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O meio cervejeiro é "machista"?

Respondido por Fernando Malheiros Dal Berto no tópico O meio cervejeiro é "machista"?

Por Gustavo Guedes: Por que carga d'aguas não colocaram um homem de sunga no rótulo então?

Simples, rápido e perfeito!
Fernando MDB
Last edit: 9 anos 3 meses atrás by Fernando Malheiros Dal Berto. Razão: Não citei a resposta do Gustavo
9 anos 3 meses atrás #58822

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Respondido por Fernando Malheiros Dal Berto no tópico O meio cervejeiro é "machista"?

Mauricio Beltramelli escreveu: Volto ao caso da Colorado Carambreja e sua história "feminina": Fica-se com o maior medo de divulgar qualquer homenagem às mulheres sob o risco de, de alguma forma, inadvertidamente, acabar ofendendo uma pequena parcela delas. Vai que alguém acha, no rótulo da cerveja, uma alusão escondida ao machismo opressor misógino...


Isso me parece bem interessante Maurício, e creio seja bom mesmo que amargo. Pois se esse dilema todo é vivido pelo homens e empresas na hora de divulgar algo que toca no universo feminino, é porque não só os gritos surtiram efeito, mas um novo aprendizado se faz urgente. Eu não sei lidar bem com vários 'ismos', fui criado com desculpas pra muita coisa, sou homem e branco, não me agrada o espelho, mas acho que não deve haver volta, por isso coisas como esse WAX em rótulo de cerveja, no nosso contexto, é um machismo que não deve ser aceito. Lembro de um outro rótulo, que falava das mulheres negras e estereotipava tudo de forma que, para mim homem branco, era muito ofensiva, na verdade achei até bem burra a propaganda. (Achei a imagem e um artigo: www.diariodocentrodomundo.com.br/o-verda...-da-cerveja-devassa/ )
Fernando MDB
9 anos 3 meses atrás #58823

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Respondido por Eduardo Guimarães Insta @cervascomedu no tópico O meio cervejeiro é "machista"?

Mauricio Beltramelli escreveu:

Gabriel Rogel escreveu:

Alexandre Almeida Marcussi escreveu: E, como eu expus, acho que as críticas eram pertinentes. Não ouvi, até agora, ninguém argumentando algo que invalidasse a crítica que eu expus aqui ao rótulo. Adoraria ouvir, mas tudo o que os opositores argumentaram é que "não tem nada disso" e ponto, sem mais demonstrações..


Marcussi, o termo Brazilian Wax se refere a uma técnica, originalmente brasileira, de depilação, é uma tecnica muito dolorosa, como a maioria das depilações (homens também podem fazer depilação). Como se pode ver no texto ao lado, em inglês, a nome faz referência ao extremo da técnica de depilação e o extremo da cerveja, de 10.5% vol alc.
É muito claro para mim que o nome veio com essa intenção, fazer uma analogia aos dois extremos.
O desenha, por acaso, é um simples bikini, não tem bunda nenhuma ali. Não achei a bunda no desenho, não achei o turismo sexual, não achei nada disso...

Abraço


Exatamente o que eu já expus!

Respeito as percepções de cada um. Respeito também a engenharia mental que fez com que o rótulo parecesse machista e opressor. Mas não consigo concordar.

Nesse prisma, fica complicado determinar o que seria uma "aspiração legítima" do movimento feminista. Basta ofender uma meia-dúzia que vira "legítimo"? Essa legitimação não deveria ser conferida por uma maioria numérica das pretensas "ofendidas" (no caso, as mulheres, não apenas as feministas)? Três ou quatro gritaram contra o rótulo e virou opinião pública?

Volto ao caso da Colorado Carambreja e sua história "feminina": Fica-se com o maior medo de divulgar qualquer homenagem às mulheres sob o risco de, de alguma forma, inadvertidamente, acabar ofendendo uma pequena parcela delas. Vai que alguém acha, no rótulo da cerveja, uma alusão escondida ao machismo opressor misógino...

Isso, é claro, não invalida um movimento justo. Mas continuo achando que há pessoas imaginando fantasmas e usando uma energia boa demais para combatê-los.


Mauricio, tres ou quatro pessoas não destroem ou fazem pressão suficiente para que uma estratégia publicitária seja abandonada. Se tres ou quatro indivíduos isolados não estiverem satisfeitos com o tom de uma campanha publicitária, basta responder através dos canais de relação com o público para apresentar o contra argumento. Se os tres ou quatro nao estiverem satisfeitos com a resposta / esclarecimento, vida que segue. Não me parece ter sido o caso da Evil Twin ou de episódios relacionados a outros setores de mercado onde determinadas empresas realmente se depararam com uma crítica mais robusta, pesada e que mobilizou muitas pessoas.
Last edit: 9 anos 3 meses atrás by Eduardo Guimarães Insta @cervascomedu.
9 anos 3 meses atrás #58824

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Respondido por Mauricio Beltramelli no tópico O meio cervejeiro é "machista"?

Eduardo Guimarães escreveu:

Mauricio Beltramelli escreveu:

Gabriel Rogel escreveu:

Alexandre Almeida Marcussi escreveu: E, como eu expus, acho que as críticas eram pertinentes. Não ouvi, até agora, ninguém argumentando algo que invalidasse a crítica que eu expus aqui ao rótulo. Adoraria ouvir, mas tudo o que os opositores argumentaram é que "não tem nada disso" e ponto, sem mais demonstrações..


Marcussi, o termo Brazilian Wax se refere a uma técnica, originalmente brasileira, de depilação, é uma tecnica muito dolorosa, como a maioria das depilações (homens também podem fazer depilação). Como se pode ver no texto ao lado, em inglês, a nome faz referência ao extremo da técnica de depilação e o extremo da cerveja, de 10.5% vol alc.
É muito claro para mim que o nome veio com essa intenção, fazer uma analogia aos dois extremos.
O desenha, por acaso, é um simples bikini, não tem bunda nenhuma ali. Não achei a bunda no desenho, não achei o turismo sexual, não achei nada disso...

Abraço


Exatamente o que eu já expus!

Respeito as percepções de cada um. Respeito também a engenharia mental que fez com que o rótulo parecesse machista e opressor. Mas não consigo concordar.

Nesse prisma, fica complicado determinar o que seria uma "aspiração legítima" do movimento feminista. Basta ofender uma meia-dúzia que vira "legítimo"? Essa legitimação não deveria ser conferida por uma maioria numérica das pretensas "ofendidas" (no caso, as mulheres, não apenas as feministas)? Três ou quatro gritaram contra o rótulo e virou opinião pública?

Volto ao caso da Colorado Carambreja e sua história "feminina": Fica-se com o maior medo de divulgar qualquer homenagem às mulheres sob o risco de, de alguma forma, inadvertidamente, acabar ofendendo uma pequena parcela delas. Vai que alguém acha, no rótulo da cerveja, uma alusão escondida ao machismo opressor misógino...

Isso, é claro, não invalida um movimento justo. Mas continuo achando que há pessoas imaginando fantasmas e usando uma energia boa demais para combatê-los.


Mauricio, tres ou quatro pessoas não destroem ou fazem pressão suficiente para que uma estratégia publicitária seja abandonada. Se tres ou quatro indivíduos isolados não estiverem satisfeitos com o tom de uma campanha publicitária, basta responder através dos canais de relação com o público para apresentar o contra argumento. Se os tres ou quatro nao estiverem satisfeitos com a resposta / esclarecimento, vida que segue. Não me parece ter sido o caso da Evil Twin ou de episódios relacionados a outros setores de mercado onde determinadas empresas realmente se depararam com uma crítica mais robusta, pesada e que mobilizou muitas pessoas.


Eduardo, posso atestar (porque conheço os envolvidos) que as "ofendidas" que gritaram não passavam de meia-dúzia. É sério. Na minha opinião, sem que uma parcela significativa das pretensas ofendidas (e estou falando das mulheres em geral, e não uma meia-dúzia de ativistas radicais), não valida a ofensa.

Eu não ia dizer o termo "ditadura da minoria", mas não resisti... :unsure:
9 anos 3 meses atrás #58825

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Respondido por Alexandre Almeida Marcussi no tópico O meio cervejeiro é "machista"?

Mauricio Beltramelli escreveu: Nesse prisma, fica complicado determinar o que seria uma "aspiração legítima" do movimento feminista. Basta ofender uma meia-dúzia que vira "legítimo"? Essa legitimação não deveria ser conferida por uma maioria numérica das pretensas "ofendidas" (no caso, as mulheres, não apenas as feministas)? Três ou quatro gritaram contra o rótulo e virou opinião pública?


Maurício, não é assim que funciona com movimentos sociais. Movimentos sociais não são eleições: não existe isso de maioria numérica. Como é que se verificaria essa "maioria numérica"? Convoca um plebiscito para todas as mulheres do Brasil votarem se o rótulo é ofensivo? E antes dele fazemos toda uma campanha de educação das eleitoras? Movimentos sociais são, por sua natureza, grupos politicamente organizados, com diferentes graus de institucionalização, que representam interesses numericamente mais vastos de uma camada da sociedade civil. Movimentos sociais não são o mesmo que opinião pública. Não se aplica a lógica da eleição aqui. Não importa o tamanho deles, a priori (claro que, para efeitos de pressão institucional, o tamanho importa). Importa a pertinência da sua demanda social. Até porque não se está falando em algo que vira lei (e, que, portanto, precisaria da aprovação da sociedade civil por meio de seus representantes eleitos). Não se legislou sobre o rótulo da Evil Twin. A marca decidiu voltar atrás para evitar a má publicidade que viria da polêmica, e assunto encerrado.

Mauricio Beltramelli escreveu: Volto ao caso da Colorado Carambreja e sua história "feminina": Fica-se com o maior medo de divulgar qualquer homenagem às mulheres sob o risco de, de alguma forma, inadvertidamente, acabar ofendendo uma pequena parcela delas. Vai que alguém acha, no rótulo da cerveja, uma alusão escondida ao machismo opressor misógino...


Se você realmente acha que não há nada que possa ser ofensivo às mulheres na homenagem da Carambreja, mete bronca! Como o Eduardo colocou, se realmente incomodar apenas três ou quatro, isso não tem impacto, são vozes isoladas. Se incomodar mais gente, é porque você não percebeu, mas tocou num ponto delicado. Na dúvida, se o produtor não se sente habilitado para compreender as implicações e subtextos simbólicos do rótulo que ele escolheu, esse problema pode ser facilmente sanado contratando-se uma consultoria.
ocrueomaltado.blogspot.com
Porque cervejas são boas para beber, mas também são boas para pensar
Os seguintes usuário(s) disseram Obrigado: Mauricio Beltramelli, Milu Lessa
Last edit: 9 anos 3 meses atrás by Alexandre Almeida Marcussi.
9 anos 3 meses atrás #58826

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Respondido por Alexandre Almeida Marcussi no tópico O meio cervejeiro é "machista"?

Mauricio Beltramelli escreveu: Eduardo, posso atestar (porque conheço os envolvidos) que as "ofendidas" que gritaram não passavam de meia-dúzia. É sério. Na minha opinião, sem que uma parcela significativa das pretensas ofendidas (e estou falando das mulheres em geral, e não uma meia-dúzia de ativistas radicais), não valida a ofensa.

Eu não ia dizer o termo "ditadura da minoria", mas não resisti... :unsure:


Maurício, eu acabo de fazer uma consulta rápida aqui em casa. Tem duas mulheres que moram comigo e eu mostrei o rótulo para ambas. As duas falaram uns palavrões que, por polidez, não vou reproduzir aqui. Isso acaba de elevar a sua conta das ofendidas de 6 para 8. And counting.
ocrueomaltado.blogspot.com
Porque cervejas são boas para beber, mas também são boas para pensar
Os seguintes usuário(s) disseram Obrigado: Mauricio Beltramelli, Gustavo Guedes
9 anos 3 meses atrás #58827

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