Baixa atenuação
Criado por Alan Lyrio no tópico Baixa atenuação
Olá amigos, boa tarde.
Primeira vez que participo do fórum do Brejas.
Dei uma pesquisada sobre o assunto aqui no fórum, mas as respostas que encontrei são as que já tinha imaginado. Então irei explicar o que aconteceu e tentar ver mais opiniões.
Basicamente, nas minhas últimas 2 levas, não consegui boas atenuações. Por exemplo, fiz uma Belgian Strong Golden Ale e esperava uma FG menor que 1,020, porém o resultado foi de 1,042. Como isso já tinha acontecido antes tb, passei a fazer starter e propagar as leveduras, achando que o problema estaria com elas, porém tenho certeza que o problema não é aqui: propago por 24 horas e consigo fermentações muito intensas (algumas explosivas inclusive :/ ), que duram cerca de 2 a 3 dias apenas, logo não acredito que o problema seja a quantidade/qualidade do fermento. Na verdade tenho certeza que estou inoculando muito mais fermento do que realmente necessito devido a estas propagações.
A ideia era trabalhar nas rampas de beta e alfa na brassagem, porém acredito que o problema esteja exatamente aí. Vejo que existe mudança da real temperatura no mosto, como era de se esperar, porém talvez a amplitude de temperaturas entre o fundo e topo da panela esteja muito grande. Será se é possível? Se for, então, quando eu estiver na rampa da beta na parte de cima do mosto (onde eu verifico a temperatura), na verdade eu já esteja na rampa da alfa no meio e fundo dela, criando açúcares maiores não fermentáveis, só vejo essa explicação. Só acho estranho pq minha panela tem apenas 40cm de altura (40x40cm), misturo o mosto a todo o momento para homogenizá-lo e evitar diferenças de temperatura sempre que for fazer medições e, apesar de utilizar fogão industrial de alta pressão, não aumento a temperatura bruscamente. Além disso, uso vários tipos de termômetros, muitos deles conseguem ir até quase o final da panela, e a temperatura não mostra essas variações tão grandes.
Devido à propagação da levedura, uma coisa que não venho fazendo é aerando o mosto, achando que não seja preciso. Comprei um aerador, porém era mais uma etapa que precisava adicionar no processo de fabricação, higienizá-lo, etc, fora que estava fazendo muita espuma antes de inocular o fermento, então decidi parar de usá-lo. Acreditam que pode ser baixa oxidação do mosto, mesmo eu inoculando muito mais fermento que o necessário? Caso o problema esteja aqui, irei comprar um cilindro de O2 e aerar tudo em segundos.
Enfim pessoal, agradeço muito pela ajuda de vocês!
Boas cervas!
Alan.
P.S: Não estou mais utilizando teste de iodo, então realmente não tive esse parâmetro ao final da brassagem.
Primeira vez que participo do fórum do Brejas.
Dei uma pesquisada sobre o assunto aqui no fórum, mas as respostas que encontrei são as que já tinha imaginado. Então irei explicar o que aconteceu e tentar ver mais opiniões.
Basicamente, nas minhas últimas 2 levas, não consegui boas atenuações. Por exemplo, fiz uma Belgian Strong Golden Ale e esperava uma FG menor que 1,020, porém o resultado foi de 1,042. Como isso já tinha acontecido antes tb, passei a fazer starter e propagar as leveduras, achando que o problema estaria com elas, porém tenho certeza que o problema não é aqui: propago por 24 horas e consigo fermentações muito intensas (algumas explosivas inclusive :/ ), que duram cerca de 2 a 3 dias apenas, logo não acredito que o problema seja a quantidade/qualidade do fermento. Na verdade tenho certeza que estou inoculando muito mais fermento do que realmente necessito devido a estas propagações.
A ideia era trabalhar nas rampas de beta e alfa na brassagem, porém acredito que o problema esteja exatamente aí. Vejo que existe mudança da real temperatura no mosto, como era de se esperar, porém talvez a amplitude de temperaturas entre o fundo e topo da panela esteja muito grande. Será se é possível? Se for, então, quando eu estiver na rampa da beta na parte de cima do mosto (onde eu verifico a temperatura), na verdade eu já esteja na rampa da alfa no meio e fundo dela, criando açúcares maiores não fermentáveis, só vejo essa explicação. Só acho estranho pq minha panela tem apenas 40cm de altura (40x40cm), misturo o mosto a todo o momento para homogenizá-lo e evitar diferenças de temperatura sempre que for fazer medições e, apesar de utilizar fogão industrial de alta pressão, não aumento a temperatura bruscamente. Além disso, uso vários tipos de termômetros, muitos deles conseguem ir até quase o final da panela, e a temperatura não mostra essas variações tão grandes.
Devido à propagação da levedura, uma coisa que não venho fazendo é aerando o mosto, achando que não seja preciso. Comprei um aerador, porém era mais uma etapa que precisava adicionar no processo de fabricação, higienizá-lo, etc, fora que estava fazendo muita espuma antes de inocular o fermento, então decidi parar de usá-lo. Acreditam que pode ser baixa oxidação do mosto, mesmo eu inoculando muito mais fermento que o necessário? Caso o problema esteja aqui, irei comprar um cilindro de O2 e aerar tudo em segundos.
Enfim pessoal, agradeço muito pela ajuda de vocês!
Boas cervas!
Alan.
P.S: Não estou mais utilizando teste de iodo, então realmente não tive esse parâmetro ao final da brassagem.
9 anos 2 meses atrás
#59445
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Respondido por Gustavo Silva no tópico Baixa atenuação
Em primeiro lugar, seja bem-vindo Alan.
Só me responda uma pergunta: você mediu as densidades com refratômetro?
Se a resposta for sim, problema resolvido. É necessário fazer uma conversão levando em conta a OG e o valor lido no refratômetro. Isso é necessário pelo fato da luz também sofrer refração quando passa pelo álcool. Ou seja, no mosto com água e açúcar ele marcará o valor exato, mas se houver álcool na mistura a leitura será desviada sempre para acima, fazendo com que você leia um valor de densidade maior que o real.
A tabela para conversão pode ser encontrada na internet ou feita no beersmith.
Já se a leitura foi feita com densímetro o problema é bem mais complexo. Pra uma cerveja atenuar totalmente em 1,042 é necessário que a temperatura na brassagem tenha sido superior a 70°C durante quase todo o tempo. Isso implicaria numa atenuação máxima de 55% (segundo bibliografia que me escapou da memória). Ou seja, um mosto de 1,093 com esses 55% de atenuação ficaria com FG de 1,042.
Problemas de aeração ou starter não deve ser, pois quando fico com preguiça de fazer starter a minha cerveja fica com a mesma FG programada com starter, porém leva uns 3 ou 4 dias a mais para fermentar. Essa é a única diferença.
Só me responda uma pergunta: você mediu as densidades com refratômetro?
Se a resposta for sim, problema resolvido. É necessário fazer uma conversão levando em conta a OG e o valor lido no refratômetro. Isso é necessário pelo fato da luz também sofrer refração quando passa pelo álcool. Ou seja, no mosto com água e açúcar ele marcará o valor exato, mas se houver álcool na mistura a leitura será desviada sempre para acima, fazendo com que você leia um valor de densidade maior que o real.
A tabela para conversão pode ser encontrada na internet ou feita no beersmith.
Já se a leitura foi feita com densímetro o problema é bem mais complexo. Pra uma cerveja atenuar totalmente em 1,042 é necessário que a temperatura na brassagem tenha sido superior a 70°C durante quase todo o tempo. Isso implicaria numa atenuação máxima de 55% (segundo bibliografia que me escapou da memória). Ou seja, um mosto de 1,093 com esses 55% de atenuação ficaria com FG de 1,042.
Problemas de aeração ou starter não deve ser, pois quando fico com preguiça de fazer starter a minha cerveja fica com a mesma FG programada com starter, porém leva uns 3 ou 4 dias a mais para fermentar. Essa é a única diferença.
9 anos 2 meses atrás
#59447
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- Gustavo Silva
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Respondido por Alan Lyrio no tópico Baixa atenuação
Caro Gustavo, obrigado pelas boas vindas e resposta!
Sim, utilizei refratômetro! Tenho densímetro tb, logo vou ver se passo a utilizá-lo nas próximas levas, o difícil é ter q dispensar aqueles 200ml sagrados kkkkkkkkkkkkkkkk
Vou procurar a tabela, mas você achava que a FG real poderia estar em quanto então?? Tem uma ideia?
Obrigado mais uma vez!
P.S: abri um tópico também no forum sobre sanitizantes. Se já tiver tipo experiência com metabissulfito de potássio, dá uma olhada lá!
Sim, utilizei refratômetro! Tenho densímetro tb, logo vou ver se passo a utilizá-lo nas próximas levas, o difícil é ter q dispensar aqueles 200ml sagrados kkkkkkkkkkkkkkkk
Vou procurar a tabela, mas você achava que a FG real poderia estar em quanto então?? Tem uma ideia?
Obrigado mais uma vez!
P.S: abri um tópico também no forum sobre sanitizantes. Se já tiver tipo experiência com metabissulfito de potássio, dá uma olhada lá!
9 anos 2 meses atrás
#59448
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- Alan Lyrio
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Respondido por Gustavo Silva no tópico Baixa atenuação
Em torno de 1,020g/cm³, pelo que fiz agora de cabeça.
9 anos 2 meses atrás
#59451
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