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Oktoberfest – Histórias de outras épocas (Parte 4)

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Oktoberfest93006

A foto acima é da Oktoberfest de 1992. Este escriba é o rapaz de chapéu e short curto. Não riam. No começo da década passada, era esse o comprimento usual das bermudas de um homem heterossexual. Lembrem-se que estávamos recém-saídos da década de 80, conhecida pela sua breguice indumentária.

Seja como for, a imagem dá uma ideia da nossa relação com o sexo feminino durante a festa. Naquela época, pra se conquistar os beijos de uma menina, era necessário, veja só, conversar com ela! E uma conversa minimamente inteligível, com começo, meio e fim, sem titubeios e sem enrolar a língua.

Ocorre que um dos efeitos do álcool em excesso, além da euforia, é justamente a língua enrolada. Em linhas gerais, não havia entre nossa confraria etílica McFly membros que, durante a festa, estivessem em condições de entabular um diálogo coeso.

Lembro-me que até tentei o alemão, idioma do qual só sei falar bier, prosit e danke. Pelas graças de alguém de quem não me lembro, aprendi que “eu te amo” em alemão era ich liebe dich. Tratei então de praticar meu novíssimo vocabulário germânico com a primeira lourinha sestrosa que me passou à frente num dos pavilhões: Ich liebe dich!

O resultado foi terrivelmente constrangedor. A menina, certamente moradora de alguma cidade do Sul, desembestou a falar comigo em alemão, esperando que eu a entendesse. A decência e a honradez fizeram com que eu sumisse a jato da frente da lourinha. Até hoje me flagro a imaginar o que se passou na cabecinha da pobre.

Aprendi a lição e jamais ousei tentar meu vasto léxico germânico com quem quer que fosse. Goethe que me perdoe!

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Hoje, 18/10, é o último dia da Oktoberfest 2009. Termino por aqui a série “Oktoberfest – Histórias de Outras Épocas”. Há mais histórias, claro, mas essas eu deixarei pro ano que vem.

Oktoberfest – Histórias de outras épocas (Parte 3)

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Oktober92015

Pelo menos o indício da prova fotográfica da história oktoberfesteira que contarei neste post está logo acima. Na imagem, constam os elementos de um “crime” prestes a ser cometido: O “criminoso” (o McFly de caneca na mão) e o objeto do crime (a chopeira da banda alemã).

Oktoberfest de 1992. Nossa antiga confraria etílica, os McFly, preferia permanecer a maioria do tempo no Galegão, um dos pavilhões da festa. E, dentro do Galegão, na arquibancada logo à esquerda do palco onde se spresentavam as bandas alemãs. Não havia motivo aparente na a escolha — ou ao menos eu jamais perguntei, ou não me lembro.

Naquela época (e não sei se ainda é assim), havia chopeiras exclusivas aos músicos em cada palco. E, por sua vez, os palcos eram separados do público por uma singela cancela, a qual servia mais para delimitar o espaço vital dos músicos do que pra tornar inexpugnável a área onde atuavam — a exemplo dos alambrados dos campos de futebol. Nessa condição, em tese, qualquer sujeito poderia pular a cancelinha e beber de graça. Poderia, mas não deveria.

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Oktoberfest – Histórias de outras épocas (Parte 2)

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Oktober92006

Em algum lugar do passado: Oktoberfest de 1992

Eisenbahn, Schornstein, Franziskaner, Leffe? Que nada! Nas Oktoberfest de antanho, havia somente duas opções de chope a escolher: Brahma e Antarctica. E isso num tempo em que as duas ainda eram concorrentes.

Geralmente, os quatro pavilhões da festa eram divididos entre as duas cervejarias, dois pra cada uma. Circulávamos entre um e outro, mas sempre permanecíamos mais tempo no Galegão, que na época servia também como ginásio de esportes de Blumenau. Nele, reinava a Brahma. Recordo-me ainda que houve um ano ou dois nos quais a Kaiser patrocinou a festa.

Nossa antiga confraria etílica — os McFly, na foto acima, na Oktober de 1992 — cultivava rituais em relação à Oktoberfest. Um deles, talvez o mais sacro, era o de chegar na festa e beijar juntos, ajoelhados, o “solo sagrado”. Fazíamos isso em meio ao riso dos espectadores do momento, e não estávamos nem aí. Pra nós, a Oktoberfest era mais sacrossanta do que a primeira comunhão, uma ocasião ansiada durante o ano todo.

Já na festa, nada de copos plásticos. McFly que se prezasse tinha que adquirir já na entrada o seu próprio canecão, de louça, o qual invariavelmente se quebrava no segundo ou terceiro “prosit” coletivo.

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Nas próximas postagens, mais histórias da Oktoberfest do passado vividas por este escriba. Continue acompanhando este Blog!



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