O carioca Leonardo Botto é mais conhecido do público em geral por ter criado a deliciosa breja A Dama do Lago, vencedora do Iº Concurso Mestre Cervejeiro Eisenbahn. Para quem acompanha há mais tempo o mundo dos cervejeiros artesanais, porém, Botto já é quase uma lenda.
Fluminense fanático, boa praça e ótimo papo, o mago das panelas acostumou-se desde 2006 a ganhar prêmios em concursos promovidos pela ACervA Carioca — entidade que reúne cervejeiros caseiros do Rio, da qual é um dos fundadores — com brejas de nomes alquímicos a exemplo de Feiticeira, Vidua Nigra e Maligna. Ganhar o concurso da Eisenbahn, com a sua Dama sendo produzida em série e distribuída país afora, foi apenas uma conseqüência.
BREJAS recebeu das mãos do próprio cervejeiro duas criações de sua lavra: As cervejas Graúna (no estilo Robust Porter, quarta colocada no IIº Concurso Mestre Cervejeiro Eisenbahn) e Thor (estilo Doppelbock, terceira colocada na Bockfest Competition em Cincinnati – EUA). Abaixo, os nossos comentários, bastando clicar no nome de cada uma das brejas para visualizar suas notas diretamente no nosso Ranking.
Graúna foi o nome escolhido por Botto para homenagear a mulher, Tatiana, que segundo ele possui os cabelos negros como as asas do pássaro. A breja impressiona logo na aparência, ostentando um belíssimo creme bege denso, consistente e persistente. O aroma traz notas tostadas e lupuladas muito bem balanceadas, com a presença de café e chocolate amargo. O harmônico sabor acompanha muito bem o aroma, deixando um final agradavelmente seco e levemente amargo, privilegiando a drinkability. Uma grande cerveja, perfeitamente inserida no estilo e que implora o novo gole.
Já a Thor, nem o próprio Botto guardava consigo — o último exemplar que dispunha havia sido presenteado a um amigo do cervejeiro, presente que foi resgatado de volta para ser enviado ao BREJAS. Leonardo não se furta em dizer que foi a breja mais “difícil e gratificante” que produziu, cujo nome foi inspirado no mitológico deus nórdico do trovão. De colocaração ocre-escura, o creme é bastante denso e consistente. De início, a cerveja já deixa vislumbrar a sua complexidade, apresentando no aroma notas de tostado, nozes e amêndoas. O sabor o acompanha, trazendo ainda toques amadeirados e sugestão de ameixas em conserva. O álcool (9%) é muito bem inserido no conjunto, e o final é longo, doce e levemente tostado. Delícia total!
Thor e Graúna, infelizmente, ainda não estão à venda. Mas o leitor, neste Natal, pode se deliciar com a mais nova criação do alquimista Leonardo Botto: A Blond Ale Saint Nicholas, feita em parceria com a Cervejaria Bamberg, é deliciosa, está muito bem avaliada no Ranking BREJAS e ainda pode ser comprada até encerrarem-se os estoques.
Há, talvez, um único efeito colateral advindo das experiências gustativas do alquimista Botto: Ao experimentar uma de suas criações, periga você entrar em transe e sair por aí entoando “Sou tricolor de coração, sou do time tantas vezes campeão…”.
Existe algum boicote oficial do Brejas para não mencionar o terceiro nome da biertruppe, responsável pela Saint Nicholas e pela Tcheca? Tá ficando chato esse negócio.
Ronivaldo,
Não há “boicote” nenhum. O assunto do post é direcionado apenas às cervejas do Leonardo Botto, com ou sem Bietruppe. Essa, alías, merecerá um post mais adiante.
Por sinal, da Bietruppe, foi mencionado apenas um nome, o do Botto, já que o post falava só dele. A Cervejaria Bamberg, que de fato produz a St. Nicholas, enquanto pessoa jurídica, não faz parte da turma.
E cabe mais uma observação: Ao que consta, a Biertruppe é composta de quatro integrantes, e não apenas três, como você mencionou.
Um abração.
Ronivaldo, vá na página “links” desse site e veja se há algum boicote.
Que bom, Maurício, que vocês gostaram. É maravilhoso quando nossas cervejas agradam, mas o melhor do post foram as últimas duas orações, hehehe. Não sei seu time, mas fico sempre feliz quando vejo pessoas pronunciando as primeiras palavras a caminho da salvação.
E quando nos encontrarmos acertamos aquela diferença que combinamos, ok? Fique tranquilo.
Abração,
Botto
A Saint Nicholas foi produzida, assim como a Tcheca, em parceria entre o Botto, o Alexandre e o Edu Passarelli. Na avaliação da Saint Nicholas efetuada pelo Brejas, é mencionado apenas o nome do Botto e do Alexandre. Neste post é mencionado o nome do Botto e da cervejaria do Alexandre. Se era para mencionar apenas o Botto, já que o post fala dele, a Bamberg não deveria ter sido mencionada. Não foi o caso.
Primeiramente eh uma honrra ter o botto aqui, acabei de apreciar esse fds a DAMA DO LAGO ultimas unidades que aidna estavam no representante da eisenbahn aqui de campinas. Otima cerveja está de parabens. E essas outras raridade seh ate sacanagem as avaliações aqui, soh uma meia duzia tomando e deixando a gente na vontade huahauhauah
SACANAGEM. Mas mais uma vez a exclusividade faz a cerveja mais saborosa ainda. Mais uma vez parabens botto e otima escolha dos nomes das cervejas.
Realmente o Talento do Botto é indiscutível.
Ontem estive no Biergarten em Ribeirão Preto e degustei com toda calma uma Saint Nicholas e achei demais, muito equilibrada, com um aroma frutado maravilhoso e um sabor que a cada gole pede outro.Uma Delicia mesmo.
Parabéns a Bamberg, por aproveitar a mão-de-obra tão talentosa e o conhecimento do Botto e esperamos que essa parceria entre homebrwer e cervejaria não acabe nunca.
Um Abraço e um Feliz Natal a todos, em especial aos Confrades do Brejas.
Luis
Olá amigos,
Até hoje, já degustei duas crias do Botto, a Dama do lago e a nova Saint Nicholas. Ambas são muito boas.
Fiz uma degustação das Saint Nicholas filtrada e não filtrada e postei minhas impressões no meu blog:
http://paraquevocerveja.blogspot.com/2008/12/saint-nicholas-filtrada-e-no-filtrada.html
Abraços.
Rodrigo campos
Fortaleza – Ce