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Backer 3 Lobos: A cerveja por trás da polêmica

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3lobos

Foi no Festival da Cerveja de Blumenau (SC), em novembro de 2010, que a Cervejaria Backer, artesanal de Belo Horizonte (MG), mostrou ao público os rótulos da sua nova linha chamada 3 Lobos. Apresentadas como “Série American Extreme”, os desenhos dos rótulos das brejas causaram grande alvoroço no meio cervejeiro por, de acordo com muitos, serem um “plágio” dos rótulos das americanas Flying Dog. Chegou-se mesmo a culpar a pretensa semelhança pela suspensão das exportações das brejas gringas pra cá.

A cervejaria mineira logo respondeu à acusação no blog CervejaSó, alegando que, apesar dos rótulos guardarem certa semelhança em razão dos desenhos ocuparem toda a área da impressão, na verdade eram bem diferentes. A 3 Lobos teria usado material gráfico inspirado na boate country que a família controladora da cervejaria já teve em Belo Horizonte, por sua vez emulando cenários, figuras e situações típicas do velho-oeste americano. Ainda segundo a Backer, a diferença estaria no “astral” das figuras, alegres em seus rótulos, e “tétricos” no caso das americanas.

Mas… E a cerveja?

As brejas da linha Backer 3 Lobos estiveram presentes na festa do VI Encontro Nacional de Cervejas Artesanais em Florianópolis (SC). Três dos cinco rótulos me foram presenteados pelo consagrado mestre cervejeiro Paulo Schiaveto, autor das receitas — o que confere às brejas, logo de cara, um inegável pedigree. Outros dois estilos (Pilsen e Golden Ale) não estavam ainda disponíveis porque, segundo o cervejeiro, ainda passavam por ajustes nas receitas.

Com deliciosos aromas herbáceos, a american wheat Exterminador contém capim-limão na receita, toques frutados (limão siciliano, grapefruit e abacaxi) e drinkability matadora. A Pele Vermelha, apresentada como uma american IPA, tem aroma suave mas com evidente caráter frutado, a evidenciar as cascas de laranja contidas na formulação. Já a imperial porter Bravo, maturada em barril de madeira umburana, é assertiva em aromas fortemente amadeirados, além do chocolate amargo e café, embora possua um sabor alcoólico um tanto excessivamente destacado (clique nos nomes das brejas para acessar mais informações, além das avaliações completas, com suas notas).

De volta aos rótulos, a opinião do especialista

No Encontro em Florianópolis também se encontrava o americano Randy Mosher que, além de autor consagrado de vários livros sobre cerveja, também é um dos mais reconhecidos designers de rótulos do planeta — no Brasil, são deles os rótulos das brejas Colorado, de Ribeirão Preto (SP), e Amazon Beer, de Belém (PA). Aproveitei a oportunidade e perguntei-lhe sobre o que achava da semelhança entre os rótulos gringos e brazucas.

“Não acho que houve plágio”, cravou Mosher, de pronto. “Houve, no máximo, uma inspiração. Mas, entre nós, qual rótulo de cerveja não é inspirado em outro ou outros?”. Para exemplificar sua afirmação, Randy me convidou a lembrar dos rótulos das cervejas industriais brasileiras. De fato, todas elas guardam certa semelhança entre si, seja no formato, nos elementos ou mesmo no grafismo. “A regra é a mesma!”, sorri o mestre.

A questão semelhança, plágio ou inspiração dos rótulos da 3 Lobos e Flying Dog cabe à interpretação pessoal. Todavia, é certo que as brejas devem ser experimentadas sem a “contaminação” ideológica de opiniões eventualmente desfavoráveis. Esse é o exercício que foi proposto neste artigo. Cabe ao leitor, então, aguardar pelo lançamento das 3 Lobos — o que acontecerá, pelo visto, nos próximos dias — e formar suas conclusões.

O “Caso Flying Dog”: A resposta da importadora

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Flying Dog

O texto abaixo é de autoria de Gilberto Tarantino, diretor da Tarantino Importadora, responsável por trazer ao Brasil as cervejas artesanais norte-americanas Flying Dog e Anderson Valley as quais, nas últimas semanas, vêm sendo acusadas de estarem sendo vendidas com os prazos de validade ultrapassados (entenda melhor o caso neste artigo). O texto foi enviado por Gilberto para ser publicado com exclusividade, na íntegra, pelo BREJAS. Pede-se civilidade e sobretudo responsabilidade nos comentários.

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“A Importadora Tarantino tem acompanhado o crescente número de comentários na internet pela comunidade cervejeira. Tais comentários, especulativos ou não,  interagem com os questionamentos referentes à validade de alguns dos produtos por nós importados.

Estamos e sempre estaremos abertos a esclarecer as dúvidas porventura existentes, cientes de nossa responsabilidadade como empresa importadora, bem como diante de um interesse comum de continuarmos proporcionando a degustação das boas cervejas que existem pelo mundo.

Devido ao tom de agressividade e ao  desconhecimento legal e operacional  de alguns foristas  que escreveram seus comentários, preferimos nos manter à parte do calor desta discussão; desde o início o tom das indagações sempre foi o de ofensa e não de questionamento.

Nossa empresa foi criada a partir de uma experiência familiar de mais de 50 anos no ramo de comércio exterior e está no mercado de cervejas de forma pioneira com relação à escola americana, para atender aos anseios de um público crescente e ávido por produtos artesanais e diferenciados.

Portanto, e até como regra de conduta permanente de nossa empresa, seguimos sempre rigorosamente todos os requisitos impostos pelas autoridades brasileiras para importar devidamente as bebidas, inclusive aqueles impostos pelo Ministério da Agricultura, bastante específicos e que visam precipuamente proteger os consumidores.

Para atender ao inflamado debate, esclarecemos alguns dos pontos levantados, que consideramos cruciais para afastar definitivamente qualquer responsabilidade objetiva de nossa empresa:

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O “Caso Flying Dog”: Cerveja na ilha de Lost

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flyingdoglabels

O seriado televisivo norte-americano Lost fez sucesso global e marcou época, tanto que até hoje, mais de um ano após seu fim, ainda existem os chamados “losters”, como são chamados os fãs da série. Apesar do furor, entretanto, a maioria dos losters mundo afora não escondeu a decepção com o último capítulo do seriado. É que, ao longo dos anos em que foram exibidos, os autores dos episódios foram criando tantos mistérios que, no final, acumuladas, as pretensas explicações não fizeram muito sentido, deixando uma infinidade de pontas soltas e perguntas sem resposta.

O nascente mundo das cervejas especiais do Brasil, quem diria, vive atualmente uma situação digna do seriado, tudo por conta das cervejas artesanais americanas Flying Dog e Anderson Valley, trazidas ao país pela Tarantino Importadora, empresa sediada na capital paulista. A partir de dúvidas sobre o prazo de validade das brejas, as Flying Dog deixarão de voar por estas bandas, pelo menos temporariamente.

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