Rodrigo Marson escreveu: Na verdade acho q discussão sobre preços eh uma grande besteira.

O estabelecimento cobra o quanto quiser e paga qem qizer.

Por isso não vou no Brejas, simples.

Mas tbm acho, e talvez algumas pessoas pensem igual a mim, q o Brejas eh referencia nesse mundo d cervejas especiais e q deveria ser O EXEMPLO d preços justos. Mas talvez isso tbm seja uma besteira.

Não existe tal coisa de "preço justo". O que existe são preços dentro ou fora de mercado. Se o Bar Brejas até agora não faliu é porque está dentro da realidade de seu modelo de negócios. E só lembrando que a Mamãe Bebidas tem um volume de vendas muito maior que o Brejas, o que lhe confere uma grande vantagem na hora de negociar preços com as importadoras. Além do mais um giro rápido de capital permite praticar margens de lucro mais ajustadas. Sem falar nos custos em manter um bar como o Brejas e um empório como a Mamãe Bebidas.

É engraçado o Mamãe Bebidas ser referência para preço no mercado brasileiro. Digo que é engraçado porque eles não são um bar, não são um empório e nem sequer tiram a maior parte de seus lucros das cervejas especiais. A começar pelo fato de que eles são uma loja de conveniência num posto de gasolina. Quem conhece o pessoal da loja sabe que eles não escondem de ninguém que o que dá lucro e faz a loja continuar funcionando são as cervejas de massa, que eles vendem a rodo para o churras do final de semana. Não é um negócio centrado em cervejas especiais, por isso é engraçado que sirvam de referência para esse mercado.

O que está faltando no mercado brasileiro é mais criatividade da parte de negócios e empresas que não dependem das cervejas especiais para sobreviver. Porque a verdade dói, mas é uma só: cerveja especial é cara demais no Brasil. Não dá para fazer um negócio barato se você se apoiar nelas como seu carro-chefe.

Alexandre Almeida Marcussi escreveu: É engraçado o Mamãe Bebidas ser referência para preço no mercado brasileiro. Digo que é engraçado porque eles não são um bar, não são um empório e nem sequer tiram a maior parte de seus lucros das cervejas especiais. A começar pelo fato de que eles são uma loja de conveniência num posto de gasolina. Quem conhece o pessoal da loja sabe que eles não escondem de ninguém que o que dá lucro e faz a loja continuar funcionando são as cervejas de massa, que eles vendem a rodo para o churras do final de semana. Não é um negócio centrado em cervejas especiais, por isso é engraçado que sirvam de referência para esse mercado.

O que está faltando no mercado brasileiro é mais criatividade da parte de negócios e empresas que não dependem das cervejas especiais para sobreviver. Porque a verdade dói, mas é uma só: cerveja especial é cara demais no Brasil. Não dá para fazer um negócio barato se você se apoiar nelas como seu carro-chefe.

Deixa eu corrigir essa parte: tudo é caro demais no Brasil
É engraçado (triste na verdade) entrar em fóruns americanos sobre cervejas e ver o pessoal de lá reclamando que six pack de Sculpin está custando na faixa de $12-14. Sim, six pack. E que não está valendo tanto a pena mais por esse preço. Uma cerveja que chegou ao Brasil na faixa dos R$25 a unidade e que esgotou o primeiro lote em pouco tempo. Ao inverso temos o famoso caso da Colorado vendendo Ithaca aqui por R$50 e Guanabara nos Estados Unidos por $15.
Quem já morou fora ou viajou/viaja com frequência sabe como o custo de vida no Brasil é absurdo (carga tributária, encargos trabalhistas, precariedade de toda a cadeia de produção e distribuição, culto ao status e etc). E isso é algo que infelizmente não mudará. Cerveja especial é artigo de luxo no Brasil, infelizmente, e é cobrada como tal. Quem entra neste mundo precisa estar muito consciente disso.

Ricardo, melhor que ficar discutindo isso aqui no fórum, vamos marcar uma rodada aí no brejas com vc e mais o Maurício, (...aproveito pra dizer que não conheço nenhum dos dois pessoalmente!) e quem mais quiser participar! Acredito que esse papo cervejeiro vai ficar muito mais agradável e amistoso!!! Quem topa?

Eduardo, sera um prazer recebe-los a qualquer momento.

E pra quer for de Sao Paulo, e quiser se reunir em algum lugar, fico aqui de segunda a sexta.

Ricardo Martins Sangion escreveu: Nos adorariamos ser o exemplo de precos baixos, porem se fizermos isso hoje, nao conseguiriamos manter o bar funcionando.
Se eu ou o Mauricio estivessemos fazendo rios de dinheiro com o bar, voce nao nos veria trabalhando em outros negocios paralelamente ao bar.

Será realmente que não conseguiriam Ricardo? Imaginem quantas pessoas se sentiriam a vontade em pedir "mais uma" se os preços fossem mais atrativos. Eu imagino que isso até mesmo atrairia muitos clientes novos. A sua rotatividade seria maior, a sua carta de cervejas poderia ser mais ampla, e consequentemente você teria mais opções para negociar preços melhores. Eu acredito que ao baixar um pouco os seus preços vocês só teriam a ganhar, os consumidores só teriam a ganhar e o comércio cervejeiro nacional em geral ficaria melhor.

Acho que esse é justamente o motivo porque o Brasil em geral está a anos luz de países de primeiro mundo. O brasileiro tem a mentalidade de sempre querer lucrar muito em cima de tudo, o que por sua vez diminui as vendas.

Não estou sugerindo que o bar do Brejas se torne um botequim de esquina mas ao invés de vender uma St. Bernardus por R$35, poderia estar sendo vendida a R$25 por exemplo. Não sei qual é a sua rotatividade mas creio que é melhor vender 2 (ou mais) a R$25 do que uma a R$35.