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Pão & Cerveja: Programa 36 – Evandro Zanini

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O “Profeta da Cerveja”. É com esse título que o mestre cervejeiro catarinense Evandro Zanini refere-se a si próprio.

Não é à toa. Zanini é um dos mais respeitados e requisitados consultores para montagem de cervejarias ou receitas de cervejas. Foi com a participação dele, por exemplo, que nasceu a Xingu, ainda nos tempos da antiga Cervejaria Caçadorense, depois adquirida pelo grupo Femsa. É com essa figura que a jornalista Fabiana Arreguy conversa no programa veiculado ontem, 5/2.

A coluna Pão & Cerveja vai ao ar todas as sextas-feiras às 11:45 da manhã pela rádio CBN de Belo Horizonte (106,1 FM). Ouça ao vivo o programa ou curta os programas anteriores gravados e disponibilizados aqui no blog pelo BREJAS. Para a experiência ficar completa, acompanhe também o Blog Pão & Cerveja.

Nem toda cerveja escura é Malzbier

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xingupalmeira

Mês retrasado redigi um artigo sobre o novo site da cerveja Xingu e toquei, de passagem, num tema secundário importante, e nele quero retornar agora: Cerveja escura é tudo igual? Ou seja, podemos dizer que todas elas são iguais às famosas Malzbiers? Muita gente acha que é, e aqui vamos tentar juntos desvendar a charada.

De início, cabe-nos definir a Malzbier. Em várias localidades da Alemanha, onde a variedade foi engendrada — e vejam que não se trata de um estilo de cerveja do BJCP — a Malzbier é oferecida às crianças. Embora a nós, brasileiros, aMalzbierposter prática pareça chocante, eis que vivemos sob o jugo americano do politicamente correto, lembremos que os germânicos encaram a cerveja mais como alimento do que como bebida demoníaca e destruidora de caráteres, lares e reputações.

Mas há outra explicação, essa mais técnica. A Malzbier alemã (o termo deriva de malt beer, ou cerveja de malte) é geralmente enquadrada na categoria das brejas sem álcool, ou com uma concentração não maior do que 0,5% ABV. Tal se dá porque sua fermentação é feita em temperaturas muito baixas, quase ao ponto do congelamento. Nessa condição, as leveduras ficam “adormecidas”, embora haja açúcar de sobra a metabolizar no mosto cervejeiro. Após essa “micro” fermentação, a cerveja é filtrada e pasteurizada, eliminando as leveduras, que nem chegaram a trabalhar muito. O resultado é uma cerveja muito doce, e puxada aos maltes torrados das quais é feita.

No Brasil, porém, a coisa acabou acontecendo de uma maneira um pouco diferente. A Malzbier brasileira é, muitas vezes, produto com adição de flavorizante caramelo em um lote de brejas “pilsen” (ou, tecnicamente, standard american lager) que acabou ficando fora do padrão de fabricação, tudo para disfarçar as pequenas imperfeições e poder vender tranquilamente uma cerveja docinha aos incautos.

O que nos traz de volta à nossa boa e velha Xingu do post anterior. No paladar, a Xinguzinha até que apresenta um dulçor característico. Mas a sua peculiaridade principal não é o caramelo, e sim os maltes tostados que lhe fazem o caráter. A Xingu está enquadrada no estilo sweet stout, onde se encontram cervejas bastante doces, com predominância de maltes torrados que conferem sensações de chocolate e café.

A dobradinha baixo amargor e alto dulçor das cervejas do estilo sweet stout tem ultimamente agradado a muitos paladares femininos, antes adeptos da máxima “só gosto de Malzbier porque é docinha”. Já no público masculino, pra muita gente — incluindo este escriba — as cervejas escuras como a citada Xingu são ótimas opções para sair do comum em bares onde a variedade de cervejas é pequena. Pra outros, segue-se uma tendência, que é encarar as cervejas escuras como a breja pra iniciar as rodadas de ceveja.

Seja como for, as cervejas escuras mais elaboradas — leia-se as “não-Malzbier” — conquistam cada vez mais corações. Sinal dos tempos? Certamente, em se levando em consideração que o público cada vez se cansa mais das standard lagers levinhas de sempre, e está a buscar outras opções de aromas e sabores.

Xingu inaugura novo site com inspiração amazônica

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Xingu1

Digite www.cervejaxingu.com.br no seu navegador, responda à pergunta — sempre inútil — se você é maior ou menor de 18 anos e ligue o som das suas caixinhas. O ambiente será invadido por delicados e misteriosos sons da floresta, como o cantar de pássaros, estrilar de grilos e farfalhar de folhas. Relaxe e viva a experiência do novo site da cerveja Xingu, que entrou no ar no começo deste mês.

Pro internauta que é ligado em alta tecnologia, o prato — ou o copo — é cheio. O novo site da escurinha é totalmente desenvolvido e animado em flash e scripts de última geração. “O grande desafio deste projeto foi repetirXingu3 na internet o conceito misterioso e rico da marca. Precisávamos fazer um site de visual belo, porém inusitado em sua navegação. Enfim, algo que fugisse do óbvio, como a própria cerveja”, diz Daniel Perrone, diretor de criação da Diretta Web, responsável pela criação e desenvolvimento do site, pelo telefone ao BREJAS.

A agência ainda caprichou ao conectar a Xingu com as mais recentes ferramentas de mídias sociais, como Twitter e Facebook. A interatividade se completa quando o usuário clicar nos ícones do rodapé do site, possibilitando compartilhar suas experiências com a breja com seus amigos e seguidores. Estão também disponíveis um screensaver e vários wallpapers bem bolados.

Mais interessante do que as animações que a marca escolheu para dar Xingu2identidade visual ao projeto — animais e plantas de referência amazônica — é a preocupação em direcionar o conteúdo do sítio ao apreciador iniciante de cervejas. Há enxutas e diretas informações sobre a história da breja, os prêmios internacionais que conquistou e depoimentos de proprietários de bares que a comercializam com sucesso.

Isso denota a preocupação recente das grandes cervejarias em informar seus consumidores sobre o produto, ao invés de apenas criar torcedores de rótulos. A iniciativa, beer evangelizadora, deve ser aplaudida e demonstra que o consumidor está cada vez mais à busca de informações sobre cerveja, ao invés de apenas engoli-la.

A Cerveja

Muito mais do que rotulá-la simplesmente como uma cerveja “escura” — ou,Xingu4 horror dos horrores, como uma “malzbier”, coisa que ela não é — sempre considerei a boa e velha Xinguzinha como uma cerveja mais que honesta, ainda mais em relação ao seu custo-benefício. Seguramente, é a minha opção nos restaurantes, bares e botecos que não têm muitas opções.

A sweet stout Xingu é pioneira no país, dado que apareceu numa época em que quase não existiam cervejas “diferentes” neste solo, motivo pelo qual sempre nutri por ela uma relação de carinho. Minha história com essa pretinha é antiga, mas essa eu conto num próximo post.



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