O black IPA é um nome fácil de pronunciar, por isso o India Black Ale não ficou tão popular. Fora que hoje em dia tudo que vai mais lúpulo que o normal já ganha um ''India'' na frente.

Se for parar pra pensar a black IPA (ou india black ale, falando corretamente) não passa de uma imperial stout menos maltada encorpada, ou talvez uma american stout com mais lúpulo.

E sobre a German IPA, nada mais é que uma cerveja bem lupulada usando maltes e lúpulos alemães. Em alguns casos até a levedura. A Seasons de Porto Alegre produziu uma versão, mas infelizmente acabou e fiquei sem.

Gustavo Silva escreveu: Se for parar pra pensar a black IPA (ou india black ale, falando corretamente) não passa de uma imperial stout menos maltada encorpada, ou talvez uma american stout com mais lúpulo.

E sobre a German IPA, nada mais é que uma cerveja bem lupulada usando maltes e lúpulos alemães. Em alguns casos até a levedura. A Seasons de Porto Alegre produziu uma versão, mas infelizmente acabou e fiquei sem.

A Invicta IBA que provei outro dia, Gustavo, embora muito saborosa, não apresentou nada que a fizesse se destacar de algum (sub)estilo de Stout. Em outras palavras, a lupulagem foi "atropelada" pelo torrado proeminente, tornando mais complicada a tarefa de caracterizar o "novo estilo".

Nessa questão de estilos - e incluo aqui o exemplo dessa "German IPA" -, fico às vezes com a impressão de que a tão valorizada criatividade acaba em muitos casos criando mais confusão e distorção do que apresentando algo novo de fato...
 

Voltando ao tópico, final de semana com brassagem de uma american IPA com incríveis 93% de rendimento. Finalmente descobri a fórmula pra chegar nesse nível (mesmo que a cerveja fique com menor qualidade).

Foram degustadas:

- De Molen Vuur & Vlam (5 anos de guarda): uma IPA com 5 anos de guarda é pelo menos inusitado. Totalmente fora do normal. Muitas notas de frutas, complexa, levemente lupulada. Muito boa;

- Cidade Alta Honey Blond Ale: muito frutada, condimentos, melado, pão e fermento. Ficou demais;

- Cidade Alta IPA Single Hop Amarillo: bem abaixo do esperado. Leves notas de maracujá e abacaxi, pouco maltada e aromática, mas longe de ficar ruim.

SAL-Bohemia,Brahma,Skol
Malzbier-Itaipava
Malt liqor-Boris Slam(super alcoólica,10,5%bem aparente)
Amarican Amber Ale-Brewdog 5 a.m(salvou a semana,breja equilibradíssima,harmonia entre o cítrico e o tostado).

Destaques para a Duvel, Baden Baden e a Amnésia.

- Devassa Negra: Já havia provado na pressão, dessa vez resolvi degustar calmamente na tranquilidade do lar. Coloração marrom escura e opaca, creme de boa formação e baixa persistência, aroma levemente tostado e acético, corpo leve pra médio, sabor maltado com leve torrefação (leve café), carbonatação moderada, discreta acidez presente e final seco com um suave amargor. Cerveja bem mediana, onde tudo aparenta ser leve demais (o título "tropical dark" é bem sugestivo e condizente), além de um certo caráter "industrial". A exemplo da Ruiva, não sei se repetirei algum dia. Ponto positivo: ausência de corante caramelo.

- Eisenbahn Weizenbock: Essa sim vale a pena! Encorpada e muito saborosa, com suas notas intensas de passas, caramelo e um leve cacau ao fundo, combinados com aquela típica acidez encontrada em cervejas de trigo. Não é tão fácil de encontrar a exemplo das demais, por isso dessa vez peguei meia dúzia. Por pouco mais de 6 reais (o preço das brejas têm aumentado gradativamente), ainda vale cada centavo.

- Fetzer Crimson Red Blend 2010: Vinho tinto da região de Mendocino (Califórnia), elaborado com um blend de Shiraz, Zinfandel, Petite Sirah e Cabernet Sauvignon. Apresentou bom corpo, caráter frutado, adstringência bem suave e acidez moderada, além de um leve amadeirado. Leve aquecimento etílico, sem destoar do conjunto. Gostei bastante!

- Heineken.