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Detalhe da Avaliação

3.8 12
Itália
Flavio Roese
Flavio Roese
12 de Janeiro de 2011 5563
(Atualizado: 27 de Março de 2014)
Avaliação Geral
 
3.8
Aroma
 
8/10
Aparência
 
4/5
Sabor
 
15/20
Sensação
 
4/5
Conjunto
 
7/10
Principal expoente da "revolução cervejeira" na Itália, a cervejaria "Baladin" é uma pequena notável. Comandada com paixão e inteligência por Teo Musso, ela é uma das poucas cervejarias no mundo capaz de cultivar em sua própria fazenda quase toda a matéria prima necessária para sustentar a produção. Criadora de dezenas de rótulos exclusivos e outros colaborativos, possui ainda uma cadeia de pubs e restaurantes espalhados pela Itália além de unidades isoladas nos Estados Unidos e Marrocos. Mais do que cerveja, a "Baladin" produz ainda destilados, sidras e refrigerantes, além de fechar parcerias para revender e/ou licenciar produtos de terceiros como queijos, panetones, chocolates e geleias - tudo feito com cerveja. Até mesmo uma linha de fragrâncias para ambientes pode ser encontrada com a marca "Baladin" - mais dinâmico, impossível!

Atualmente a fábrica da cervejaria fica na pequena comunidade de Farigliano, região de Piemonte, mas foi em 1986, no vilarejo de Piozzo, que tudo começou. No princípio era um barzinho que vendia cerca de 200 rótulos, maioria de origem belga. Mais tarde, em 1996, tornou-se um 'brewpub' que fabricava e vendia cervejas próprias somente no local. A parti daí veio a fábrica separada onde iniciou-se o engarrafamento e a coisa não parou mais: Teo Musso e "Baladin", símbolos de determinação e competência, são inspiração para cervejeiros empreendedores do mundo inteiro.

Uma das primeiras a ser envasadas, a "Baladin Super" é uma 'Golden Strong Ale' refermentada na garrafa inspirada nas cervejas belgas de abadia, porém com uma interpretação própria à moda italiana.

Acondicionada numa charmosa garrafinha, poderia ser embalagem para algum antigo tipo de elixir. Devido à vasta acumulação de leveduras apresenta aparência turva de coloração ocre. De carbonatação relativamente baixa, forma estreita camada de espuma bege que se dissolve rapidamente.

O aroma traz forte presença de malte e açúcares, ecoando principalmente notas de castanhas, amêndoas, mascavo, melaço e creme de amendoim. Ao fundo percebe-se ainda álcool, toffee, pitadas esparsas de doce de mamão e especiarias como cravo e canela. Complexo.

Encorpada e licorosa, na boca destaca um dulçor melado que flui meio a pacata carbonatação. Menos complexa do que o aroma, tem sabor açucarado, bastante caramelizado, com ecos de calda de figo e forte reminiscência de marzipã. O álcool não tão bem inserido evidencia arestas que poderiam estar mais bem aparadas, mas que de qualquer maneira não chegam a destoar do robusto conjunto. Quente e pesado, o final acastanhado revela rastros de especiarias tais como cravo, canela, cacau e baunilha que delineiam um retrogosto caramelado/tostado bastante persistente.

Cerveja forte de grande potencial gastronômico e baixa 'drinkability'. Apesar de ser 'ale' inspirada na escola belga, em muitos aspectos me lembrou a 'lager' austríaca "Samichlaus". Apesar do preço alto para uma garrafinha de 250 ml, vale conhecê-la.

Detalhes

Degustada em
26/Março/2014
Envasamento
Volume em ml
250 ml
Onde comprou
Quiosque O Apreciador, Marília Shopping, Marília - SP
Preço
R$ 19,90
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