BrewDog Lost Abbey Lost Dog

Líquido bem escuro, com tom amarronzado, apresentando pouca formação de uma espuma bege, de curta duração e que desaparece por completo, sem deixar qualquer vestígio na superfície do líquido ou na borda da taça. Carbonatação quase nula. Aroma completamente dominado pelo álcool, com um pouco de espaço para um cheiro adocicado, tipo uva passa. Paladar incrivelmente suave, com notas amadeiradas predominantes, além do gosto de malte tostado, ameixa seca, tudo com um leve fundo alcoólico. Excelente, embora não pareça cerveja, mas vermute.

Líquido de coloração negra, parcialmente translúcido. Creme escuro, de baixa formação e duração.
Aroma traz notas de caramelo e madeira, há desprendimento de álcool. No sabor, notas doces de caramelo, madeira e malte torrado aparecem e tons diferentes ao longo da degustação. A madeira em algum momento vem à tona e perdura até o final. Retrogosto é alcoólico e traz madeira e torrado.
Breja que eu particularmente esperava um pouco mais. Primeiramente, esperava mais corpo. E a combinação álcool e madeira, somadas ao malte torrado, é muito interessante. De qualquer forma, nesse breja achei enjoativo em algum momento, a madeira é demasiadamente priorizada em detrimento dos outros aspectos presentes.
Um bom rótulo, mas não consegui tirar nada de surpreendente da garrafa, infelizmente.

Coloração marrom puxado com nuances avermelhadas, líquido com média turbidez, baixa formação de creme marrom de média duração e boa consistência. Aroma doce, com malte caramelo, forte defumado, madeira e álcool em segundo plano. O paladar traz madeira, defumado, caramelo, baunilha e final altamente alcoólico. Mas não chega a desbalancear o conjunto. Cerveja de corpo médio, textura licorosa, baixa carbonatação e baixo drinkability. Não poderíamos esperar algo que não merecesse destaque de uma parceria entre a Brewdog com a Lost Abbey.

Na minha opinião, um dos grandes pontos positivos de ter importação da Brew Dog no Brasil, são as parcerias com cervejarias americanas que não chegam ao Brasil. Uma das grandes novidades esse ano foi a chegada da Lost Dog, Imperial Porter maturada em barris previamente usadas para produção de rum, em parceria com a cervejaria Lost Abbey, do sul da Califórnia, conhecida por sua Ales belgas e Sour Ales.
Apresentou coloração marrom escuro, com reflexos avermelhados e uma translucidez até razoável. Seu creme se formou razoavelmente, apresentando coloração bege e uma duração também mediana.
O ponto alto vai para o delicioso aroma que mescla os aromas ricos dos maltes, típicos do estilo, além da longa maturação nos barris de rum. Destaque para os aromas de chocolate, avelã e xarope que aparecem primeiro. Em seguida é possível notar aromas mais frutados de uvas passas, cerejas, além dos aromas de rum, madeira, mel e maple syrup.
Para quem espera uma bomba de torrado como geralmente são as Imperial Stout maturadas em carvalho dos americanos, se decepciona. A cerveja tende bastante ao adocicado, além dos tons frutados acompanhando, lembrando até um vinho de sobremesa, mas trazendo também destaque para os toques de chocolate e castanhas, finalizando com um amargor caramelado (meio queimado). Seu corpo também não é dos mais delicados, e combina com a delicadeza do conjunto de aromas. Mesmo assim, traz ma textura macia e uma carbonatação de média para baixa.
Para quem espera uma cerveja das mais porretas, provavelmente se decepcionara. A Lost Dog tem a intenção de priorizar os aromas advindos na maturação nos barris de rum, ao invés de trazer aquele tostado intenso de algumas Imperial Stout. Uma brilhante e complexa cria, se souber abraçar a proposta.