Nessa altura do campeonato, precisávamos de algo diferente, de outra região europeia. Olhamos o freezer do lugar e vimos aquela Schneider solitária, TAP 7. Eu nunca tinha tomado e o John já tinha degustado há muito tempo - pedimos ela e ganhamos copos da marca, especiais para degustação.
A espuma estava dentro do esperado, com bolhas pequenas e umas borbulhadinhas de nada. Eu não tenho rinite, não estava gripado, ninguém fumava cachimbo na mesa ao lado, mas, por mais que me esforçasse e me concentrasse, o cheiro da cerveja era inócuo. Tão suave, mas tão suave que eu quase respirei a cerveja, de tão perto que precisei estar pra sentir alguma coisa. E o que surgiu foi cheiro de fermento e álcool... Pelo menos aprendi o cheiro do fermento...
Fiquei impaciente e preocupado - eu tinha tomado uma TAP 6 (ou 8) antes e não achei nada de comparável entre as duas além do rótulo. Taquei-lhe na boca e me concentrei de novo. Dessa vez, me concentrei bastante, a música e as conversas ao redor sumiram. Malte. Me concentrei mais e dei outro gole. Malte... com algo mais... Outro gole: malte de trigo com malte de trigo. No retrogosto, o John notou um sabor salgado, onde eu discordo dele. Eu senti PARCIALMENTE um sabor salgado, uma sensação que remete ao salgado, mas não é sal; talvez faça parte do sabor salgado, mas não é. Não pude dizer com certeza o que era, contanto.
É uma boa cerveja para alcoólatras que querem parecer degustadores e para degustadores iniciantes (como eu) que não tem um bom exemplo para o sabor do fermento. Fora isso, guarde seus trocados porque tem muita weiss melhor por aí.