Por que será que umas pessoas acham a Therezópolis Jade uma bela IPA, e outras pessoas nem tanto, dependendo do lote?

Mistério resolvido em : www.felicidadeliquida.com.br/2015/05/the...terio-resolvido.html

Boa postagem. É bom ver que existem cervejeiros encarando de frente a tarefa ingrata de tentar adaptar os métodos artesanais para a produção industrial em larga escala. Acho que veremos os frutos desse trabalho a médio/longo prazo.

Quanto à Jade IPA, eu a considero uma boa cerveja dentro do seu estilo. Acho que, hoje em dia, existe uma percepção equivocada do público brasileiro em relação ao que deveria ser o amargor de uma IPA. Existe espaço para IPAs de amargor moderado e para IPAs de doçura de malte bem perceptível (o que é muito comum, e até tradicional, aqui no Brasil, vide a Colorado Indica). Não precisa necessariamente ser super seca e super amarga para estar correta dentro do estilo. Agora, a variação de lote para lote existe mesmo, e é bem perceptível. Na primeira vez em que a tomei, encontrei uma garrafa super fresca, com aroma lupulado muito evidente e agradável, mas também já tive o azar de pegar garrafas com aroma apagado e sem graça. Mas, por conta do preço, continua sendo habitué na minha geladeira.

Alexandre Almeida Marcussi escreveu: Acho que, hoje em dia, existe uma percepção equivocada do público brasileiro em relação ao que deveria ser o amargor de uma IPA. Existe espaço para IPAs de amargor moderado e para IPAs de doçura de malte bem perceptível (o que é muito comum, e até tradicional, aqui no Brasil, vide a Colorado Indica). Não precisa necessariamente ser super seca e super amarga para estar correta dentro do estilo.

Eu também acho! Fico às vezes com a impressão de que muita gente fica mal acostumada com as IPAs americanas mais secas e amargas e passa a julgar mal aquelas que não atingem este "ápice". Se observarmos o BJCP, veremos que existe sim uma boa variação dentro do estilo:

Amargor de lúpulo de médio-alto a muito alto, ainda que com um bom suporte de maltes que equilibram com a quantidade de lúpulos. O sabor de malte deve ser de baixo a médio e é, geralmente, limpo e com dulçor maltoso, embora sabores de caramelo ou tostado sejam aceitáveis em níveis baixos. Sem diacetil. Um frutado leve é aceito, mas não necessário. O amargor pode persistir no retrogosto, mas não deve ser áspero. Final de médio-seco a seco.

Macia, com corpo de médio-leve a médio-cheio sem a adstringência derivada do lúpulo, ainda que uma carbonatação de moderada a médio-alta possa combinar para causar uma sensação geral seca na presença do dulçor do malte.

Estatísticas:
IBUs: 40 - 70
OG: 1,056 - 1,075
FG: 1,010 - 1,018
SRM: 6 - 15
ABV: 5,5 - 7,5%
 

Gustavo, muito foda seu artigo, sucinto e bem informativo. Surpreso pela resposta e sinceridade do Gabriel Di Martino, bacana ver esse estreitamento nas relações com o consumidor.
Jade já é da familia. Espero que melhore sem mexer no valor dela! !

Ótimo texto e iniciativa, Gustavo.

Para pegar o gancho dos insumos, recentemente li um artigo sobre o impacto das cervejas artesanais na produção de lúpulo. O título da matéria é bem pessimista e catastrófico.

Gabriel Lucas Scardini Barros escreveu: Para pegar o gancho dos insumos, recentemente li um artigo sobre o impacto das cervejas artesanais na produção de lúpulo. O título da matéria é bem pessimista e catastrófico.

Será que as ervas predecessoras do lúpulo voltarão à cena cervejeira algum dia?