Temperatura de degustação: Oito graus Celsius.
Cor: Dourada medianamente translúcida.
Creme: Boa formação de creme branco persistente, que deixa muitas marcas na taça.
Aroma: Frutado cítrico com casca de laranja e limão, leve floral, leve apimentado.
Sabor: Início levemente maltado, mas o amargor logo dá as caras mostrando-se bem presente, dominando as sensações ao longo do gole. O final é seco, picante, levemente ácido, persistente. A potência alcoólica aparece e aquece a garganta.
Mais uma da série, dessa vez com Equinox. Das que degustei todas excepcionais pela ordem de preferência: 13 (Sorachi Ace), 12 (Citra) e 14 (Mosaic). Vamos à 2015.
Na taça é sempre uma Duvel: dourado claro, nebuloso e aquele creme absurdamente denso e volumoso com sentidos belgian laces.
Aroma intenso e complexo. Do lúpulo notas frutadas (melão e limão) e resinosas. Alguns ésteres de frutas amarelas e uma bela mordida fenólica (pimenta). O álcool esquenta mesmo bem inserido.
Na boca o adocicado do malte (xaroposo) faz a entrada mas logo notas intensas de resina de lúpulo e limão aparecem para equilibrar A levedura belga se mostra com força com pera, cravo e pimenta. Algumas notas levemente azedas conduzem a um final amargo, seco, herbal e picante. Aftertaste alcoólico e picante com notas adocicadas e fenólicas. Corpo leve, carbonatação alta e drinkability nas alturas. Complexa, rústica e deliciosa.
No conjunto essa 2015 mantém a tradição e a qualidade Duvel. Na inevitável comparação um pouco abaixo e com o lúpulo menos fresco (talvez o exemplar). Mesmo assim excelente.
Achei que o lúpulo Equinox quase tirou a personalidade da brejas. Eu pessoalmente adorei o perfil muito herbáceo e levemente citrico, mas para um fã de Duvel, não sei se é a melhor das pedidas...