Cervejas “weiss” alemãs: Confrades de BREJAS comentam o resultado do Teste Cego

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Que tal colocarmos mais lenha nessa saborosa discussão?

Confira a seguir alguns comentários dos Confrades de BREJAS a respeito do resultado do Teste Cego realizado com as cervejas de trigo alemãs (o resultado se encontra no post logo abaixo, ou AQUI).

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menkebrejas.jpg Alexandre Menke

Destaco o fraco desempenho da Oettinger, quando tomada com as outras weiss. Em relação às minhas notas originais, ela foi a mais discrepante, com queda de 0,5 ponto em relação ao Ranking BREJAS. A Schneider teve uma queda de 0,3 ponto, dentro de uma teórica margem de erro, como todas as outras.A última posição da Schneider não foi nenhuma surpresa, com também as posições de todas as cervejas.

No Ranking BREJAS, as médias da Paulaner, da Licher e da Franziskaner são bem parecidas, como o que encontramos nesse Teste Cego, dando até para pensar em um empate técnico entre elas. Boa surpresa a Licher, quando degustada com outras weiss e estando na temperatura correta. Creme médio, cremoso, branco, com pouca duração. Corpo médio e com textura oleosa, foi a única que não teve textura aguada. Carbonatação viva com final metálico. Seu sabor inicial é moderadamente doce, com final doce e amargo leves, de média duração. Com aroma de lúpulo bem leve, deixou transparecer os toques de banana e cravo, além de um delicado malte.

A surpresa (para alguns) fica por conta da Erdinger, que tinha a maior média do Ranking BREJAS e deu uma boa despencada. Durante o teste cego, fazemos anotações sobre os critérios conhecidos sem saber que cerveja estamos tomando. Nas minhas anotações da quinta cerveja do teste, que foi a Erdinger, tem leve aroma de pão branco, queijo gorgonzola e papelão. O aroma de pão tudo bem, mas gorgonzola e papelão não são características esperadas em uma weiss, e podem indicar uma avançada oxidação da cerveja que bebemos. Para sabermos isso, só realizando o teste novamente.

Para aqueles que nos acompanham, gostaria que fizessem seus testes também, principalmente com aquelas cervejas cujas posições e/ou notas não concordarem, para podermos trocar experiências e anotações.

cucabrejas.jpg Daniel C.

Eu já havia tomado a Licher em duas ocasiões e havia gostado BASTANTE dela. Logo, a nota dela (3,48) para mim não foi surpresa, assim como a da Franziskaner (3,40), que também é muito boa cerveja.

O que foi surpresa para mim foram as notas relativamente baixas das demais. Tendo participado do teste, posso dizer que, tirando as duas primeiras, parece que faltou sabor e aroma nas demais. Faltou personalidade. Essa foi a minha humilde impressão. Houve um certo “nivelamento por baixo”, e isso me deixou frustrado.

Espero que o próximo teste, que será com as weiss nacionais, me surpreenda positivamente.

Por final, destaco um dos objetivos do teste: desmistificar rotulagens. Isso, ao meu ver, tem sempre sido alcançado.

maubrejas.jpg Mauricio Beltramelli

Aqui bato no peito e faço uma confissão: Sucumbi. Minha culpa, minha tão grande culpa…

A Licher foi a quarta amostra, dentre as sete weissbieren avaliadas. Assim que vi o creme alvo abundante e pus a borda do copo no nariz, sentenciei, cheio de soberba: “PAULANER!”.

Justo eu, que vivo a trombetear pelos sete cantos a desmistificação dos rótulos, feneci à armadilha. Sempre fui fã da Paulaner Hefe-Weissbier Naturtrüb, desde antes dos tempos de BREJAS. Já havia experimentado a Licher Weizen, mas achado uma weiss nada além de mediana. No Teste Cego, sem o apelo do rótulo, emergiu uma cerveja com respeitável aroma de banana, cravo, fermento e malte, além de um leve floral lupulado, corpo médio e final médio e doce, exatamente como uma boa weissbier deve ser.

Franziskaner e Weihenstephaner não foram surpresa pra mim, são excelentes representantes do gênero. Já a Erdinger, fraca e sem personalidade, confirma o que muitos comentam nas comunidades “orkutianas” sobre cerveja.

E o que sobrou para a “minha” Paulaner? Um constrangedor quinto lugar, a comprovar que em testes cegos torcida, rótulo e macumba não ganham jogo.

Ricardo Sangion Ricardo Sangion

Acho que vale a pena complementar os comentários já feitos com algumas informações importantes: em geral, todas as cervejas degustadas estavam dentro do que era esperado de uma cerveja de trigo: aromas e sabores de banana, cravo, aveia. Encontramos, portanto, mais variação no que se refere à intensidade, em algumas mais pronunciados, em outras quase inexistente. A variação das notas muitas vezes ocorre por contas. Na aparência, apenas a Schneider saiu do padrão, apresentando coloração mais escura, parecendo quase um caldo de cana.

Dessa forma, todas são ótimas recomendações e sugiro que dêem a mesma chance a cada uma delas, escolhendo sua preferida levando em conta seu gosto, preço e acessibilidade, outros fatores muito importantes para a escolha de uma cerveja que queremos ter sempre na geladeira de casa.

Lembrando sempre que cervejas de trigo são ótimas para o dia-a-dia, especialmente dias quentes, são muito bem aceitas por pessoas que estão começando a se aventurar por cervejas diferentes e que hoje encontramos em opções de ótima relação custo/benefício, portanto vale a pena dar uma boa atenção ao estilo.

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Agora é com você, leitor de BREJAS.
Concorda com a opinião dos Confrades? Discorda veementemente? Esses caras do BREJAS disseram tudo ou não entendem nada de cerveja?
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5 Respostas para “Cervejas “weiss” alemãs: Confrades de BREJAS comentam o resultado do Teste Cego”


  • Concordo com os comentários sobre a Erdinger. Antes, achava ela uma cerveja bem boa. De uns tempos pra cá, cada vez que bebo ela, é uma decepção. Assim, como a Oettinger. Sei não, cerveja de trigo tem que vir em garrafa, não em lata. Acho que isso afeta um pouco o sabor. Mas gosto das outras, menos a Licher, que nunca tomei… hehe
    Abraços

  • Fala, Rodrigo!
    Pois é, a Licher foi surpresa pra todo mundo… Surpresa BOA! Experimente-a e depois não deixe de nos dizer o que achou.
    Grande abraço.

  • Quando tomei a Oettinger pela primeira vez, foi com outras cervejas que não erm weiss. Gostei muito dela, pois não havia a comparação. Agora que ela foi comparada com outras “irmãs”, a casa cai um pouco. Rodrigo mandou bem no comentário da lata. Concordo!
    Abração : )

  • 4 Renato Vialto (pocotó)

    Gostei a iniciativa dos comentarios apos o teste, creio que isso poderia se tornar rotina. E como jah foi falado por outros os testes poderiam ser repetidos de tempos em tempos. Temos o Bar do Italiando sempre a disposição, e como sou novo no blog, quem sabe no proximo teste não apareço por lah pelo menos para conhecer a gaelra e ver de perto os nossos mentores.
    PArabnes equipe do BRASJA.COM

  • já bebi várias weiss, mas a oettinger weiss me pegou pelos cabelos, aprecio-a demais!!!

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