A Schneider é uma cervejaria que muito embora professe rigidamente os mandamentos que sustentam a tradicional escola alemã, leia-se especialmente Reinheitsgebot, acompanha o movimento mundial inovando com brands surpreendentes para sua escola.
Essa Tap X foi lançada especialmente para celebrar o 25º aniversário da pioneira associação de bares e cafés da Holanda. Para tanto utilizou leveduras belgas e o celebrado lúpulo Nelson Sauvin da Nova Zelândia. O resultado é uma excepcional weizenbock!
A apresentação começa em uma belíssima garrafa.
No weiss apresenta um líquido cor de ouro escuro, boa turbidez e um creme de branco de excelente formação, densidade e persistência.
O aroma é alemão, portanto sem os extremismos da escola americana, calibrando as notas do trigo com as leveduras belgas e o lúpulo sauvin muito sobriamente. No início estão lá os maltes brancos tostados, típicos das weizenbocks, e mais tutti-frutti, leve banana, damasco e a mordida picante do cravo. Notas cítricas e especialmente as notas levemente vinificadas quebram o adocicado inicial. Ao longo da degustação as leveduras belgas começam a dominar. Aroma complexo mas ao mesmo tempo sóbrio.
No boca o equilíbrio e a complexidade permanecem. O sabor é inicialmente adocicado, damasco e pão doce, as leveduras belgas também se fazem presentes tudo isso complementado por cravo, notas cítricas e um leve azedo vinificado. O álcool está presente, mesmo perfeitamente inserindo, esquentando a cerveja.
O corpo é médio, a carbonatação é alta e a drinkability, especialmente pelo equilíbrio e sobriedade, é excelente.
Impressionante weizenbock que, na minha opinião, superou levemente sua irmã Tap 5.