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Curso de Sommelier de Cervejas abre turmas em 4 estados

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SOB_AGENDA_2_SEMESTRE

Rio de Janeiro, Brasília, Ribeirão Preto e São Leopoldo recebem novas turmas do Sommelier de Cerveja Science of Beer

Inscrições já podem ser realizadas pelo e-mail [email protected]

Com um time de professores de primeiro nível, o Sommelier de Cerveja do Science of Beer chega a outras cidades do país neste segundo semestre. A instituição inscreve interessados em participar das turmas de formação no Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Ribeirão Preto (SP) e São Leopoldo (RS).

O curso acontece um fim de semana por mês durante quatro meses. História da Cerveja, Matérias-Primas e Processos, Gestão Sensorial, Escolas Cervejeiras, Serviço e Harmonização, além de introdução a outras bebidas com aulas de café, vinho, destilados e mixologia com cerveja fazem parte dos assuntos abordados em aula. “Nosso conteúdo é único e busca trazer novas experiências sensoriais ao aluno, através do contato com a gastronomia e também com outras bebidas. Esse contato é fundamental para qualquer pessoa que esteja buscando desenvolver o seu sensorial”, comenta Amanda Reitenbach, mestre cervejeira e coordenadora do curso.

O Sommelier de Cerveja tem carga horária de 70 horas/aula com aulas que mesclam teoria e prática. Um dos destaques do curso é a aula de harmonização com um chef cozinhando ao vivo em sala de aula para os alunos, enquanto o professor monta as melhores harmonizações. “Nessa aula, procuramos levar ao aluno novas experiências sensoriais, apresentando pratos mais elaborados, com ingredientes diferentes do que eles estão acostumados”, explica a professora Carolina Oda, sommelière especialista em cerveja.

O sommelier de cerveja formado pelo Science of Beer chega ao mercado preparado para trabalhar de forma ética, capacitado para conhecer e avaliar os diferentes estilos de cerveja disponíveis no mercado, bem como identificar os atributos sensoriais, podendo atuar em diferentes segmentos, desde importadoras e distribuidoras até atendendo o cliente final em bares, restaurantes e lojas especializadas. O curso também é destinado a apreciadores que gostariam de aprimorar o conhecimento em cervejas especiais.

Por ser itinerante, o curso chega às principais regiões do país sem perder a qualidade. Na grade de professores estão Mauricio Beltramelli, Marco Falcone, Carolina Oda, chef Rodrigo Martins, Ana Paula Nicolino, Leonardo Botto e Gustavo Miranda.

As inscrições para as turmas que iniciam em agosto vão até 20 de julho e podem ser feitas pelo e-mail [email protected].

Datas de início das novas turmas

Brasília – 15 e 16 de agosto
São Leopoldo – 29 e 30 de agosto
Rio de Janeiro – 12 e 13 de setembro
Ribeirão Preto – 19 e 20 de setembro

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Bares e cervejarias se unem por #MicrocervejariasNoSimples

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Está se formando uma grande e inédita onda de solidariedade Brasil afora entre cervejarias e bares cervejeiros. Barris de cerveja estão sendo doados para venda em estabelecimentos especializados, e a renda está sendo revertida à ABRACERVA (Associação Brasileira de Cerveja Artesanal).

A operação é para ajudar a cobrir as despesas das viagens dos dirigentes da entidade a Brasilia, já que, em agosto, será votado projeto que poderá incluir as microcervejarias brasileiras no sistema tributário do Simples Nacional, uma antiga reivindicação do setor.

“Como temos pouco tempo em atividade, ainda estamos acertando a tesouraria da ABRACERVA, de forma que ainda não temos um caixa compatível com as necessidades urgentes que temos. Nossas viagens, até agora, estão sendo feitas com o dinheiro do próprio bolso”, explica Jorge Gitzler, presidente da associação. Para que o projeto passe no Congresso, estão sendo programadas várias viagens de cervejeiros a Brasília, a fim de fazer corpo-a-corpo com deputados, conscientizando-os da necessidade do pleito.

Adesões acontecem a cada minuto

As movimentações cervejeiras estão sendo promovidas em vários Estados brasileiros, entre dezenas de bares e cervejarias. Este Blog ainda não possui uma lista consolidada dos bares que terão produtos à venda com renda revertida (na medida em que tiver, posto aqui). Em São Paulo, bares tradicionais cervejeiros como Bar Brejas (Campinas), Empório Alto de Pinheiros (São Paulo) e Weird Barrel (Ribeirão Preto) já aderiram à onda, recebendo barris de diversas cervejarias e arrecadando recursos.

Os cervejeiros cariocas conseguiram consolidar uma lista preliminar:

Abracerva_RJ

Na medida em que mais cervejarias e bares forem sendo adicionados Brasil afora, tentaremos pulicar na nossa fanpage e na da ABRACERVA as novidades.

Portanto, faça uma boa-ação para a cultura cervejeira, procure bares que tenham barris promocionais para renda revertida à ABRACERVA!

Cervejaria Colorado é AmBev

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Colorado_Ambev

Entrevista com Marcelo Carneiro sobre a negociação

Agora sim, o que antes era boato se transmuta em fato. Na manhã de hoje, foi assinado o contrato de negociação entre a gigante ABInBev e a Cervejaria Colorado, de Ribeirão Preto, pioneira e um dos expoentes nacionais quando se fala em cervejas artesanais.

Acabei de receber a ligação de Marcelo Carneiro, agora na condição de ex-proprietário e atual consultor da empresa, o qual me noticiava a venda. Aproveitei e, durante o papo, fiz algumas perguntas sobre a negociação, cujas respostas reproduzo a seguir.

BREJAS – Foi difícil acertar as bases do acordo?

MARCELO CARNEIRO – Sim, uma negociação desse porte demora vários meses, e cada detalhe precisa ser discutido à exaustão. Hoje de manhã assinei uma papelada que parecia um livro (risos). Mas acho que chegamos a um bom termo, com vantagens e evoluções pra todos os lados.

BREJAS – Qual será, a partir de agora, a sua função dentro da Colorado?

M.C. – Meu cargo é de consultor internacional, num período mínimo de cinco anos. Minha tarefa será a de abrir caminhos para a Colorado, conversar com parceiros de negócios, representar a marca que lutei por 20 anos pra se firmar. Minha luta sempre foi e continuará sendo viabilizar a consolidação de uma escola cervejeira tipicamente brasileira, e isso jamais será abandonado. Essa foi a minha visão desde o começo, e fico muito feliz por ter sido adotada integralmente pela ABInBev. Ou seja, vamos continuar a fazer cervejas com brasilidade, com ingredientes tipicamente nacionais, nada muda!

BREJAS – Quando você diz que nada vai mudar, isso se estende também à equipe da Colorado?

M.C. – Exatamente! Todos os meus colaboradores continuam fazendo cerveja boa hoje assim como fizeram ontem! Não faria sentido uma empresa gigante como a ABInBev comprar uma cervejaria artesanal só pra mudar a sua filosofia de produtos.

Receitas permanecem

BREJAS – E quanto às receitas e os rótulos? Continuarão os mesmos? E quanto a ideia de alguns de que as cervejas passarão a conter milho ou cereais não maltados?

M.C. – Rótulos e principalmente as receitas permanecem as mesmas! A ideia agora é evoluir, sempre! Com aporte maior de capitais, podemos dar melhor consistência aos produtos, minimizar defeitos, melhorar um monte de processos com equipamentos novos, ou seja, ofertar um produto ainda melhor pra quem gosta de cerveja. E essa história do milho, bem… Pra quem entende de cerveja e de técnicas de produção, sabe que isso é uma bobagem sem tamanho. Nada contra as técnicas de fabricação de outras cervejas, cada uma tem seu público, mas volto a afirmar: minhas receitas continuam as mesmas.

BREJAS – Vamos agora falar sobre a negociação em si. Houveram fatores determinantes na sua decisão?

M.C. – Estávamos num patamar de crescimento no qual precisávamos de investidores. Do jeito que estava, era crescer ou crescer. Crescer pra sobreviver. Já estávamos a procura de parceiros há uns bons anos, e a ABInBev nos procurou em excelente momento. Agora é crescer!

BREJAS – E quanto ao Cervejarium (bar da fábrica em Ribeirão Preto)? Só vai ter produtos da ABInBev?

M.C. – Não, o Cervejarium ficou de fora das negociações, e vamos continuar vendendo cervejas artesanais brasileiras de outras microcervejarias, como sempre fizemos. O bar não muda a sua filosofia.

O que esperar a partir de hoje

BREJAS – O que você responderia para os fãs da Colorado que possam agora estar decepcionados pela artesanal ser negociada com a gigante?

M.C. – Peço a todos que enxerguem esse mercado como um negócio global. Isso já aconteceu com outras cervejarias como Goose Island, e aqui no Brasil com a Wäls. Antes disso já tinha acontecido com Baden Baden, Eisenbahn, e todos os produtos continuam aí, os mesmos, muito bons. O nome que dou a isso é evolução! Ninguém está aqui pra tomar o mercado de outras microcervejarias, e sim pra fazer evoluir o mercado como um todo, fazer com que mais e mais pessoas gostem de cervejas especiais, e isso é bom pra todo mundo!

Este escriba está feliz por Marcelo, meu amigo de tantos anos, um dos pioneiros das cervejas artesanais brasileiras. respeitadas as opiniões divergentes, eu também acredito que esse tipo de negociação não é o fim do mundo, nem uma forma de “monopólio” da gigante multinacional. Cervejarias artesanais vão continuar surgindo a todo momento, as ideias e os ideais não param nunca. Esse é um movimento que, embora tenha dificuldades governamentais, não vai parar, é inexorável. Guardados alguns abusos comerciais — que ainda acontecem — creio na evolução deste mercado, e essa evolução natural passa, entre outras coisas, pela negociação de microcervejarias com gigantes do setor.

O universo não vai acabar em milho, podem ter certeza!



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