Medieval

Boa e barata blonde ale belga! É claro que neste nível de preço ainda prefiro ficar com a Leffe Blonde. Mas esta mineira de coloração âmbar com espuma de média duração e formação, média carbonatação, baixo amargor, notas de malte e boa dosagem de malte é sim muito interessante.

Belíssima coloração âmbar, creme branco de média densidade e relativa duração. Aroma de melaço, frutado e condimentado. Sabor suave de caramelo, com um retrogosto frutado doce, mas sem enjoar. Amargor quase imperceptível, mas está lá. Leve, ligeiramente refrescante, drinkability mediana.

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Aroma bem frutado e fermento.
Cor dourado espuma pouco consistente.
Carbonatação média,Sabor de frutas e um leve amargor.
Uma Blonde Ale, bem no estilo, Ótima.

A Backer Medieval é do estilo Belgian Strong Ale, sub-estilo Belgian Blond Ale, este caracterizador de cervejas de alta fermentação, claras - coloração dourada, belíssima formação/manutenção de creme branco e de rendas pelas laterais da taça. O aroma apresenta-se equilibrado e sutilmente complexo, com notas maltadas e lupuladas, condimentado e ésteres frutados provenientes da levedura belga além de retrogosto alcóolico. No paladar as impressões se repetem e o perfil tende ao adocicado, o final é seco, o corpo é médio e a carbonatação é elevada.

É produzida pela Cervejaria Backer, instalada na cidade de Belo Horizonte/MG. A história da cervejaria remonta ao ano de 1999 e é fruto do desejo dos irmãos Halim e Munir Lebbos de produzir cervejas especiais. Atribuem-se a condição de ser a primeira a produzir cerveja artesanal em Minas. O nome 3 lobos se refere a um tempo em que a família tinha uma boate country na cidade, a qual tinha o mesmo nome. No portfólio figuram várias cervejas, destacando-se a Exterminador (Wheat), a Pele Vermelha (IPA), a Três Lobos (American Pilsen) e a Bravo (Porter). Esta Medieval foi medalha de prata no South Beer Cup - Blumenau 2012.

Lote 1104 - validade 30.01.2014 - a garrafa é de 330 ml, cor marrom e toda fosca (jateada de preto para remeter aos vasilhames de cerveja belga). O rótulo tem vários símbolos planetários utilizados na astrologia e as letras são góticas, próprias da era medieval. Merece destaque o charmoso lacre de cera vermelha na tampa que pede a chama de uma vela para derretê-lo e permitir a abertura, 'resgatando no presente o mesmo clima das tabernas da idade média'. Coisa fina!

Vertida na taça revelou um líquido de coloração dourado escuro com boa translucidez e sobre o qual a espuma de matiz bege formou-se de maneira exuberante e se apresentou consistente e volumosa, com manutenção que não decepcionou as expectativas. Também estavam lá as igualmente esperadas rendas belgas a deslizar taça abaixo e uma fina camada perene sobre o líquido se fez presente. Perlage perceptível - bolhas pequeninas.

O aroma é bastante complexo e aromático, tendo apresentado as clássicas notas inerentes ao estilo: agradável adocicado proporcionado por sensações de malte caramelo, mel e açucar (mascavo?), condimentado (sutil cravo e pimenta) e ésteres frutados (casca de laranja, banana?) - todas reminiscências do fermento belga. Além disso notas de lúpulo floral e álcool suave.

O sabor é igualmente complexo, próprio das tradicionais receitas belgas. No paladar o líquido apresentou uma textura aveludada e de início adocicado ostentou notas de malte caramelo, açucar mascavo/melado, fermento que remete ao condimentado de cravo e a ésteres frutados cítricos (abacaxi e casca de laranja). Ainda amargor discreto de lúpulo floral e algo picante. O álcool de 6,7% ABV é saliente, mas não é agressivo e harmoniza o conjunto. O final se mostrou agridoce e seco e o retrogosto é alcóolico e persistente. Corpo médio e carbonatação suave. A palatabilidade (drinkability) se revelou excelente, cerveja fácil de beber!

A mim o conjunto restou bastante equilibrado e saboroso, tendo ilustrado muitíssimo bem um estilo bastante tradicional.

Recomendo!