Detalhe da Avaliação

Devido à fama de se ser uma das melhores Foreign Extra Stout do mundo, estava com bastante expectativa em prová-la. Ao derrama-la no copo senti como se derramasse óleo de motor no copo, bastante viscosa, o que muito me agrada. Acheia-a mais parecida com óleo do que a escocesa da Harvieston, mas isso é detalhe. A espuma não subiu muito, mas apresentou uma cor bege escura, quase marrom, belíssima. O aroma é até suave e mostrou-se equilibrado, com notas de chocolate mais do que de café. Inclusive o bocal da garrafa cheirava chocolate ao leite. Um levíssimo álcool foi percebido, mas sem incomodar. No sabor é que essa maravilhosa Stout revela porque é uma das melhores do estilo. Inicio do gole equilibrado entre doce e amargo, mas com prevalência arrasadora desse último no aftertaste. Cerca de vinte minutos após degustar as notas amargas de café estavam lá, mas não é um gosto de café comum, mas um sabor amargo especialíssimo capaz de levar ao céu os apreciadores dos maltes torrados. É inevitável compará-la à nossa Baden Baden Stout, pois são muito similares, sendo a australiana levemente superior. A brasileira ganha na formação de espuma e a australiana dá aula de equilíbrio. Ambas apresentam aftertaste amargo, mas a Coopers vence. No aroma a Baden é um tantinho enjoativa devido às notas fortes de caramelo, o que não ocorre nessa. Recomendo fortemente essa Coopers aos apreciadores de cervejas escuras. Já é uma das minhas prediletas.