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A oitava cervejaria trapista

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Engelszell

Visitamos o Mosteiro de Engelszell, lar das mais novas cervejas trapistas no mundo

“Meu chefe até mostraria pessoalmente a cervejaria a você, mas creio que há um problema grave: Ele só fala alemão e italiano”, disse a atendente da abadia, num sorriso genuinamente solícito. O que era pra ser um problema insolúvel, no meu caso, foi a solução, já que falo italiano. “Ótimo!”, disse ela. “Ele estará aqui em quarenta minutos”.

Na verdade havia chegado à secular Abadia de Engelszell, encravada na fronteira entre a Áustria e a Alemanha, apenas com a intenção de fazer uma ou duas fotos. Foi o meu status de “autor de livro de cerveja” que fez com que a mocinha se compadecesse de mim e chamasse o inacreditavelmente simpático monge Marianus, ex-abade-chefe do monastério, o qual me conduziu à minúscula cervejaria onde são produzidas as cervejas Gregorius e Benno, as mais novas brejas a ostentarem a denominação “trapista” em seus rótulos.

Visite comigo a Abadia de Engelszell e sua minúscula cervejaria assistindo o filme abaixo:

Festival Brasileiro da Cerveja 2013: Entre os maiores e melhores do mundo

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Festival cervejeiro em Blumenau privilegia produções nacionais

Já estive em alguns festivais cervejeiros pelo mundo, e posso afirmar de cadeira que o Festival Brasileiro da Cerveja, cuja última edição aconteceu semana passada em Blumenau (SC) é um dos maiores, mais organizados e, por tabela, um dos mais legais do planeta. O que é um espanto, já que o Festival é quase exclusivamente voltado para as cervejas especiais — ou, no jargão do mercado especializado, “super premiums” — e o Brasil não responde sequer a 1% das vendas dessas cervejas em relação com todas as demais (para efeito de comparação, o aquecido mercado norte-americano de “super premiums” atinge mais de 6%).

Quem faz a festa são, claro, os cervejeiros. Mas os responsáveis pelo sucesso do Festival, idealizado há anos por Juliano Mendes (ex-proprietário da Cervejaria Eisenbahn), são mesmo os organizadores, que ano após ano demonstram competência ímpar pra colocar o bonde nos trilhos, como Norberto Mette, Valmir Zanetti, Cristina Miranda, Georgia Rublesch e tantos outros.

A festa

Com mais de 80 expositores e quase 600 rótulos para serem degustados, o evento é o Nirvana pra qualquer degustador. Neste ano consagraram-se os copinhos de 100 mililitros, servidos em todos os stands, privilegiando a degustação em pequenas quantidades de cada rótulo, evitando a bebedeira desenfreada. O evento é claramente direcionado a um público mais maduro e avesso a arroubos micareteiros. A fim de diferenciá-lo da Oktoberfest, que ocorre no mesmo local, a organização sequer convoca bandas alemãs.

O resultado é o esperado. Já no último sábado as catracas contabilizavam mais de 27 mil visitantes — 30% a mais do que na edição anterior — que confraternizavam em clima eminentemente familiar, a demonstrar o interesse crescente do público em degustar cervejas diferentes.

O I Concurso Brasileiro de Cervejas

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Já há algum tempo, o chamado “meio cervejeiro” nacional vinha considerando a ideia de um concurso que confrontasse somente as produções brasileiras. Isso só não tinha sido ainda feito em razão da então parca produção tupiniquim, a injustificar uma competição desse porte. O próprio tempo encarregou-se de eliminar essa barreira, dada a recente explosão de rótulos nacionais, e assim nasceu o I Concurso Brasileiro de Cervejas.

Fui um dos vinte jurados da competição, e constatei in loco a extrema organização e lisura do Concurso. Havia cervejeiros entre os juízes, mas estes não julgavam seus próprios rótulos, no que as composições das mesas de julgamento, cada uma com 5 juízes, eram constantemente alteradas em razão de cada um dos 68 estilos avaliados. Em testes-cegos, foram meticulosamente avaliadas 215 cervejas, de 42 cerverjarias distribuídas por 4 Estados brasileiros (veja o quadro de medalhas AQUI).

Durante o Festival, muito se comentou nas mídias sociais sobre as cervejarias “estrelas” da vez, como as Bodebrown — todos os rótulos ganharam medalhas, e a cervejaria curitibana foi eleita a Cervejaria do Ano –, Morada, Way, Invicta e tantas outras, a maioria calcando na inovação de estilos, com cervejas realmente maravilhosas. Todavia, destaque também seja dado à melhor cerveja do certame, cujo título ficou com a Wäls Pilsen, de um estilo até pouco tempo rechaçado por muitos como “comum demais”. A eleição da breja — da qual já falo há muitos anos como, na minha opinião, a melhor Pilsen do Brasil — se deu pela somatória absoluta dos pontos obtidos na mesa de julgamento, e veio comprovar o amadurecimento dos julgadores e, porque não, do mercado como um todo, o qual finalmente enxerga cada estilo em sua peculiaridade. Como deve ser.

Em um Concurso exclusivamente brasileiro no qual nos olhamos no espelho, a imagem que vimos foi, enfim, bela.

Mais crescimento à vista

Na edição do ano que vem, que ocorrerá entre os dias 12 e 15 de março de 2014, os organizadores pretendem duplicar o espaço, tomando mais um dos pavilhões do Parque Vila Germânica. Com isso, esperam-se mais cervejarias e demais expositores, os quais tiveram neste ano que correr pra garantirem seus stands. Não se sabe quais as proporções que o Fesrtival Brasileiro da Cerveja tomará daqui em diante. De qualquer forma, num país cuja bebida é a cerveja e o esporte é a curiosidade, coisa pouca jamais será.

Conheça os jurados do Concurso Brasileiro de Cervejas

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A partir da próxima segunda-feira, 18/03, eles terão a missão de escolher, pela primeira vez na história, as melhores cervejas feitas em território brasileiro. O I Concurso Brasileiro de Cervejas, a ser realizado na semana que vem em Blumenau (SC), reunirá quase 300 rótulos de brejas brasileiras. já é um evento histórico e, como tal, necessita contar com juízes profissionais com larga experiência no mercado cervejeiro.

Confira o time de jurados do Concurso, o qual reúne feras brasileiras, americanas, uruguaias, argentinas e chilenas. Com vocês, os homens e mulheres a quem caberá escolher as melhores cervejas do Brasil:

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 Alejandro Baldenegro – Uruguai

Começou como cervejeiro caseiro e é um dos sócios fundadores da Davok Brewmaster desde 2008. A marca já ganhou três medalhas em 2011 e 4 SBC em 2012. Participou como juiz no concurso de cervejeiros, em Porto Alegre. Fez treinamento no Centro de Cata.

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Alexandre Bazzo – Brasil

Engenheiro de alimentos, cervejeiro da Bamberg, mestre em estilos de cerveja, sommelier de cerveja e jurado internacional de cervejas.

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Ana Paula Freitas P. de Almeida – Brasil

Engenheira de Alimentos pela PUC-PR, formada também pelo Centro de Tecnologia de Alimentos e Bebidas – SENAI – Vassouras – RJ; Siebel Institute of Technology (Chicago – EUA) e Doemens Academy (Munique – Alemanha) – World Brewing Academy e International Diploma in Brewing Technology. Trabalhou por 12 anos em 5 plantas no Brasil, em coordenação de áreas do processo de elaboração de cervejas. 2 anos trabalhando no Centro de Desenvolvimento Tecnologico/ CDT, atuando em pesquisa e desenvolvimento de novas matérias-primas, novos processos, novos produtos, na AMBEV. Atualmente é gerente técnica da divisão de Filtração para a América do Sul. Desde 2009, apoiando cervejarias na otimização do processo de filtração, buscando atingir melhores resultados e satisfação do cliente, na Imerys do Brasil.

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Andréa Bonavigo du Pin Calmon – Brasil

Sócia Diretora Comercial da “Balkonn Soluções em A&B” – Distribuidora de Cervejas do Estado do Rio de Janeiro; Administradora de Empresas pela PUC-SP; Especialização em Marketing; Gastrônoma pela Universidade Estácio de Sá – RJ/Alain Ducasse; Sommelier de Cervejas pela Doemen’s Akademie Alemanha/SENAC; Mestre em Estilos de Cervejas pelo Siebel Institute of Chicago – Illinois/ EUA; Análise Sensorial de Cervejas e Harmonização pelo Siebel Institute of Chicago—Illinois/ EUA; Jurada internacional de cervejas.

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Antonio Macedo – Brasil

Engenheiro químico, mestre em Cervejaria pela Universidade Católica de Louvain, Bélgica. Possui mais de 25 anos de experiência no mercado cervejeiro tendo atuado em grandes cervejarias tais como Skol (na fase pré-AMBEV), Heineken e Kaiser.

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Douglas Merlo – Brasil

Biersommelier pela Associação Italiana de Biersommelier (A.D.B.) e Mixologista pela A.I.B.E.S. Professor e palestrante do curso de Biersommelier da A.D.B. nas matérias de análise sensorial e organolética, matérias primas e produção, estilos. Juíz do Campeonato Italiano de Cerveja Artesanal (C.I.B.A.). Auxiliar organizador do Italian Beer Festival (I.B.F.) que acontece todos os anos no mês de Março em Milão.  Professor do curso Profissionalizante Cervejeiro na Uniasselvi. Trabalhou na Europa com assessoria sensorial e controle de qualidade pra cervejarias e como Bar Management.

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Eduardo Passarelli – Brasil

Especialista em Cervejas, sócio do Aconchego Carioca – SP, colunista da revista Prazeres da Mesa e autor do blog Edu Recomenda.

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Fabiana Arreguy – Brasil

É jornalista e está à frente do programa Pão e Cerveja há 3 anos. O programa é o único do rádio brasileiro e traz, a cada semana, as novidades do setor de cervejas especiais nacional e internacional. Formada, desde 2010, pela Doemens Academy/ Senac SP como Sommelier de Cervejas. É membro da Federação Internacional de Beer Sommeliers, com sede em Munique (Alemanha). Coordenadora do curso de Sommelier de Cervejas pela Associação Brasileira de Sommeliers – seção MG. Juíza em concursos nacionais e internacionais de cervejas artesanais.

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Herbert Schumacher – Brasil

Estagiou na Brauerei Spaten de Munique (Alemanha), e em 1996 formou-se mestre cervejeiro pela Universidade de Munique Ludwig-Maximilias-Universitaet. Fundador da Cervejaria Abadessa (SC). Em 2010, formou-se sommelier de cerveja pela Doemens/Senac. Desde 2012 é BierSommelier da Importadora Marcomane.

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Jaime Ojeda Selame – Chile

Realizou diversos trabalhos e viveu em vários países antes de chegar ao fantástico mundo da cerveja. Realizou vários cursos relacionados a produção de cerveja. Em 2010, trabalhou como voluntário no Great American Beer Festival (GABF) em Denver, Colorado. Em 2009 criou o site conEspuma.com dedicado à educação e à promoção do consumo responsável de cervejas, também proporciona serviços de apoio as cervejarias, restaurantes e distribuidores. Dirige degustações e participou em diferentes painéis sensoriais de cervejarias diferentes. Trabalhou como juiz no Chilean Beer Experience realizado em 2011 e Copa Cervezas de America em 2012.

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Juliano Mendes – Brasil

Em 2002, com a família, criou em Blumenau (SC) a Cervejaria Eisenbahn, hoje referência nacional e até mesmo mundial, cujas cervejas são vencedoras de inúmeros prêmios internacionais e hoje exportadas para os Estados Unidos.

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Leonardo Caiafa Sepúlveda – Chile

Engenheiro Agrônomo da PUC do Chile. Cervejeiro caseiro há oito anos, já na Faculdade participa como assistente do curso de Cervejas Artesanais. Logo da graduação se inicia no mundo das microcervejarias entrando na Cervejaria Kross onde atualmente trabalha como cervejeiro assistente. No ano 2010 obteve o “Certificado Geral em Cervejaria” do Institute of Brewing and Destilling. Assistente técnico de degustações no livro “Guia das cervejas em Chile” do Sommelier Pascual Ibañez em suas versões 2012 e 2013. Juiz na Copa de Cervejas da América 2012, realizada no Chile.

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Leonardo Sewald – Brasil

É sócio-proprietário da Cervejaria Seasons, cervejaria natural de Porto Alegre/RS conhecida por fabricar, dentre outras cervejas, as premiadas Green Cow IPA, Cirilo Coffee Stout e Wallace Amber Ale. Cervejeiro formado pelo Siebel Institute of Technology de Chicago/EUA, Leo também é membro da Brewers Association, ASBC – American Society of Brewing Chemists e MBAA – Master Brewers Association of Americas. Sócio-fundador da ACERVA Gaúcha, homebrewer por mais de 8 anos e viciado confesso em compostos de lúpulo, Leo também é um ativista do meio cervejeiro, promovendo eventos, cursos e palestras em diversas regiões do país em prol da disseminação da cultura das boas cervejas.

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Marco Falcone – Brasil

Cervejeiro e Sócio da Cervejaria Falke Bier. Sommelier Internacional de Cerveja diplomado pela Doemens Akademie de Munique e pelo SENAC/SP. Membro da Associação Internacional de Sommelier de Cervejas da Alemanha. Diretor Administrativo do Sindbebidas/FIEMG. Membro e fundador do NEC – Núcleo de Estudos da Cerveja. Membro e fundador da Academia Sommelier de Cerveja. Presidente do Conselho Deliberativo da ACERVA/MG – Associação de Cervejeiros Artesanais de Minas Gerais. Coordenador do projeto Inovação Tecnológica do CNPq para desenvolvimento da primeira levedura brasileira.

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Mauricio Beltramelli – Brasil

Mestre em estilos de cerveja (Siebel-EUA) e sommelier de cervejas (Doemens-Senac), é autor do livro “Cervejas, Brejas e Birras”, editor do site BREJAS e sócio do Bar Brejas, casa especializada em cervejas em Campinas (SP). É também professor de sommeliers de cerveja (Doemens-Senac), além de jurado internacional de cervejas e palestrante na matéria no Brasil e exterior. É membro da Federação Internacional de Beer Sommeliers, com sede em Munique (Alemanha).

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Patrick Almásy Zanello – Brasil

Formado em Ciências Biológicas pela USP em Ribeirão Preto. Formado Mestre cervejeiro pelo Instituto Siebel (International Diploma ) em Chicago e pelo Instituto Doemens em Munique. Criador das Cervejas artesanais Vixnu, Frangó Brown Ale, Frangó Pale Ale (25 anos) pela Cervejaria Colorado. Participante da criação (Blendagem) da Firestone Walker XV pela Cervejaria americana Firestone Walker. Cervejeiro Caseiro desde 2006. Juiz Provisório BJCP.

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Pete Slosberg – EUA

Especialista em identidade visual para cervejas, é um dos pioneiros da Nova Escola Cervejeira Americana. Fundador da Pete’s Wicked Ale, há quase dez anos vem se dedicando a “Cocoa Pete’s Chocolate Adventures”. Atualmente tem se dedicado com grande intensidade ao seu novo projeto Mavericks Beer.

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Ricardo Canabrava França – Brasil

Formado em Biologia, bacharel em Ecologia pela UFMG. Mestre em Biotecnologia Industrial – Cervejaria – pela Université Catholique de Louvain, Bélgica. Há 24 anos na industria cervejeira, atuando em grandes grupos. Atualmente mestre cervejeiro, gerente de produção na Cervejaria Backer em Belo Horizonte, produtora das premiadas Pele Vermelha IPA, Bravo Imperial Porter, Medieval Belgian Blond Ale, Três Lobos American Pilsen, dentre outras.

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Ricardo Muhape – Argentina

Assessor técnico da Cerveza Piedra y Camino (Córdoba) e da Micro Cervejaria Santa Coloma (Buenos Aires). Mestre Cervejeiro da Buller Brewing Company (Buenos Aires) desde 2004. Sócio-fundador da Cervejaria Zythum, onde esteve vinculado até 2004. Participou de diversos cursos de elaboração de cervejas, degustação, leveduras, análise sensorial, estilos de cerveja, entre outros. Ministrou diversos workshops e palestras relacionados à área cervejeira e participou, com juiz, de variados concursos cervejeiros.

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Sady Homrich – Brasil

Engenheiro Químico pela PUCRS. Curador do projeto Extra-malte – por um mundo cervejeiro melhor – no StudioClio (Instituto de Arte e Humanismo) desde 2007. Colunista de cervejas da Folha de São Paulo. Conselheiro consultivo e colunista na Revista da Cerveja. Consultor cervejeiro da rede SONAE de 2005 a 2008. Consultor cervejeiro da rede Wal-Mart de 2008 a 2011. Cervejeiro caseiro desde 1983.

O resultado sairá na quarta-feira, 20/03, no Festival Brasileiro da Cerveja de Blumenau (SC), e será publicado aqui.

Fonte: Assessoria de Imprensa do Festival Brasileiro da Cerveja 2013



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