Dom Doca

Cerveja âmbar, baixa formação de espuma e média duração
Aroma: floral, frutas secas, malte de trigo, leve alcoólico
Sabor: um pouco adocicado, frutado, lembrando um abacaxi em calda e um amargor leve mas que limpa todo o dulçor.
Bom exemplar de Blond Ale, mas as frutas vermelhas não apareceram.

Cerveja âmbar e escura, levemente turva, espuma de pouca formação e duração, aroma de malte, frutas cristalizadas e lúpulo, amadeirado e herbáceo, no sabor malte caramelado e frutado, com amargor pra balancear, não é nem doce nem amarga, mas confesso que não senti as frutas vermelhas. Achei boa a breja, mas a espuma deixou a desejar, pois não formou quase nada.

- AROMA: adocicado, cereais, mel de milho, frutado, levíssimo cítrico e quando esquenta libera um herbal bom.

- APARÊNCIA: âmbar escuro, cobre claro, um pouco turva e creme branco de meio dedo.

- SABOR: acompanha o aroma, porém com uma picância herbal interessante. Amargor, adocicado e acidez tudo com média baixa percepção.

- SENSAÇÃO NA BOCA: carbonatação média leve, corpo leve e adstringência gostosa.

- CONJUNTO: boa cerveja, as frutas vermelhas quase não apareceram, só o suficiente para escurecer a cerveja, mas está bem enquadrada.

Sediada na cidade catarinense de Araquari, a "Cervejaria Dom Haus" é fruto do empreendedorismo dos sócios Raffael Del Olmo e Felipe Mazon. Com assessoria da respeitada especialista em produção de cervejas, Kátia Jorge, e o apoio do mestre cervejeiro da casa, Marcos Roberto Guerra, quatro receitas iniciais saíram do papel direto para as garrafas. Tem-se assim a Dom Pedro (uma Munich Helles), a Dom Quixote ( uma German Weiss), a Dom Doca (uma Blond Ale) e a Dom Casmurro (uma American IPA). Segundo a cervejaria, a intenção é expandir a linha.

A "Dom Doca" é o primeiro rótulo do que a empresa classifica como "primeira linha feminina" de cervejas, feita especificamente para as mulheres. Isso porque ela é uma cerveja meio doce com adição de frutas vermelhas (mirtilo, framboesa, uva e amora). Algo bastante discutível - diga-se de passagem - por estereotipar as consumidoras como pessoas que não sabem (ou não conseguem) apreciar cervejas mais amargas.

Líquido translúcido de coloração dourada meio alaranjada e leve turbidez. Na taça revela total ausência de colarinho.

Aroma predominante de malte abiscoitado cercado por toques de fermento e caramelo. Discretas notas de frutas vermelhas remetem, principalmente, à morango cozido. Moderada presença de diacetil incomoda um pouco com sua pegada amanteigada.

De corpo médio e baixa carbonatação, traz ao palato significativa doçura de malte e caramelo salpicada por tímido traço de frutas vermelhas e ésteres de banana. Mais uma vez a influência do diacetil confere indesejado toque amanteigado que prejudica a 'drinkability'. Pinceladas de levedura incidem no final doce de baixo amargor.

Com vencimento para daqui 2 meses, fica evidente que o exemplar degustado já não está em sua melhor forma. Que pena.