Gouden Carolus Cuvée van de Keizer Rood

Antes de mais nada vale a pena apreciar a garrafa, que beleza, já gera aquela grande expectativa pra quem conhece e é fã da marca como eu, aí depois que se derrama a danada num copo maravilhoso de cristal da St, bernardus 12 como foi o meu caso, você fica namorando a bela breja alaranjada, medianamente turva com uma maravilhosa espuma branca de boa formação, extremamente homogênea e de grande persistência e já sabe que vem coisa boa, aí vem o aroma, e que aroma, sensacional, extremamente frutado, damasco, pêssego, banana, abacaxi, levedura belga e seus ésteres característicos, olha, essa foi a belga com o melhor aroma que eu já senti, um verdadeiro show. O sabor acompanha o aroma, frutas amarelas, coentro, especiarias, noz moscada, pêssego, damasco, abacaxi, frutas cristalizadas, aquela lembrança de panetone, e o álcool? 10%?? Onde está?? Só se percebe depois que você fica alegre, pois o mesmo é absolutamente imperceptível, carbonatação média-alta, corpo médio, retrogosto incrivelmente longo e muito frutado, parece que cada micro gota da breja está impregnada de muito sabor. Obra prima. Acho que não tomei até hoje breja melhor que essa. Pena que não é muito barata, mas vale muito a pena.

Safra 2013.

Aparência: Dourada, levemente turva, espuma branca, densa, boa formação e persistente.
Aroma: Lúpulo, malte, frutado, damasco, pêssego, banana, abacaxi, laranja, adocicado, cravo e alcoólico.
Sabor: Gosto doce, malte, frutado, cítrico e condimentado.
Sensação: Corpo elevado, textura picante, carbonatação ideal e álcool elevado e bom.
Amargor: Leve.
Retrogosto: Longa persistência, picante e sabor residual dulçor.
Puta breja boa! Não é muito refrescante, mas o alto volume de álcool é bem inserido, aroma complexo e deliciosa.

2014. Coloração dourada turva. Creme branco de média formação e alta persistência. Aroma cítrico, laranja, damasco e flores, a levedura belga e seus ésteres característicos dando show, devo ressaltar que existe em segundo plano um aroma peculiar de tabaco, fumo de corda, que se revela à medida que a temperatura se eleva. O sabor acompanha o aroma, frutas amarelas, semente de coentro, especiarias mil, leve acidez é fato, malte, do álcool só se percebem os efeitos pois o mesmo se encontra magistralmente bem inserido e biodisponível, percebo rápida e nitidamente sua presença pelo calor corporal que me faz tirar o casaco em um dia de chuva e frio serranos, que maravilha de líquido. Na língua e garganta o álcool é praticamente imperceptível a pesar de seus 10% ABV, somente confirmado por seus ansiosos efeitos. Carbonatação média-alta, bastante elegante, corpo médio e uma lupulagem maravilhosa. Retrogosto incrivelmente longo e prazeroso, você sabe que acabou de tomar uma belíssima e especial cerveja por no mínimo 5 minutos, sem precisar tomar o próximo gole, clara assinatura presente em ambas as van de Keizer. Achei muito mais equilibrada do que a Blawn, que é bem mais doce e menos carbonatada. Drinkability absurda. Enfim, falei demais, cheers!

Safra 2011.

Já estou até cansado de ficar elogiando a Het Anker aqui, mas essa Breja é mais uma maravilha dessa cervejaria.
Coloração dourada com espuma de boa formação e média duração.
Aroma delicioso, cítrico com presença de fermento. O álcool também é bem presente.
O sabor é bem adocicado, embora acredito que seria mais, caso ela não já tivesse quase 3 anos desde que saiu da fábrica. Também é bem cítrico, com presença de especiarias. O álcool, já aparece menos aqui. Fica mais pro final, onde esquenta um pouco a garganta.

Complexa e completa.
Esses caras não erram a mão.
Ótima.