quando retiro meus rótulos das garrafas
eu costumo colocar folhas sulfite (3 em cima e 3 em baixo) e colocar peso em cima

quando o rótulo fica entre as folhas , o papel absorve a umidade e ele fica bem seco,
ai com peso em cima, ( livros , etc) ele fica bem liso e sem dobras.


queria perguntar ao alexandre qual tipo de cola voce usa?
nao estraga os rótulos? se voce quiser tirar algum dia do papel, tira com estilete dai?

estou pensando em fazer o mesmo pra eles ficarem firmes no portifólio

Tive um vizinho filatelista e ele usava uma cola para colocar los em albuns de papel quadriculado deixando medidas exatas e umas frescuras assim.

O caso é que essa cola é igual aquela que vinha nos selos antigos para eles serem auto-adesivos, que você lambia e tal. Ela é facil de tirar, com um pouco de vapor ou uma solução bem leve pra passar encima!

Não, Clara, o forno é só para os rótulos autoadesivos, que não saem na água!! A maioria dos rótulos sai com imersão em água morna (pode pôr detergente para ajudar a dissolver a cola). Vc identifica os rótulos autoadesivos (que precisam ir ao forno) facilmente, pois o papel normalmente é mais grosso e o rótulo está grudado de forma homogênea na garrafa, sem ficar nenhuma "abinha" levantada. A maioria das artesanais brasileiras usa rótulos autoadesivos. Mas cuidado com os rótulos autoadesivos plásticos ou metálicos (Eisenbahn Linha Especial, Colorado): calor demais do forno pode deformá-los! Em última instância (se não saiu nem na água e nem no forno), vc pode usar a técnica do papel contact que eu descrevi. Não use vapor e não ferva a água, pois isso pode danificar a tinta de alguns rótulos (e não tem como saber com antecedência se vai ou não danificar).

Para secar os rótulos retirados com água, eu os deixo secar à sombra naturalmente e depois coloco no meio de um livro grosso com peso por cima. Em um ou dois dias, no máximo, ele está lisinho que parece que saiu da fábrica. Lucas, para evitar que o rótulos "grudem" em alguma superfície após saírem na água, o que eu faço é esfregar delicadamente o verso do rótulo na água morna com os dedos, para tirar toda a cola.

André, eu uso cola de bastão, do tipo "Pritt". Ela segura muito bem os rótulos no sulfite e tem a vantagem de que, se vc quiser desgrudar, é só imergir o papel em água morna que a cola desgruda em questão de segundos.

Clara Castro escreveu:

vou tentar organizar o meu fichário por estilo e, dentro de cada estilo, por gradação de sensação. Vai ser uma diversão ficar matutando qual cerva proporciona a sensação mais pungente, hehehe.

É um bom critério. Vc só terá dificuldade quando, por exemplo, uma cerveja for mais intensa nas sensações de malte, enquanto a outra for mais intensa no lúpulo, por exemplo: qual virá primeiro? Uma outra opção é, no interior de cada estilo, organizar por nota e/ou preferência pessoal (já que a intenção é organizar as suas sensações). Com o tempo, é natural que essas preferências mudem um pouco, e cervejas antes mal avaliadas passem a agradar mais; mas isso faz parte da diversão!

Uma sugestão para ampliar e definir melhor seu vocabulário sensorial, e que é também um bom método de "estudo", é vc fazer um inventário das sensações associadas a cada ingrediente, ao malte, ao lúpulo, à levedura, à água, às especiarias cervejeiras, aos efeitos da maturação e oxidação, etc. Se quiser ajuda, podemos conversar sobre o assunto.

Acho q agora entendi tudo direitinho! Ai, espero não me equivocar mais, pois meus rótulos ficaram um semi fracasso. Enrugados (mesmo c/ a tática do livro), quase rasgados, c/ as bordas estragadas... C/ exceção da Urthel: um espetáculo da perfeição!

Qto à organização do fichário, pensei em esquecer das notas, pois tenho dificuldade em qualificar numericamente algo q me parece tão subjetivo. Bem, na verdade, sou hiper indecisa e eterna inimiga dos números... Por isso pensei em apenas ordenar por estilo numa gradação da sensação mais forte pra mais fraca. Mas vc tem razão, Marcussi, é uma tarefa q poderá impor problemas...

Aliás, já q vc me ofereceu ajuda, não irei desperdiçá-la, pq tb me enrolo na hora de diferenciar os sabores. Embora eu tenha um paradigma na cabeça, estou quase certa de q ele em nada condiz com a realidade. Para diferenciar o gosto do levedo, por exemplo, sempre uso como base aquele levedo de cerveja q vende no mercado e q a gente toma c/ água como complemento alimentar. Contudo, já me disseram q o gosto de um nada tem a ver com o do outro. Vc tem alguma base didática pra comparar o gosto do lúpulo, do malte e do levedo?

Clara Castro escreveu:

Ai, espero não me equivocar mais, pois meus rótulos ficaram um semi fracasso.

No 2º Encontro eu te levo uns rótulos repetidos que tenho aqui, assim vc já começa com um "empurrãozinho". Só que aí quero ver beber todas essas cervejas, hein??

Sobre a questão de diferenciar os sabores advindos desse ou daquele componente, terei o maior prazer em ajudá-la no limite das minhas capacidades. Tem umas indicações espalhadas por aí pelo fórum, principalmente no tópico "Cervejas de referência". Mas te mando um e-mail e a gente começa uma conversa sobre o assunto.