A bizarra “cerveja mais alcoólica do mundo”

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Um esquilo e um arminho empalhados. Acredite, essas são as "embalagens" da Brewdog End Of Story...

Um esquilo e um arminho empalhados. Acredite, essas são as "embalagens" da BrewDog The End Of History...

Até onde a experimentação cervejeira esbarra nos limites da bizarrice pura e simples?

A pretexto de “ampliar os limites e desafiar a percepção das pessoas sobre como a cerveja é e como pode ser apreciada”, a cervejaria escocesa BrewDog anunciou hoje o lançamento da The End Of History, uma cerveja com, acredite, 55% de potência alcoólica.

A polêmica, entretanto, se completa com a tiragem — apenas 12 exemplares foram fabricados — e, principalmente, com as “embalagens” das brejas: esquilos e arminhos empalhados e “recheados” com as cervejas. Não foi anunciado o preço do conjunto.

A Brew Dog, que bate o seu próprio recorde em termos de cervejas extremamente alcoólicas (a última esquisitice da empresa foi ter feito a Imperial IPA Sinck The Bismarck, com já espantosos 41% ABV) anunciou que a The End Of History encerra o ciclo de “experimentações” com cervejas alcoolicamente extremas. Fim da história. Será?

Assista abaixo a um vídeo dos malucos falando sobre a The End Of History, a cerveja mais alcoólica do mundo — até agora:

Discuta sobre essa notícia neste post do Fórum do BREJAS.

9 Respostas para “A bizarra “cerveja mais alcoólica do mundo””


  • Pô, não é pra ser chato, mas “end of story” e “end of history” são diferentes. E a breja é “history”.
    Agora, que deu uma puta curiosidade misturada com nojo, isso deu…
    Uma vez provei a X-33, uma cerveja Tcheca que se diz (bom, dizia, pelo jeito) ser a mais forte do mundo. Aliás, eu soube só na hora de tomar que o 33 dela se referia ao malte e não à graduação alcoólica, que é de 12%. Não tinha quase nenhum gosto de álcool. Mas ninguém mais que tomou que eu conheço gostou. E uns americanos que tava no bar ainda zoaram ela até não poder mais. Enfim, paguei caro e achei mais uma curiosidade que uma cerveja boa, mas não consigo deixar de cobiçar essa edn of history….

  • Bizarrice? Certamente. E o que, ou quem, justificaria essa ousadia escatológica? Nós mesmos. Porque nós gostamos de notícia e bizarro é notícia, na linha da velha máxima do jornalismo segundo a qual “notícia não é quando um cachorro morde um homem, mas sim se um homem morder o cachorro”.

    As maluquices da Brewdog renderam a eles uma publicidade ímpar em todo o mundo. Eu nem tinha ouvido falar deles antes da Tactical Nuclear, (superada pela Sink the Bismark e agora End of history). Acho que houve tanta mídia e rendeu tanto as inusitadas aparições dos dois malucos dando entrevista fantasiados de pinguim que posso imaginar um diálogo dos dois malucos: “Ei Martin, ficamos conhecidos no mundo inteiro porque fizemos uma breja extrema e demos entrevista fantasiados de pinguim, o que poderia ter efeito maior? Ora meu caro James, fazer outra cerveja ainda mais extrema para ser servida em pequenas bestas empalhadas com garrafas dentro.” E aqui estamos nós e o resto do mundo, holofotes virados para a dupla de insanos escoceses. Loucos sim, mas de bobos eles nada têm; a Brewdog vale mais hoje do que há 3 anos, quando as bizarrices eram, digamos, comedidas.

  • Alexandre,
    Valeu o toque, o post já foi corrigido.
    Um abração.

  • Não é por acaso que as vendas da BrewDog tiveram um aumento de 250% no primeiro trimestre do ano…

    Escrevi um artigo no meu blog sobre este tema à pouco tempo:
    http://abasedecerveja.blogspot.com/2010/06/iii-guerra-mundial.html

    Imagino que a Schorschbräu também esteja a vender bem…

  • 5 Ricardo A. Leite

    Pode ser uma raridade, especial, a mais alcoólica e o escambau. Mas, para mim, sua “embalagem” ultrapassa a bizarrice: é de um mal gosto atroz, sem sentido e em tempos onde devemos rever nossos conceitos sobre nossa postura frente ao planeta e os demais seres vivos, chega às raias do “ecologicamente ridículo”…
    Não compraria essa cerveja nem que fosse o cara mais rico do mundo!! Até porque, além de tudo o que disse acima, acho que um grau tão elevado de álcool não combina absolutamente NADA com uma cerveja de verdade. 8 ou 9% no máximo já tá de bom tamanho.

  • Que a cerveja é inusitada, seu preço é abusivo e seu sabor provavelmente é duvidoso, isto é fato. Porém acho desnecessária essa revolta ecológica. São animais mortos, e daí? Provavelmente (como disseram os caras da Brewdog) não foram mortos para a “embalagem” da breja, o que explica o fato de serem apenas 12 unidades e não milhares delas. 12 bichos achados mortos que foram empalhados. Esse tipo de coisa se faz todo dia por cientistas e museus e ninguém reclama. Se não fossem usados na embalagem, seriam enterrados, eles somente acharam uma utilidade para eles. Não vejo nenhuma afronta ao meio ambiente nessa atitude. Uma embalagem de papelão ou plástico teria um impacto ambiental muito maior do que matéria orgânica que já estava morta. Eu sou suspeito, tenho vontade de degustar todas as brejas que eu puder nesta vida, por mais bizarras que elas sejam. Eu degustaria esta breja com certeza se não fosse tão cara, e apoio esse tipo de inovação, tanto na aparência quanto no conteúdo, que apesar de extremo, mostra como as cervejas podem ser versáteis e diferenciadas.

  • 7 Ricardo A. Leite

    Caro Rodrigo,

    Por favor, não me entenda mal. Não quis passar a imagem do “ecochato”… rs Só sou da opinião que, independente do número de animais usados (12 ou 12 milhões) pegou mal, muito mal usarem as carcaças de animais como “ambalagem” para uma bebida alcoólica, só por bizarrice e pra “chocar”.
    Além disso, existe uma linha tenue entre o versátil e diferenciado e o ridículo-aparecido.
    A cerveja (a bebida) não precisa disso.

  • Tô contigo Ricardo, acho uma bizarrísse e um apelo desnecessário.
    Quanto a breja tb não fiquei muito curioso, pois com certeza deve ter carbonatação zero e pra mim já foje do que realmente é uma cerveja, apesar de gostar das mais alcoólicas.

  • Embalagens toscas e de muito mau gosto na minha opinião. Se eu quero tomar uma bebida com tanto % de alcool, com certeza não vou escolher uma cerveja e sim, um bom Rum ou Brandy.
    – – – –
    “bichos achados mortos que foram empalhados… Não vejo nenhuma afronta” Que tal eu usar um feto humano vindo de um aborto espontâneo, empalhar e introduzir uma garrafa de 600ml de bebida nele, tudo bem? Pra min essa embalagem é falta de respeito com os animais.

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