Algo errado com esta aqui. Um acético marcante dominou do aroma ao retrogosto. Quer dizer, a cerveja até agradou no meu caso, que sou fã da produção da Canoinhense. Mas a diferença é que enquanto naquela essa característica é algo ligado ao DNA da marca e sua tradição de produção, aqui imagino que tenha sido acidente de percurso. Não vejo como encaixá-la satisfatoriamente no estilo Dubbel.
No mais, a espuma é média com uma boa retenção, e encontra-se algum tostado no sabor e aroma, assim como algo de ameixa. No mais, o azedo impera.
A conferir outro lote, afinal as outras produções da Wals têm credenciais de sobra para esta Dubbel merecer uma segunda chance.
Parabéns a cervejaria Wäls por essa bela criação - cerveja nacional com caráter de importada.
A aparência me lembrou de cara uma trapista (já que foi servida em um cálice). Marrom escura bastante turva com alguns corpos se desprendendo do conjunto. Creme altamente denso e muito duradouro.
Seu aroma é forte, marcante e complexo: presença de malte torrado, café, chocolate, caramelo, especiarias e frutas escuras.
Seu sabor é rico e igualmente complexo - muito díficil definir o que há nessa belíssima receita. Aqui vai a tentativa: o caráter dubbel de ínicio deixa a cerveja um pouco adocicado, misturando-se com notas torradas proporcionando uma sensação muito peculiar. Frutas escuras aparecem, mas no paladar as que mais se destacam são as cítricas.
Lúpulo bem presente, deixando o final amargo e ligeiramente seco.
O álcool aparece bem, mas não compromete o conjunto, que por sinal é bastante harmonizado, bem equilibrado.
A drinkability me pareceu um pouco pesada, mas não hesitaria em pedir outra...
O retrogosto é longo e agradável: frutado e torrado.
Uma dubbel digna de aplausos e com um destaque: é nacional!
sempre tive as melhores referências possíveis dessa Dubbel brasileira. Até pouco tempo, salivava só de olhar sua belíssima garrafa de 750ml, imaginando qual seria o sabor de tal iguaria. No último fim de semana deparei-me com uma opção mais econômica, a garrafa de 350ml e decidi que era essa a hora de dar meu veredito. Despejada no copo, supriu as expectativas com louvor. A aparência inicial de sua espuma é portentosa e cremosa, com tonalidade marrom-claro e reduzida longevidade. Há excelente formação de colarinho em seu corpo borbulhante, denso e de tonalidade cobre-escuro. O aroma, instigante, trouxe notas de maçã, vinho branco e nariz cítrico. Foi no sabor, no entanto, que a maionese desandou. Um dia antes de bebê-la, estive conversando com o proprietário do Bar Carocha, em Curitiba. O mesmo me disse que havia adquirido uma garrafa do mesmo tamanho e do mesmo lote que a minha e ambos concordamos no mesmo aspecto: seu gosto estava horrivelmente azedo! Uma péssima surpresa. No início um leve amargor permeado por desagradável azedume acético, que permaneceu até o final aliado a leve acidez. No paladar um corpo médio-leve, de textura aguada, forte carbonatação e moderada adstringência no final. Infelizmente o azedume acético acima relatado prejudica todo o desempenho da cerveja, mesmo levando em conta a diminuição desta sensação após deixa-la repousando por alguns minutos.
Aroma: se destacam as frutas secas como tâmara e damasco mas principalmente tâmaras.
Aparência: bastante escura e muito turva. Espuma bege não muito densa, como é típico do estilo. Espuma muito duradoura.
Sabor: bastante complexa sem ser agressiva. Cacau torrado, Lúpulo, frutas secas, fermento, chocolate e também o café.
Sensação: bom corpo e presença de álcool.
Conjunto: cerveja completa e complexa. Para quem gosta de cerveja forte está dentro da medida.