Wäls 65 Anos Pão de Açúcar

Ótima cerveja. Forma uma espuma média, espumosa, branca e um tanto fugaz. Turva e levemente borbulhante. Algumas partículas claras flutuantes. Coloração entre dourada clara e bege. Aroma agradável, um tanto rico, com malte entre leve e médio, meio cereais, leve pão e palha. Lúpulo leve, leve floral, ervas. Álcool balanceado. Ainda notas de suco de laranja, temperos, talvez alfarroba, meio frutas cristalizadas, leve pera e baunilha. Sabor bem agradável, de duração entre curta e média, doçura inicial meio leve, leve azedo, amargor entre leve e moderado, traços de acidez, meio sal, com todas as notas do aroma, mais harmoniosas. Corpo entre leve e médio, textura cremosa, carbonatação entre borbulhante e vívida, final meio duradouro, levemente amargo e um tanto seco.

Destaque para a sensação na boca bem correta e o sabor, rico e com um leve azedo, na medida.
Cheers!

Amarela turva, quase dourada, seu creme branco se formou bem, mas não persistiu.
O som de pequenos estouros anuncia carbonatação elevada!
Bom aroma frutado, cítrico e seco, lembrando casca de laranja.
No sabor, há bom adocicado e condimentado, com cítrico bem intenso, arriscando ser agressivo.
Corpo leve com carbonatação alta, o que retarda o gole é a acidez elevada.
Ficou boa, interessante, saborosa. Acho só que a acidez, pelo jeito da adição de cascas de laranja, podia ficar mais moderada.

Cor dourada esbranquiçada, puxando pra bege (um pouco mais escura). Bem turva, com muitas bolhas. Creme branco de boa formação.

Aroma é bem suave. Dá pra sentir um cítrico (laranja) bem gostoso, além do tutti-frutti bem camuflado. Remete a uma cerveja mais azedinha e com menos dulçor. Gostoso e diferente, mas poderia ter um pouco mais de intensidade.

Sabor muito gostoso, de intensidade média. Pende levemente mais pro adocicado do que pro amargo. Acompanha o aroma (cítrico, tutti-frutti), mas percebe-se damasco seco, frutas cristalizadas, baunilha e tem algo de frutado que realmente é diferente do que eu conheço. A laranja não é tão identificável. Início mais amargo e final mais doce.

A sensação é refrescante. Corpo médio. Retrogosto levemente adocicado, de intensidade baixa pra média e boa duração.

Conjunto bem legal. Breja interessante pelo visual e sabor diferente.

No ascendente mercado de cervejas ditas "especiais/artesanais" que vem ganhando cada vez mais espaço no gosto do consumidor brasileiro, a rede de supermercados "Pão de Açúcar" tem nos últimos anos desempenhado importante papel na divulgação e propagação da cultura cervejeira. Com uma boa variedade de rótulos vendidos a preços justos, a rede consegue levar cervejas de qualidade a locais que nem sempre dispõem de bares e empórios especializados - verdadeira 'mão na roda' tanto para apreciadores antigos quanto iniciantes. Dentro desse contexto, é com muita legitimidade que a rede "Pão de Açúcar" acaba de lançar uma cerveja de tiragem limitada, feita especialmente para comemorar os seus 65 anos de existência. Para isso, firmaram parceria com os mineiros da cervejaria "Wäls" e elaboraram juntos uma receita original baseada no tradicional jeito belga de fazer cerveja de trigo, estilo conhecido como "witbier" ou "blanche".

Conforme reza a tradição do estilo, a "Wäls 65 Anos Pão de Açúcar" leva, além dos ingredientes básicos de uma cerveja, casca de laranja e sementes de coentro. Mas não para por aí. Na busca por inovação, foram acrescentados ainda baunilha de Madagascar, tâmara, anis estrelado e alfarroba - sendo este último um fruto em formato de vagem conhecido por ser adocicado e conter menos gorduras do que o cacau.

Devido à não filtragem e refermentação na garrafa o líquido tem aspecto turvo e coloração bege pálida, lembrando até mesmo água de roupa suja. O pequeno colarinho branco que se forma apresenta bolhas de tamanho médio/grande e desaparece com rapidez. Estranha que só ela, sua aparência é no mínimo controversa.

Aroma vívido, frutado, rico em fenóis de cravo e especiarias. Algo que remete à seiva de árvore chama a atenção. Notas de trigo, nuances cítricas, damasco e leveduras complementam o excelente bouquet.

Na boca revela corpo médio e carbonatação contida. Certa oleosidade parece permear a textura. Já o paladar pende para o adocicado, com malte e açúcares se projetando no palato. Parte desse "excessivo" dulçor se justifica pela presença da tâmara que contribui com alguns açúcares incapazes de serem metabolizados pelas leveduras. Percebe-se também notas de baunilha, coentro e algo estranho que imagino ser a alfarroba. O final é levemente ácido, picante e condimentado. Retrogosto de média persistência, frutado, fenólico, atravessado por toques de fermento e especiarias.

O resultado é uma cerveja curiosa, diferente, mas que não se mantém confortável ao lado das tradicionais "witbiers" belgas já que sua personalidade foi bastante alterada pela adição de ingredientes estranhos ao estilo. Sob este ângulo, talvez ela se encaixasse melhor como "specialty beer". De qualquer maneira - regras de estilos à parte - vale a pena prová-la ao menos uma vez a fim de conhecer, amar ou odiar.

Coloração amarelada, turva, de boa formação e persistência. Perlage perceptível e intenso. Aroma se desprende logo que abre a garrafa. Aroma maltado, leve fermento, e principalmente um maravilhoso conjunto de especiarias, lembrando algo levemente ácido (laranja, provável) mas ao mesmo tempo algo consistente e mais pesado, como algo seco (produto da alfarroba talvez?), demais especiarias em um bom conjunto. Na boca, suavidade, refrescancia, corpo médio (na medida), carbonatação alta. Percepções de malte, condimentado, especiarias (as outras se revelam bem no paladar), leve acidez comum do estilo. Retrogosto é refrescante, levemente apimentado (talvez pela acidez) e bem persistente. Ótima cerveja, mais uma surpresa.