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FiL CruX: as 50 CERVEJAS mais marcantes de 2016

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Mais um ciclo cervejeiro se fechou em 2016 e com ele veio a tarefa de elencar as cervejas mais marcantes que tive a oportunidade de degustar pela primeira vez durante o ano.

O trabalho dessa vez foi mais prático do que em anos anteriores – 2015, 2014 e 2013 -, pois muitas das cervejas que bebi não receberam pontuação suficiente para entrar na briga. E isso facilitou um bocado as coisas.

Quase que a totalidade das cervejas da lista tem origem além-mar, contudo, 2016 repetiu a façanha de 2015 e novamente tivemos brasileiras entre as 50+! Eu sinceramente fiquei muito feliz com isso. Algo me diz que em 2017 será ainda melhor neste sentido.

Observo ainda que a imensa maioria dessas cervejas foi degustada em bottle shares! Logo, quero agradecer a todos que participaram das nossas brincadeiras improvisadas ao longo do ano (vocês tem participação direta no resultado deste ranking). ;o)

Ah, mais abaixo listei também as 10 nacionais que mais me agradaram no período (sem ordem de preferência).

Bom, por enquanto é isso. Para finalizar eu desejo a todos um 2017 recheado de cervejas A+ e muita saúde!

#50 – NIGHT SHIFT Quasar
#49 – PIPEWORKS Lupine
#48 – CYCLE Nooner Batch 8
#47 – JACKIE O’S Dark Apparition 2014
#46 – BRUERY Smokey and the Bois
#45 – TIRED HANDS High Road
#44 – WICKED WEED Golden Angel
#43 – SURLY Darkness 2013
#42 – GREAT RHYTHM Hi-Fi
#41 – TOPPLING GOLIATH PseudoSue
#40 – WICKED WEED Angel of Darkness
#39 – BRUERY Grey Monday 2013
#38 – HOCUS POCUS Overdrive
#37 – WICKED WEED Red Angel
#36 – DOGMA RIZOMA
#35 – FOLEY BROTHERS Fair Maiden IIPA
#34 – CIGAR CITY Lactobacillus Guava Grove
#33 – KUNHNHENN Solar Eclipse 2010
#32 – THE VEIL Weekend at Broznies
#31 – HALF ACRE Double Daisy Cutter
#30 – ALCHEMIST Focal Banger
#29 – OSKAR BLUES BA Ten Fidy 2016
#28 – CIGAR CITY Good Gourd Almigthy
#27 – BOTTLE LOGIC Strangematter 2015
#26 – OTHER HALF DDH All Citra Everything
#25 – BUXTON / OMNIPOLLO Yellow Belly Sundae
#24 – MIKKELLER 40 Smaragd
#23 – JACKIE O’S Bourbon Barrel Black Maple
#22 – OTHER HALF / TRILLIUM Like Whoa
#21 – DE GARDE Apricot Bu
#20 – ALMANAC Grand Cru Ed 2
#19 – PERRIN No Rules Vietnamese Porter 2016
#18 – SARA Farmhouse Noir (Batch 3)
#17 – OUD BEERSEL Oude Geuze Vieille 2007
#16 – J WAKEFIELD Miami Madness
#15 – GOOSE ISLAND Bourbon County Regal Rye Stout
#14 – WICKED WEED Bourbon Barrel Aged Oblivion
#13 – FLOSSMOOR STATION Bourbon BA Hi-fi Rye Wine
#12 – OUD BEERSEL Bzart Geuze Cuvée 2011
#11 – GOOSE ISLAND Proprietor’s Bourbon County Brand Stout 2015
#10 – OMNIPOLLO Noa Pecan Mud Cake Stout (Double Barrel Aged Islay Whisky/Cognac)
#09 – TREE HOUSE Very Green
#08 – SIDE PROJECT Saison du Fermier (Batch 3)
#07 – CIGAR CITY Life is Like…
#06 – PERENNIAL Abraxas
#05 – TRILLIUM DDH Congress Street
#04 – BRUERY Black Tuesday Reserve 2015
#03 – BOTTLE LOGIC Darkstar November 2016
#02 – ALESMITH Speedway Stout BA Vietnamese Coffee 2014
#01 – GOOSE ISLAND Rare BCBS 2015

NACIONAIS

=> DOGMA Rizoma
=> TRILHA Melonrise
=> WAY Imperial Mangue Stout
=> HOCUS POCUS Overdrive
=> MAD DWARF Golden Dubbel – Wine Barrel Aged
=> DOGMA Citra Lover
=> KOALA SAN Livin’ the Dream
=> DOGMA Estígma
=> QUATRO GRAUS Quintuppel Oak Aged
=> DOGMA Branca de Brett (batch #2)

 


FiL CruX
Beer Sommelier ávido por cervejas *A+* . É também um apreciador de música extrema e colecionador de miniatura de carros da PSA.

Brasil: terra de grandes oportunidades para cervejas que não impressionam, mas que também não ofendem

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Foto: captiontool.com

Sabe aquela cerveja com viés artesanal que você beberia a tarde toda em uma confraternização com amigos, num churrasco ou mesmo sozinho sem que pra isso você não precisasse abraçar o cheque especial? Daquelas que a qualidade não impressiona, mas que também não ofende? Pois é. Até alguns anos atrás eu diria que a única que enquadraria neste range era alguma Eisenbahn.

Entretanto, o mercado como um todo cresceu e a Eisenbhan não acompanhou as expectativas dos consumidores (principalmente depois de sua aquisição pela Schin e posteriormente pela Brasil Kirin). Ficando estagnada com o seu portfólio que já passa dos 10 anos de idade sem praticamente nenhum lançamento relevante. Ou seja, ao passo que mais pessoas começaram a desbravar o mundo das artesanais mais cobranças por cervejas acessíveis ($$$) e de qualidade aceitável  se tornaram praticamente uma unanimidade na cena cervejeira.

Contudo, por diferentes razões (investimentos tímidos, sistema tributário, atravessadores, margens questionáveis de cervejarias que produzem para ciganas e também de PDVs etc) esse vácuo teimava em existir. Porém tudo indica que tal cenário começou a passar por uma mudança. Recentemente chegaram ao mercado algumas cervejas artesanais que custam abaixo de R$ 10 e que entregam um conjunto sensorial bem honesto. Destaques para a brasileira Maniacs IPA (comercializada como Session IPA  mas que na verdade é uma APA) e a sueca Pistonhead Flat Tire.

photogrid_1477569234899Foto: Divulgação

E como a Maniacs vem conseguindo trabalhar sua cervejas de entrada com preços tão agressivos? Algumas das explicações passam pela escala de produção – enquanto a maioria das pequenas cervejarias (especialmente as ciganas) produzem bateladas de 2 mil litros, a Maniacs começou com 25 mil – e também pelo fato deles contarem como uma rede de distribuição própria.

Resumindo: se mantiverem a consistência e os preços, certamente essas cervejas terão espaço cativo nos copos de grande parte do mercado cervejeiro. E naturalmente abrirão caminho para outras cervejarias que adotarão estratégias parecidas. Além disso, é bom frisar que o mercado brasileiro tem espaço para quase todas as propostas. Para finalizar: ao menos que você seja o  Guilherme Tosi (o cara que toma mais Rizoma do que Omeprazol :o) ), ter algumas brejas mais em conta pra substituir a Heineken velha de guerra nos churras da vida, me parece algo animador, não é mesmo?


FiL CruX
Beer Sommelier ávido por cervejas *A+* . É também um apreciador de música extrema e colecionador de miniatura de carros da PSA.

As melhores IPA disponíveis no Brasil são nacionais, vem em latão, custam caro e são “sold out”

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Fazer IPA de qualidade no Brasil pode resultar em vários desfechos: sucesso e holofotes são alguns deles. Neste sentido, a cena nacional começou a experimentar uma considerável elevação da “nota de corte” para o estilo há alguns pares de meses com o lançamento da ovacionada Dogma Rizoma.

E a coisa não parou por aí. Felizmente. Mas antes de continuarmos, vamos só pincelar como era o mercado de IPAs no Brasil antes do fator Rizoma. Com exceção de um punhado de nacionais como as Seasons (Green Cow e Holy Cow #2 especialmente), Bodebrown Cacau IPA, Tupiniquim Polimango e outras Dogmas como Touro Sentado e Hop Lover, se você quisesse beber uma IPA mais interessante, obrigatoriamente teria que partir para uma importada (como Ballast Point Sculpin, Dieu Du Ciel Moralité, Amager Todd e algumas outras) e torcer para que esta estivesse em boas condições após  uma verdadeira cruzada que é o processo de importação de cervejas para o BR.

Voltemos então ao fator Rizoma. O que ela trouxe de novidade para ter representado um divisor de águas? Bem, basicamente ela apresentou aos brasileiros um pouco das características entregues pelas tão aclamadas NE IPA. Ou seja: frescor agressivo, lupulagem de aroma sem miséria, amargor limpo, no harsh at all, não pasteurizada, não filtrada e caramelo zero. Com esse conjunto e com a carência do nosso mercado, ela simplesmente roubou a cena.

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A Dogma continuou no caminho desbravado pela Rizoma e lançou em seguida duas receitas de DIPA single hop:  Citra e Mosaic Lover. E novamente não desapontaram. Mas aí você deve está se perguntando: só a Dogma que tem feito IPA com tal proposta? Felizmente não. Recentemente os cariocas da Hocus Pocus lançaram a primeira NE IPA de fato no Brasil: a Overdrive.  Ela foi a primeira a usar a levedura específica desse “estilo” que nasceu em Vermont, nos EUA. Mas ainda é muito pouco para um mercado em expansão como o nosso.

Além das explosões de aromas e sabores, o que mais esses latões têm em comum? Os seus altos preços. Infelizmente. Chegando facilmente a R$ 40,00 uma lata com 473ml. O preço talvez seja justificado pela qualidade e quantidade de insumos utilizados na receita (principalmente lúpulos de aroma) e outros fatores como nosso sistema tributário perverso e margens dos pontos de venda.

Para finalizar, provavelmente você questione: e custando tudo isso, essas brejas não encalham? Resposta: de forma alguma. Elas costumam esgotar assim que chegam às geladeiras dos PDVs. Demonstrando com isso que o Brasil tem sim um público sedento por IPA high end. Aí deixo mais uma pergunta: e qual será a próxima cervejaria nacional a se juntar à Dogma e Hocus Pocus neste exclusivo clube?

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FiL CruX
Beer Sommelier e consultor ávido por cervejas *A+* . É também um apreciador de música extrema e colecionador de miniatura de carros da PSA.



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