Ogre Beer Jacu do Mato

Tomei a Jacu ao quadrado!
Festival Brasileiro da Cerveja - 2016

Esperava um goró fraquinho com bastante álcool, e veio uma puta ceva! Marcante no sabor maltado e no amargor bem presente. Aroma e apresentação muito bons também.

Bacana mesmo, quero tomar as outras Ogre agora :D

Foi em 2008, na cidade de São José dos Pinhais, próxima a Curitiba (PR), que os amigos Sandro Sebastião Singer, Carlos de Manuel e Ricardo Seara decidiram se aventurar na produção de cerveja caseira. O que nenhum deles imaginava era que, com pouco mais de 1 ano de prática, alcançariam a glória vencendo a 3ª edição do "Concurso Mestre Cervejeiro", promovido pela "Eisenbahn". Consagrados pela receita campeã, viram a sua elogiada 'Belgian Dubbel' - a "São Sebá" - fazer história no cenário cervejeiro nacional. Este era o impulso que faltava. Nascia assim a "Ogre Beer".

Por não possuir fábrica própria, a "Ogre" tem adotado o modelo de "Contract Brewing", produzindo suas receitas através do aluguel da capacidade ociosa de outra cervejaria.

Medalha de prata e medalha de ouro respectivamente nas edições 2014 e 2015 do "Festival Brasileiro da Cerveja", em Blumenau (SC), a "Jacu do Mato" é um rótulo sazonal de inverno feito com adição de melado de cana e pinhão. Seu amargor é de 40 IBU.

A unidade degustada pertence à safra 2014 e foi fabricada nas dependências da cervejaria "Providência", em Cascavel (PR).

Líquido translúcido de coloração âmbar acobreada. No cálice exibe um dedo de colarinho bege de média duração.

Bastante maltado, o aroma destaca notas de melaço e açúcar queimado, lembrando casquinha de maçã do amor e aquelas chupetas doces tipo pirulito. Nuances acastanhadas, tosta e suave traço de lúpulo herbáceo aparecem em segundo plano.

Ao paladar entrega comedido dulçor de malte, passando por açúcar queimado e melaço. A eficiente interação entre pinhão, caramelo e tostado forja deliciosa sugestão de castanha portuguesa que se precipita no centro. Seu amargor moderado e álcool bem inserido conferem notável 'drinkability' via um corpo médio-alto de carbonatação contida. O final segue equilibrado, deixando um rastro de castanha caramelizada até o retrogosto.

Esqueça aquelas 'Malt Liquors' sem graça, desbalanceadas e enjoativas. O que se tem aqui aproxima-se muito mais do nutritivo peso de uma 'Doppelbock'. Tirando o preço nada convidativo, eis uma bela pedida para o inverno.

Cerveja laranja escura, espuma bege de boa formação e duração, no aroma senti melaço, caldo de cana, caramelo, tâmaras e mel, no sabor ela é bem doce, melaço de cana, tâmaras e caramelo, além de um certo amargor, bem encorpada. Achei um pouco doce demais, mas é uma boa cerveja.

No aroma temos pinhão, melaço, caldo de cana, conhaque, caramelo, tâmaras, mel e nuances de cocada preta. Na boca as notas permanecem, remetendo à textura de uma Old Ale.