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Curso de Degustação e Cultura Cervejeira: A primeira Turma

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No último sábado, 5/2, foi certificada a primeira Turma do Curso de Degustação de Cervejas e Cultura Cervejeira promovido pelo BREJAS, comandado pelo editor deste site, Mauricio Beltramelli, mestre em estilos de cervejas (Siebel-EUA) e sommelier de cervejas (Doemens-Alemanha).

Os alunos, em cerca de 7 horas de aula com pequenas pausas para almoço e coffee-break, enfrentaram os dois módulos do Curso com extremo interesse. No primeiro módulo, ministrado na parte da manhã, Beltramelli situou historicamente a cerveja através das eras e discorreu sobre a teoria da fabricação da cerveja, escolas cervejeiras clássicas, teoria da fabricação da cerveja e insumos cervejeiros — causou furor, por sinal, a parte na qual os alunos foram convidados a degustar vários tipos de maltes e lúpulos in natura.

Vamos degustar!

Após o almoço sobreveio o segundo módulo do Curso, de caráter prático. Os novos degustadores provaram várias amostras de cervejas nacionais e importadas, separadas por famílias de fermentação e estilos mais representativos. Cada rótulo foi esmiuçado em seus mais escondidos detalhes, mostrando aos alunos como se deve prestar atenção ao que se está consumindo. O objetivo foi proporcionar conhecimento para melhor aproveitar os prazeres do nobre líquido. Ao final, boa parte dos alunos permaneceu no Bar Brejas, a “colocar em prática” o que aprenderam. A interação e o entusiasmo foram tão grandes que os novos degustadores já criaram um grupo aberto de discussão no Facebook para continuarem os altos papos cervejeiros — e as novas amizades.

A próxima Turma do Curso de Degustação está marcada para acontecer no dia 19 de março. As inscrições ainda estão abertas. Clique AQUI para maiores informações.

A seguir, mais imagens da primeira Turma do Curso de Degustação e Cultura Cervejeira captadas pelo fotógrafo Ronei Thezolin:

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E as cervejas especiais continuam na TV

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As brejas especiais despertam cada vez mais interesse nos mais diversos meios de comunicação, e ganham espaço crescente na TV. Nos vídeos que o leitor pode assistir acima, o apresentador Rusty Marcellini, da Rede Minas, visita vários points cervejeiros de Belo Horizonte, e entrevista diversas personalidades importantes no cenário da cerveja artesanal mineira. 

O passeio começa no bar Duke´n´Duke, ciceroneado pela jornalista Fabiana Arreguy, sommelier de cervejas e apresentadora do programa radiofônico Pão e Cerveja. Depois, passa-se à loja Artesanato da Cerveja — onde a conversa é com o cervejeiro José Felipe Pedras Carneiro, da Cervejaria Wäls — e à Cervejaria Grimor, com a participação dos cervejeiros caseiros Paulo Patrus e Lela Montandon. A segunda parte do programa é dedicada à Falke Bier, no papo com o cervejeiro Marco Falcone.

As cervejas que nunca serão – Pede pra sair, Zero Dois!

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O texto abaixo é obra de Alexandre Bazzo, cervejeiro da Cervejaria Bamberg, uma das maiores estrelas da revolução cervejeira nacional. Ele fala da dificuldade de se aprovar receitas junto ao Ministério da Agricultura (MAPA), assunto que rendeu neste espaço os artigos As cervejas que nunca serão e As cervejas que nunca serão – A voz dos proscritos. Os títulos deste e dos dois outros artigos referem-se ao chavão do personagem Capitão Nascimento, no filme Tropa de Elite, ao responder às pretensões dos recrutas de sua divisão: “Nunca serão”!!!

Importadas podem, nacionais nunca serão!

Todos tem acompanhado a grande dificuldade que as microcervejarias no Brasil vêm tendo em registrar novas cervejas no Ministério da Agricultura. Conosco, na Cervejaria Bamberg, não seria diferente. Temos oito novas cervejas paradas lá, algumas há mais de 1 ano (n.e.: uma delas, a Weizenbock cuja reprodução do rótulo encabeça este artigo).

Mas por que existem no mercado cervejas importadas Vintage, ESB, Chocolate Stout, Fruit Beer, Wit (que contém especiarias e laranja), dentre outras, sendo que as cervejarias nacionais não lançam este tipo de produto? É falta de competência de nossos cervejeiros?

O país das maravilhas

Pois é, no Brasil das maravilhas temos dois países, o do jeitinho e o da lei rigorosa que deve ser cumprida a qualquer custo. E é assim na cerveja; existe um jeitinho pra aprovar cervejas importadas, uma brecha na legislação e na

Alexandre Bazzo

Alexandre Bazzo

 fiscalização. Já para as nacionais não há brecha, pelo que o rigor da lei deve ser cumprido.

Não culpo os fiscais do Ministério, eles realmente devem seguir o que está escrito na lei, uma legislação que foi feita para um mundo cervejeiro onde existia apenas uma cerveja, aquela que se parece mais com água amarela gaseificada. Tudo evoluiu desde então, mas a legislação é a mesma. Por isso, pra ela, nós, cervejeiros artesanais, não existimos.

Também não culpo o importador, pois todas as cervejas importadas estão legalizadas, de forma lícita, e é seguindo a legislação eles conseguem entrar no Brasil com cervejas que nós não podemos produzir.

Eis a questão, como fazer pra termos igualdade?

Legislação injusta

Temos que mudar a legislação, adequá-la com a realidade do mundo cervejeiro atual. Mas isso interessa a quem? É claro que interessa a nós produtores, consumidores e afins de cervejas de qualidade, ou seja, uma parcela minúscula da população, sem poder pra pagar lobistas e financiar campanhas políticas.

Daí se conclui que a legislação brasileira decretou a morte da cerveja artesanal de qualidade no Brasil. É apenas uma questão de tempo. Não dá pra inovar, não dá pra trazer a tradição de estilos milenares, não dá pra fazer cerveja boa.

Com isso, perderemos um nicho de mercado que gera empregos e paga impostos em maior quantidade por hectolitro que as cervejas comerciais, sem falar que fomentamos o turismo local, trazendo estrangeiros e brasileiros para a nossa região. Fazemos com que o Brasil seja motivo de notícia boa no exterior quando ganhamos um prêmio internacional. Pregamos o consumo moderado de álcool, com o lema “beba menos e melhor”.

Este é o cenário das cervejas de qualidade no Brasil. Mas você pode estar pensando, ninguém tá reclamando disso! Sim, poucos reclamam, pois poucos têm interesse em fazer cerveja boa. Tá bom assim pra maioria…



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