Bamberg Weizen

Aparência: amarelo-dourado, extremamente turva. Creme alvo volumoso, duradouro e extremamente aveludado.
Aroma: banana e fermento se equiparam, de média intensidade. Não senti cravo nem nuts.
Sabor: sabor puxado mais para o fermento, com fundo da banana. Inicio levemente acido, final longo e mais acido.
Sensação: extremamente cremosa, enche a boca. Carbonatação elevadissima.
Conjunto: boa weiss, perdeu um pouco em complexidade, mas a amila e levedo tem bastante presença. Sabor um pouco suave demais.

Cerveja da escola alemã que eu já havia tomado várias e várias vezes no saudoso EAP. Sempre me agradou, apesar de eu a achar um pouco diferente das tradicionais. A diferença começa na cor, que é mais escura, um âmbar forte, opaco. Creme branco não se formou tão bem quanto o estilo pede, achei muito estranho. Aroma predominante de éster, remetendo a banana, temos cravo também e um adocicado remetendo a mel, além de algo que lemrou doce (bala?). O sabor da banana também é bem forte, porém dessa vez o cravo chega junto, a acidez presente é o que faz a identidade dessa breja pra mim, ela é mais intensa que nas outras, sendo até um pouco picante, pouquinho de pão também. Nada de amargor. Retrogosto mais de cravo. Carbonatação alta, corpo médio-leve, macia e refrescante, drinkability boa. Uma excelente cerveja nacional, embora eu entenda que quem espera encontrar uma weiss tradicional, possa a achar meio incômoda devido ao nível de citricidade presente.

http://www.panelademalte.blogspot.com/

Ótima Weissbier, representa bem o estilo aqui no Brasil, já que tenho certo receio quando pego uma cerveja nacional do estilo. Apresenta todas as características de uma tradicional Weissbier bávara e uma boa harmonia entre os seus elementos.
Possui uma coloração amarelo escuro, com translucidez nula. Seu creme é digno de uma Weissbier, de coloração branco, alta cremosidade, formação e duração, deixando o copo marcado.
No aroma mostra-se intensa com notas de casca de laranja e um fenólico robusto de cravo. O malte traz toques de aveia e pão e os esteres me pareceram ficar em segundo plano., remetendo a banana e tutti-frutti. O que acaba estragando a harmonia do aroma são os tons metálicos. que inicialmente vinham com muita força.
Na boca tem uma pegada forte de azedinho cítrico de laranja e com toques fortes de fermento e aveia, que trazem riqueza e maciez a cerveja. Os toques condimentados de ervas se unem aos fenóis de cravo para dar um pouco de amargor, secura e tempero a cerveja, quebrando um pouco a acidez. O residual é adocicado, daí sim evidenciando com mais o frutado de banana. Nos primeiros goles havia nitidamente notas de papelão, mas logo que ganhou temperatura, deu lugar a esse frutadinho gostoso. Possui um corpo a´te um pouco mais grosso para uma Weissbier, e a carbonatação na medida.
No geral é uma Weissbier bem executada e harmônica, que acabou me agradando. Só acho que poderia ter a pegada mais ácida atenuada por mais esteres frutados, mas isso é mais questão de gosto do que qualquer outra coisa.

Que agradável surpresa essa weizen da Bamberg.
Começa com a apresentação de um líquido dourado-alaranjado turvo com presença de sedimentos e que apresenta um creme branco de boa formação mas média persistência.
No aroma os tradicionais toques de banana, algumas especiarias e pão branco.
No sabor notas cítricas, algo de banana, leveduras e um final levemente azedo.
Corpo leve, carbonatação na medida e drinkability nas alturas.
Uma weiss que se ainda não está no nível das bávaras, é superior às suas concorrentes nacionais.
Fácil de beber e com boas características do estilo.

A (micro) Cervejaria Bamberg foi fundada em 2005, fruto de anos de pesquisa, estudos e visitas em cervejarias no Brasil e no exterior de três irmãos, que decidiram produzir em Votorantim, nas imediações de Sorocaba, interior de São Paulo, cervejas especiais, feitas com ingredientes de altíssima qualidade e com muita dedicação. A Cervejaria recebeu o nome de Bamberg em homenagem à cidade alemã de mesmo nome, cuja densidade de cervejarias por habitantes é a maior do mundo, com uma tradição de quase 900 anos iniciada com a fabricação das primeiras cervejas em monastério por volta do século XII.

A Bamberg Weizen começou a ser produzida em quinze de agosto de dois mil e seis e segue à risca o tradicional estilo da Bavária, na Alemanha, refermentada na garrafa e, por isto, não pasteurizada. As marcas desta cervejaria apresentam uma bela combinação de cores para indicar cada um de seus estilos e com esta, não é diferente. Cor turva, de um caramelo embaçado. Aroma que lembra toques de banana (devido à presença marcante dos ésteres), mas sem dulçor aparente e traços quase imperceptíveis de fenóis (aroma de cravo). Feita com malte oriundo de Bamberg e, tanto lúpulo quanto fermento, proveniente da Bavária, possui sabor agradável e refrescante, sem amargor de lúpulo, o que provoca um retrogosto quase inexistente. Agradável para apreciar entre refeições, independente do clima. Uma boa opção nacional.