Eisenbahn Joinville Porter

Preta, formou um bom creme bege e denso que teve média duração deixando algumas marcas no copo, baixa/média carbonatação, corpo de médio para leve com textura de cremosa para aguada;
Aroma intenso, café, chocolate, defumado na parte inicial;
Sabor amargo, tostado , leve café com sabor residual fraco e de baixa duração.
O aroma impressiona e o sabor não sustenta, porém achei uma boa cerveja, um pouco mais de corpo, pra mim já faria uma grande diferença.

Esperava mais...

Das três cervejas do Concurso do Mestre Cervejeiro (excetuando aqui a Frost Bison, por ser mais recente) essa Joinville Porter foi a única que consegui tomar na primeira leva. Tomei ela em janeiro de 2012(e portanto vencida), sem saber que era uma edição especial e sem saber que era uma vencedora de concurso. Na época, achei ela maravilhosa, muito boa mesmo.
Portanto guardei na memória uma cerveja espetacular e fiquei bem empolgado para bebe-la novamente quando comprei o kit lançado agora.

Confesso que me decepcionei um pouco.
Liquido Negro, com espuma bege de boa formação e duração. Na aparência é belíssima.
Aroma de malte torrado e com nuances de lúpulo bem escondidas.
No sabor aparem o torrado, o caramelo, e chocolate e leve amargor equilibrando. Corpo um pouco leve demais, dando as vezes uma leve sensação de "cerveja aguada".

Não é uma cerveja ruim, mas está longe de ser uma vencedora de concurso e longe daquela cerveja que minha "memória afetiva" tinha guardada. O que pode ter acontecido? Talvez o fato de ela estar vencida e por tanto envelhecida possa ter contribuído (difícil imaginar isso para uma cerveja de 5,6% abv). Talvez os meus DOIS exemplares atuais estivessem ruins(Que azar o meu hein). Ou talvez, simplesmente, meu paladar tenha evoluído e eu tenha nesse período encontrado outras Porters realmente impressionantes. Enfim, não sei.

Acho que vale experimentar essa cerveja que, repito, não ruim é até bem gostosa, ainda mais que o Kit vem com outras duas maravilhas que são a São Sebá e a Dama do Lago e uma boa cerveja que é a Frost Bison. Mas acho que vale também diminuir um pouco expectativa pra não se decepcionar, como ocorreu comigo.

A cervejaria "Sudbrack", localizada em Blumenau (SC), foi uma das pioneiras na cena artesanal brasileira. Inaugurada em 2002, ela teve êxito ao tornar acessível para o grande público um variado número de estilos por preços camaradas. Comprada pela "Schincariol" em 2008, acabou sendo absorvida anos mais tarde pelo mega grupo japonês "Kirin", atual responsável pela marca "Eisenbahn".

Uma das iniciativas mais legais da "Eisenbahn" ao longo dos últimos 7 anos tem sido o concurso"Mestre Cervejeiro". A cada edição da competição (que aconteceu em 2007, 2008, 2009 e 2013 com 2014 em andamento) um determinando estilo de cerveja é escolhido para que os participantes produzam suas versões caseiras. Uma bancada de especialistas elege o melhor resultado e como prêmio o cervejeiro amador tem sua cerveja produzida em edição limitada pela "Eisenbahn". Além de ganhar milhares de litros de sua própria breja, o vencedor tem a honra de ver sua bebida apreciada por inúmeros consumidores Brasil afora.

O tempo passou, as edições anteriores sumiram das prateleiras e muitos novos consumidores jamais tiveram a oportunidade de provar as vencedoras dos concursos passados. Mas eis que em outubro de 2014 a "Brasil Kirin" surpreende o mercado e lança sem aviso prévio o kit "Mestre Cervejeiro" - uma edição limitada que inclui nova leva de todos os quatro rótulos já produzidos pelo concurso. Estão ali a "Dama do Lago" (uma 'Belgian Dark Strong Ale'), "Joinville Porter" (uma 'Robust Porter'), "São Sebá" (uma 'Belgian Dubbel') e "Frosty Bison" (uma 'American IPA').

Vencedora do concurso de 2008 e lançada em 2009, a "Joinville Porter" é uma cerveja do estilo 'Robust Porter' feita com 5 tipos de malte. Ela foi desenvolvida pelos cervejeiros caseiros Ivan Steinbach e Diogo Zuge, naturais de Joinville (SC).

Líquido castanho escuro, quase preto. No copo exibe espuma bege de boa formação e razoável duração.

Aroma suave de malte torrado permeado por nuances de café, chocolate amargo, casca de pão queimado e uma pitada de lúpulo. Ainda que agradável, causaria mais impacto se fosse um pouco mais expressivo.

Ao paladar mostra equilibrada interação entre o suave dulçor de 'toffee' e caramelo com o significativo amargor de torrefação e lúpulo. Notas de café, chocolate e pão queimado insinuam-se através do corpo médio-baixo de carbonatação intermediária. Nuances torradas e tostadas surgem no final bem balanceado, pontuado ainda por sutil herbáceo e ligeira acidez. A 'drinkability' é mediana.

Sem dúvida alguma trata-se de uma ótima cerveja, porém longe de ser uma experiência realmente marcante. Experimente enquanto é tempo e tire suas próprias conclusões.

Líquido negro, com espuma bege densa, volumosa e de média duração, deixando uma fina camada perene e marcas nas laterais da taça. No aroma e no sabor, nota-se malte torrado, chocolate, baunilha, lúpulo e fermento. Suave amargor. Há um ótimo equilíbrio entre os elementos, os quais também estão presentes de forma harmônica. Excelente conjunto, favorecendo a drinkability. É das melhores do estilo que já provei. Grande obra!