Lost Abbey Judgment Day

Apresentou coloração marrom escura com reflexos âmbar e espuma bege de pouca formação e média persistência. No aroma e no sabor os destaques ficam com o equilíbrio entre as notas de tâmaras secas, bolo húngaro, melaço, mel, baunilha, cravo, figos secos e canela. Alcool muito bem encaixado. Ao contrário do cadastro do Brejas, trata-se de uma Quadrupel.

Marrom muito escura com raios vermelhos. No aroma, muito chocolate, media torrefação, leve toque frutado, principalmente frutas pretas, e também um fundinho de baunilha. O sabor é muito equilibrado, tanto que ate parece uma cerveja leve. Final é intenso, mais puxado para o adocicado, e o álcool não aparece, ou seja, o equilíbrio impera.

Mais uma do portfolio disponível o ano inteiro pela Lost Abbey, a Judgment day é a cerveja mais escura e uma das mais alcoólicas da cervejaria. Disponível on tap e em garrafas arrolhadas de 375ml ou 750 ml, é uma Belgian Quadrupel com 10.5% de álcool, e OG de 1092.

Usa seis tipos de malte (2-row pale de base, trigo, English Crystal medio e escuro, Special B e Chocolate) lúpulos Challenger e EK Golding, e dextrose e uvas-passa como adjuntos. Tudo fermentado por uma cepa de levedura Ale belga de alta performance (a house yeast da Lost Abbey). Essa cerveja também serve como base para a famosa Cuvee de Tomme, uma sour ale envelhecida com cerejas em barris de bourbon.

Evolui bem na garrafa e pode (e deve) ser guardada por muitos anos. Daí vem o nome Judgment Day ou o "dia do julgamento final": Como nunca saberemos quando os 4 cavaleiros do apocalipse virão e o mundo como conhecemos vai acabar (juntamente com suas cervejas), vale a pena estocar grandes quantidades dessa Quadrupel que não vai estragar por um bom tempo. Pelo menos haverá cerveja para beber.

Na taça, verteu liquido de coloração marrom-avermelhada com tons de rubi e aspecto translúcido. Formou abundante espuma marrom-clara que não persistiu por muito tempo. A Retenção também ficou um pouco abaixo da media.

Aroma de malte escuro, candy sugar, caramelo e frutas escuras: Ameixa, uva vermelha, uva-passa, figo e tâmaras. Percebi também um pouco de álcool volátil em segundo plano.

Na boca, começou com notas acentuadas de malte escuro, caramelo e melaço; seguida de frutas escuras dominadas pela uva-passa, mas também com figo e ameixa. Finalizou com leve amargor se contra balanceando com a enxurrada de malte.

O mouthfeel era bem grudento e mastigável com corpo altíssimo e pesado e carbonatação baixa. A adstringência dos taninos das uvas-passa apareceu um pouco no aftertaste, junto com uma agradável sensação de calor na garganta.

Bela cerveja da Lost Abbey, muito bem feita e com ótimo drinkability para o tanto de álcool. Ainda fica abaixo de suas similares belgas (Westy, Struisse, Rochefort e St Bernardus) mas dentro das americanas é um dos melhores exemplares.

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Preta, quase turva. Creme raso e duradouro, marrom. Pó, papel, amora, uvas, ameixa, fumaça e defumados misturam-se no aroma e no sabor alongado. O final é salgado (arenque?), com os toques picantes e de madeira que caracterizam os vinhos do Porto. Ótima cerveja.

Excelente cerveja, a começar pelo bonito rótulo e pelo interessantíssimo texto que segue no contra-rótulo.

Coloração preta avermelhada, com espuma bege de média formação e duração, com um efeito diferente de tudo o que eu vi até hoje: ao se colocar, aos poucos, a cerveja na taça, vão se formando camadas sobrepostas de espuma, deixando aparente algumas faixas de espuma.

Aroma adocicado de frutas pretas maduras, remetendo a amora e jabuticaba. Malte tostado também é notado.

O sabor segue o aroma, porém nele ficam mais evidentes as notas de malte tostado, aparecendo, também, malte torrado, café (grão) e cinza.

Cerveja amarga e seca com média intensidade. Complexa. Encorpada. Não se deve bebê-la gelada. O ideal é que ela esteja apenas fria, já que seu desempenho cresce bastante conforme a temperatura aumenta. Conjunto harmônico e equilibrado. Delícia de cerveja!