Way Sour Me Not Acerola

Coloração amarela, alta turbidez e com creme médio e pouco duradouro.

O aroma lembra ácido láctico, vinagre e um frutado que remete à acerola.

Já na boca a acidez se destaca totalmente. Bastante azeda e com notas cítricas.

É sem dúvida uma cerveja para poucos, mas pra quem curte a acidez das sour (me incluo aí) é um prato cheio.

Coloração amarelo opaca,líquido turvo,espuma com boa formação com baixa manutenção;no nariz um aroma azedo,ácido,fermentado,bolor;no sabor frutas cítricas,acidez,notas láticas,a fruta em questão(acerola) aparece pouco,me lembrou mais tangerina ainda verde,alta carbonatação,baixo corpo,final seco,refrescante,drinkability prejudicada pelo excesso de acidez,preço um tanto elevado para uma garrafinha de 310 ml prejudicou o conjunto. Uma cerveja "diferente",não é ruim,mas vai agradar a poucos,vale a experiência.

Mais um rótulo da cervejaria artesanal Waybeer, localizada na cidade de Pinhais, região metropolitana de Curitiba, Paraná.

Desta vez a cervejaria paranaense resolveu ousar ao lançar simultaneamente 3 rótulos distintos de "Sour Ale" (cervejas azedas) - uma iniciativa pioneira no Brasil. Para isso desenvolveu uma receita base com malte de cevada, trigo e um pouquinho de lúpulo. Para fermentá-la foi utilizada uma cultura mista de leveduras cervejeiras tradicionais do gênero "Saccharomyces" junto a bactérias láticas dos tipos "Lactobacillus" e "Pediococcus". Em cada uma das três versões que compõem a linha "Sour Me Not" foram acrescentadas diferentes polpas de frutas, respectivamente: acerola, graviola e morango.

Diferente de cervejas de fermentação "espontânea" como as famosas "Lambics" belgas, a linha "Sour Me Not" da "Way" não contém leveduras selvagens do tipo "Brettanomyces". Portanto, o estilo a que elas mais se aproximam são as "Berliner Weisses" alemãs.


Líquido turvo de coloração amarelo ovo. Na taça exibe boa formação de colarinho branco consideravelmente duradouro.

Aroma intenso de ácido lático remetendo à coalho com leve toque de fermento. É preciso muito esforço para encontrar um tiquinho da acerola. Pouco complexo, neste quesito ela não convence.

De corpo baixíssimo e carbonatação caprichada, logo de cara provoca intensa salivação por conta do forte azedume que assola o paladar. Suave percepção de malte traz nuances de farinha de trigo, mas as reminiscências láticas predominam sugerindo coalhada e iogurte natural. Mais uma vez a presença da acerola é praticamente imperceptível, ofuscada que está pela cortante acidez. Bastante seco e azedo, o final traz suave frutado e moderado sabor de fermento que se prolonga até o retrogosto com muita salivação. Apesar de refrescante, 'drinkability' é, no geral, baixa.

O resultado é uma cerveja de características agressivas, porém totalmente unidimensional. Ainda que seja louvável a iniciativa da "Way", não foi desta vez que o Brasil ganhou uma "Sour Ale" de alto padrão. De qualquer maneira vale a degustação à título de curiosidade - desde que você seja um "beergeek" de carteirinha. Caso contrário, é melhor não arriscar.