois estas pessoas e cervejarias realmente estão empenhados e bem intencionados com a cerveja no Brasil, tenho orgulho da Bamberg fazer parte desta causa. To de saco cheio.

  • Nos encontraremos lá na próxima terça, Alexandre. A Küd faz parte da comitiva mineira ao lado da Falke Bier.

  • É Galera infelizmente é assim no meio cervejeiro. Associações que se dizem representando as Cervejas Caseiras não passam de grupos fechados de amigos que gostam de se embebedar e falar mau dos outros. Pequenas cervejarias reclama disso e daquilo mas não mexem a bunda para uma causa justa. O consumidor também reclama bastante mas faz pouco. O que tem que mudar no Brasil são os BRASILEIROS.

  • Como bom mineiro e forte consumidor das cervejas mineiras, chama-me a atenção a falta da Backer e da Wäls na lista.

  • São cerca de 10 cervejarias participando, em um universo de cerca de 200. Realmente, o interesse parece pequeno por parte de muitos… pena, pois esta força política é importante para o crescimento de qualquer setor!

  • Apenas para informar, foi designado Relator da Matéria na CAE do Senado o Senador José Pimentel novamente. Esse é o nome. É quem mais pode influenciar no momento.

  • Só a Saint Bier de SC?
    Não acredito.
    Precisamos de mais apoio.
    Onde estão?
    Schornstein
    Zenh Bier
    Opa Bier
    Borck
    BierLand
    Das Bier
    Bierbaum
    WunderBier
    Volksbier

    Vamos apoiar, por favor!!!!
    Só reclamar não adianta

  • UMA CERVEJA ARTESANAL CUSTA HOJE PARA O CONSUMIDOR FINAL O MESMO PREÇO DE UMA CERVEJA IMPORTADA NA PRATELEIRA.É PRECISO QUE NÃO APENAS 5% DOS REPRESENTANTES SE MOBILIZEM, CASO CONTRÁRIO VAMOS CONTINUAR ONDE ESTAMOS, A CULTURA NÃO SE DISSEMINA.

  • Podem contar com o Apoio da cervejaria Karavelle (SP), estaremos lá na terça.

  • Agora sim, vejo o copo meio cheio!!!

  • 18 José Felipe Carneiro

    Boa tarde! Tem muita gente nos enviando emails e perguntando cadê a Wäls no Jantar dos Deputados. A Wäls vai participar SE as cervejas chegarem a tempo em Brasília, é simples. Elas já saíram de Belo Horizonte no dia 19. Esperamos que dê tudo certo. O nosso distribuidor BierBrasil, que é o responsável por coletar e entregar as cervejas de outras cervejarias ao evento FELIZMENTE não tem Wäls no estoque.
    * E nem se o “PAPA” ou o Michael Jackson, ou seja lá quem for, quiser cerveja da Wäls antes do tempo certo ele não terá!! A nossa produção é pequena e totalmente vendida antes mesmo de produzida.

    Graças a Deus e a vocês a Wäls está ficando esgotada em todos os distribuidores e postos de vendas. A nossa cerveja mais simples (X Wäls) leva 1 mês para ficar pronta, então é um tanto apertado nosso esquema de produção.

    MUITA GENTE FALA BESTEIRA SEM SABER. Infelizmente, nós os proprietários não poderemos participar, já as cervejas…

    Abraços a todos, qlq dúvida estamos a disposição.

    José Felipe Carneiro

  • 19 José Felipe Carneiro

    Bernardo,

    Bom tarde! Na verdade as cervejas arrolhadas da Wäls não saem a esse preço imaginado(R$6,00) maior volume, nem nunca foram. Nem perto disso por assim dizer. Atualmente a venda direto da cervejaria até para os distribuidores é próxima de R$ 10,00. O que acontece com o Mamãe Bebidas é que eles realmente praticam uma margem menor. Além disso, são nossos parceiros distribuidores do Chope Wäls. Em relação aos nossos produto aqui em Belo Horizonte, você encontra nos supermercados os preços bem próximos do Mamãe Bebidas. Em relação aos outros estados, temos um sistema tributário totalmente maluco que precifica de forma diferente. Ainda em relação aos distribuidores, existe o frete, o vendedor, a estrutura física, armazenagem, estoque, carros de entrega, O LUCRO ( que é importantíssimo para ele sobreviver ), os riscos… Esperamos que a situação melhore para todos!

    Abraços,

    José Felipe Carneiro

  • Hoje fui até a Caixa, verificar o andamento da minha conta empreenddor individual. Tipo de conta pré-aprovada e desde 9/9/11 todos os papéis lá. Nem tinham ‘analisado’. To brigando sozinho, mas apoio os ‘micro’ como posso, mesmo sendo um Cervejeiro de panela, bem fudido. Não tenho cerveja pra enviar a brasília, nem como ir. Os microcervejeiros têm recebido apoio informal do povo da panela, queremos que cresçam. Dizer que faz ‘artesanal’ é fácil, mas sinceramente, quem tem produção regular de pelo menos 500 litros mês e não junta duas dúzias de cerveja pra um evento desses, tá é se mixando pro movimento Cervejeiro.

  • José Felipe,
    Não entendi muito bem estas contas, mas como a ideia não era ficar discutindo valores exatos (lembrando que estou falando das cervas em 375 ml, não entendi o mair volume?)e sim expor como acho que alguns distribuidores/atravessadores no Brasil costumam lucrar apenas por esta intermediação e que, na minha opnião, a maior fatia de LUCRO deveria ser das cervejarias e não deles. Mas se a cervejaria defende o LUCRO dos distribuidores quem sou eu para discutir, vou continuar tomando ou não minha cervejinha direto de quem vende por um preço mais justo. Fazendo assim minha opção de consumidor e torcendo para que a gente tenha cada vez mais uma economia de mercado eficiente e que aqueles mais gananciosos não prosperem.
    Pão e cerveja.

  • Maurício só para afirmar mais uma vez ao público do Brejas a importância deste jantar eu como representante da Cervejaria Invicta já estou em Brasília, portanto peço por gentileza que atualize a lista de participantes para que possamos aparecer também.

    Abraço,

    Rodrigo Silveira.

  • 23 Ricardo Siqueira

    Confrades sou aqui de BSB e eu como outros moradores daqui sabemos como as cervejas chegam caras por aqui, sabendo também que tudo nessa cidade é mais caro. Não sou produtor de cerveja apenas um consumidor e apreciador. Mas estou na torcida. É hora da união de todos desse meio, tanto consumidores como os produtores.

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