Tap Handles: Quando a cerveja vira arte

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Alavancas extratoras de cervejas de barril são atração nos Estados Unidos

Elas foram inventadas quase sem querer nos bares americanos no final da Lei Seca, em 1933, quando as cervejas finalmente saíram da ilegalidade. Naquela época, se você entrasse num pub e pedisse uma cerveja, corria o risco de ser servido com uma breja de má qualidade, já que não havia identificação do líquido que jorrava da torneira. Atentas ao problema, as autoridades americanas determinaram que os barmans escrevessem os nomes das cervejarias em suas respectivas torneiras. Isso levou à criação de pequenas esferas com as logomarcas de cada cervejaria, as quais eram colocadas nas alavancas de extração — os chamados tap handles.

O que no início era apenas informativo, com o tempo tornou-se marketing para as cervejarias. Elas perceberam que, quanto maiores e mais atraentes eram os tap handles, mais chamavam a atenção dos bebedores e, por conseguinte, maiores eram as vendas. Com o tempo, então, os tap handles foram se tornando cada vez mais elaborados e divertidos, sobretudo em pubs com vasta oferta de cervejas artesanais americanas.

Torneiras de cerveja e seus respectivos tap handles em pub de Los Angeles.

Torneiras de cerveja e seus respectivos tap handles em pub de Los Angeles.

Colecionador brasileiro tem mais de 450 tap handles

Se a moda ainda não pegou no Brasil, onde as cervejarias artesanais penam para simplesmente sobreviver por entre impostos absurdos, infraestrutura precária e falta de cultura cervejeira, um empresário de Florianópolis (SC) compensa a inexistência de tap handles nos bares com uma coleção invejável. Foi em 2009 que Alessandro João Elias, em viagem pelos Estados Unidos, adquiriu sua primeira peça e, desde então, jamais parou de colecionar as alavancas. A soma, hoje, ultrapassa as 450 peças e, segundo o catarinense, está longe de terminar.

Alessandro (à esq.) e sua coleção.

Alessandro (à esq.) e sua coleção.

Alessandro conta que o primeiro tap handle — da cervejaria Michelob — foi adquirido por ele pra adornar uma chopeira portátil que comprara nos Estados Unidos. A peça mais rara é uma alavanca dourada em forma de barco da Jacob Leinenkugel Brewing. O seu preferido é o duende da Hobgoblin. E, de quebra, o empresário entrega seu sonho de consumo: Um tap handle raro da Dogfish Head cujo preço é estimado em cerca de R$ 1.500,00.

Michelob: O primeiro da coleção.

Michelob: O primeiro da coleção.

O mais raro.

O mais raro.

 

Segundo Alessandro, o mais bonito da coleção.

Segundo Alessandro, o mais bonito da coleção.
Alavanca da Dogfish Head: Sonho de consumo.

Alavanca da Dogfish Head: Sonho de consumo.

Até onde se sabe, Alessandro é o maior — pra não dizer o único — colecionador de tap handles do Brasil. Caso algum leitor tenha conhecimento de outros colecionadores, escreva neste tópico do Fórum, que noticiaremos aqui.

Enquanto outros colecionadores não aparecem, confira mais imagens do impressionante acervo de Alessandro:

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