Biertruppe Vintage Nº 1

Coloração de cobre com leve turbidez e baixíssima formação de creme bege (praticamente inexistente). No aroma, percebe-se que não trata-se de uma cerveja qualquer, pois há um complexo blend de odores como: vinho do porto, madeira, malte caramelo, tostado, frutas secas e algumas notas alcoólicas em segundo plano. Muito agradável! Na boca, toda a complexidade demonstrada no aroma ganha vida. Percebemos aqui a presença de malte torrado, madeira, condimentação, frutas secas e vermelhas e um interessante amargor de lúpulo no retrogosto. Final seco e levemente alcoólico. Ótima barleywine!!!

Por fim pude experimentar essa verdadeira lenda da produção artesanal brasileira. Rótulo comentado até no exterior.

Logo na aparência, essa Biertruppe traz uma coloração avermelhada, bem escura, de aspecto denso. Ela forma uma tímida camada de creme bege, que repousou sob a forma de película sobre o negro líquido. Por fim, praticamente não restou lacing nas laterais da taça.

Seu aroma é fantástico, desprendendo com facilidade tudo o que se espera desse rótulo: malte torrado, madeira, biscoito, café, chocolate, baunílha, vinho do Porto, frutas vermelhas, ameixas, figos, frutas secas, cerejas ao marrasquino, condimentado de canela, castanhas/avelãs. Complexidade gigantesca e hipnotizante, com notas tão diversificadas que é até difícil descrever tudo. Volatiza um pouquinho de álcool, mas nada que perturbe as demais sensações. Vem uma leve citricidade que reaparece com força mais adiante, no paladar.

Na boca traz um gole denso e cheio de personalidade. Desde o início possui uma doçura maltada caramelada enorme, muito saborosa. Ao final do gole, traz um traço vinoso, amadeirado/carvalho e amargo/cítrico que confere enorme harmonia ao conjunto. Há pontadas picantes e condimentadas durante todo o gole, seja pelo lúpulo ou pelo álcool. O retrogosto é seco, defumado e persistente, com notas intensas de couro, café/cappuccino e achocolatado. Seu corpo é denso, com textura viscosa/oleosa. Sua carbonatação é fraca e deixa a cerveja praticamente sem crocância alguma. Sua drinkability é média, limitada pelo caráter extremamente intenso e pelo alto teor alcóolico.

Pois é! Essa Biertruppe Vintage Nº1 possui um hype enorme, mas facilmente justificado por sua qualidade descomunal. É uma Barley Wine um pouquinho ácida, porém exemplar em termos de complexidade, intensidade e conjunto. Excelente exemplar de uma barrel-aged beer. Meu conselho é: se encontrar para vender, compre, porque realmente vale a pena. Meu palpite é que com um pouco mais de tempo de guarda, ela vai se tornar histórica (se já não é!). Felizmente possuo mais alguns poucos exemplares para ver como ela evolui com o tempo. Magnífica!!!

Cerveja encorpada, aromática, vai bem com pratos temperados e também com chocolate.

Meus Amigos... Que Breja! Me sinto envergonhado perante as palavras dos Confrades abaixo, principalmente do estimado Pedro Bianchi, mas vamos seguir:


Lote 34 - Validade 11/06/11

Harmonizada com Gorgonzola.

Coloração ... - Uma mistura de avermelhada e marrom? - Resquicio de creme bege pelas bordas.

Aroma amadeirado, vinho, dulçor e ameixas.

Sabor bem amadeirado, vinho, ameixas, sensação etílica nitida mas prazerosa! Um delicioso dulçor, devido a falta de carbonatação desce sedosa, aveludada... Deliciosa sensação licorosa.

Retrogosto seco e levemente amrgo...Deixando aquele gostinho do envelhecimento em barril amadeirado.

Essa estava guardada uns 6 meses...A próxima, no minimo, daqui 1 ANO!

Esta é a consolidação de que a a união de Edu Passarelli, Alexandre Bazzo, André Clemente e Leonardo Botto realmente dá certo. Uma das cervejas mais extraordinárias que já tive a oportunidade de provar e o melhor de tudo, de criação brazuca. Trata-se de uma Barley Wine vigorosa, que acaba confundindo completamente a cabeça do bebedor, pela complexidade vasta que desperta diversas sensações ao mesmo tempo. Uma Barley Wine maturada em barril de carvalho, que outrora foram usados para a produção de vinho e Brandy.
Quando despejada é possível ver sua bela coloração âmbar avermelhada, com uma translucidez mínima. Seu creme é praticamente inexistente, se forma com vergonha, fazendo uma fina camada, que logo praticamente desaparece, tornando-se um belo anel de coloração bege.
O aroma é tão hipnotizante que quase acaba com a vontade de tomar o primeiro gole e se decepcionar. Não é exagero algum dizer que poderia passar o resto da minha vida sentindo os fragrantes aromas desta cervejinha. Os maltes trazem algo achocolatado, com toques de maple syrup e fazendo uma bela dupla com as leveduras, que trazem um delicioso frutado que remetem a ameixas e tâmaras secas, com um toque de uvas-passas e damascos. A maturação no barril de carvalho traz aromas terciários que caem como uma luva nesta cerveja, puxando bastante para notas aveludadas de baunilha, coco queimado e algo bem rústico de madeira e couro. Os lúpulos aparecem bem discretamente, provavelmente pela maturação extensa, mas trazendo notas cítricas muito bem vindas de tangerinas e uma pegada spicy de pimenta-do-reino.
Ao primeiro gole, fica longe de decepcionar, mas até perde um pouco de complexidade. Quem domina aqui são os maltes trazendo uma doçura rica e achocolatada e caramelada, que faz a combinação que tanto gosto com os toques de frutas vermelhas e frutas passas. Mais vívido aqui também a a pegada cítrica/amarga de tangerina e laranja, trazendo uma acidez importante para combater a doçura dos maltes. Novamente é possível sentir toda aquela maciez da maturação em carvalho, que remete muito a vinho do porto. O amargor vem ao final e persiste por um bom tempo, em boa união de maltes e lúpulos, hora trazendo um toque sutil de café, hora trazendo algo herbáceo e picante. Como mandam as melhores Barley Wine inglesas, tem um corpo licoroso, profundamente denso, remetendo a bebidas muito mais potentes do que uma "simples cerveja". A carbonatação também segue a risca o estilo, praticamente flat. O potente álcool de 9% é perceptível, mas chega a ser tão agradável, que só faz com que a cerveja fique 100% redonda.
Sinceramente, não consigo achar algo que me desagrade nesta cerveja. O ponto alto, vai para o aroma potente e complexo, dos melhores que já senti. A harmonia entre aromas de lúpulos, maltes, leveduras e até a maturação no carvalho também é surpreendente. Com certeza a melhor cerveja já feita em terras nacionais. Agora é ficar na espera de uma segunda edição e na espera para ver como esta belezinha evolui com a guarda.