A Cervejaria Colorado e a Cervejaria Antares da Argentina fizeram juntas uma Colorado Vixnu com o lúpulo argentino Victória, ao invés do Amarillo na versão original.
Bebi esta versão isolada, e depois num “teste cego", para uma comparação mais fidedigna com a original. E realmente a retirada do lúpulo amarillo pelo Victória, deixou esta versão menos eficiente.
Coloração âmbar/cobre translúcida.
Espuma bege, de fina formação e pouca duração.
Aroma bem pronunciado do herbal e floral dos lúpulos.
Sabor potencialmente amargo/gramíneo dos lúpulos, com leves notas doces de caramelo. A potente concentração alcóolica, 9,5%, nesta versão se faz muito presente, pouco equilibrado, não bem inserido, notando-se sua picância e queimação ao fundo da garganta. Final picante e resinoso.
Textura bem resinosa.
Carbonatação e corpo médio.
Em comparação a Vixnu, já é percebido a diferença no visual, sua espuma é bem menos evidente, ficando menor que meio polegar. Esta versão também, é um pouco mais encorpada, resinosa e alcoólica, porém menos aromática. No aroma, nota-se pouca exuberância, onde o herbal/gramíneo se sobressai ao maracujá e flora do original. Leves notas cítrica nesta versão.
A Vixnu Victória vem como mais uma versão especial de uma cerveja já produzida pela excelentíssima Cervejaria Colorado (em 2014 tivemos também a Cauim Allez Les bleus). Feita em conjunto com a Cervejaria Antares da Argentina, essa Vixnu tem como diferença a substituição de parte da lupulagem original pelo lúpulo Victória. Entre os subtituídos está o nosso querido lúpulo Amarillo, e na minha opinião, sua retirada da receita matou a característica mais marcante da Colorado Vixnu, o aroma marcante de maracujá. Sobre a cerveja:
O aroma é levemente frutado e mostra uma pegada relativamente forte de resina. O adocicado do malte também dá suas caras por aqui. Não se trata de um aroma ruim, muito pelo contrário, porém fica muito desinteressante quando se lembra da receita original. Na caldereta a Vixnu se sente muito à vontade, mostra uma cor acobreada translúcida muito bonita e é coroada com um creme bege clarinho que infelizmente se vai rapidamente (mas pelo menos dá tempo de tirar a foto pro insta!). Tive a impressão que é um pouco mais clara que a Vixnu original, mas não posso afirmar com certeza. O sabor da Victória se mostra um pouco descaracterizado dentro do estilo, apresenta um adocicado preminente e pouco peso do lúpulo, o que reflete em um melhor drinkability. Mostra também um gostoso toque de malte tostado. Possui um corpo médio, leve demais pro estilo, o que mais uma vez ajuda no drinkability. Seu retrogosto é bem agradável, mostrando lúpulo e malte tostado.
Em resumo, a Vixnu Victória se mostra suave demais quando comparada às outras DIPA's, tanto ao olfato quanto ao paladar. Nada contro os hermanos, mas acredito que eles deram uma leve cag@#$ na nossa cerveja.
A cerveja segue a mesma receita da Vixnu comum, só que nesta versão conta com a adição de lúpulo argentino, resultado de parceria com a cervejaria argentina Antares.
A diferença que eu senti nesta cerveja, quando comparada à Vixnu tradicional, é uma pegada um pouco menos cítrica do lúpulo(não que ela não estejá lá), com notas herbais mais aparentes.
Mais uma ótima cerveja da Colorado. Vale a degustação.
Mais uma obra prima da Cervejaria Colorado. Âmbar e translúcida, apresentou média formação de espuma de pouca duração. Aroma frutado e cítrico, também nesta versão o maracujá se destaca, seguido de uma boa carga de malte. O sabor reproduz o aroma e traz um dulçor equilibrado e que enriquece o conjunto. Cerveja bem adstringente, com corpo médio pra alto, final longo maltado e com amargor acentuado no retrogosto. Que cerveja!!!!!