Primeira Double Witbier que experimento, aroma e sabor fortes de cascas de laranja e tangerina e também presente, o coentro.
8,8 % de teor álcoolico bem distribuído, no final, tem todas as sensações de uma Belgian Ale.
Espuma brilhante com formação ok e boa duração. O líquido tem aspecto límpido, de belo acobreado com vívida carbonatação.
O aroma evoca muito malte, caramelo; em segundo plano, citricidade e levedura, um toque frutado.
Sabor supermaltada; insinuação condimentada e herbal, além de algo entre damasco e pêssego; dulçor caramelado em primeiro plano, contido por amargor limpo de casca de laranja, sobretudo no final. Esse mesmo amargor prevalece no prolongado retrogosto, sobressaindo ao malte. O álcool só foi sentido mais ao final, conforme a bebida esquentava, mas de forma agradável, bem inserida. Corpo médio, macio. Ótima refrescância, mas com drincabilidade mediana.
A impressão geral é de que falta um "algo mais" nessa liga.
A proposta ousada é muito bem-vinda. Um dos grandes baratos da cerveja artesanal é a inventividade, que tem mais é que ser estimulada mesmo. Mas o resultado como bebida ficou aquém da fonte de inspiração - no caso, a genialidade surrealista do pintor René Magritte.
Temperatura de degustação: Oito graus Celsius.
Cor: Dourada escura intensa medianamente turva.
Creme: Média formação de creme bege que mantém uma fina camada persistente e que deixa muitas marcas na taça.
Aroma: Maltado, frutado de laranja, leve especiarias, mel e caramelo. Lembrou o aroma de uma Belgian Golden Strong Ale/ Tripel.
Sabor: Predominantemente maltado e frutado tal qual no aroma, com final de baixo amargor, levemente seco e medianamente persistente. O retrogosto traz uma leve adstringência amarga de casca de laranja, porém ainda com o sabor maltado presente. O álcool mostra-se bem inserido, boa drinkability, boa breja.
Breja de cor cobre, de médio creme branco, no aroma, malte, açúcar queimado, aveia e laranja. Na boca, bom corpo, caramelo, mel, e novamente laranja. Retrogosto doce e alcoólico.