Comemorativa da Oktoberfest (mesmo não sendo uma das cervejarias autorizadas a vender na festa) é uma weiss diferenciada estando mais para uma Marzen.
Coloração belíssima, dourada escura com creme de média duração e densidade.
No aroma e no sabor o predomínio é do malte e no final um pouco de lúpulo aumentando a drinkability. Cerveja agradável sendo boa pedida para festas.
Uma boa cerveja, porém um pouco enjoativa. Encorpada, de coloração "ouro velho" e aparência turva (mais escura do que uma weizen padrão). Creme consistente e de longa duração. No aroma, de leve, lembra uma bock, com predomínio do malte. No sabor, um frutado diferente das "weizen" convencionais. Álcool em destaque, um tanto desequilibrado no conjunto, passando uma falsa sensação de que essa cerveja tem um ABV maior do que o real. Seria melhor degustá-la se o "nosso" mês de Outubro também fosse tão frio quanto o mês alemão.
Coloração âmbar, levemente turva. Creme de boa formação, mas duração limitada.
Aroma de lúpulo e um pouco de banana. No paladar falta um pouco de personalidade comparada com outras weiss. Malte e lúpulo presentes de forma discreta.
Boa cerveja, refrescante, mas poderia se encaixar melhor no estilo weiss
Weissbier muito interessante da Erdinger, com uma feliz mescla de estilos. Não tem quase nada da tipicidade de uma cerveja de trigo normal, e talvez pudesse ser considerada uma "Märzen Weissbier", misturando o perfil frutado de ale (só que um pouco diferente do esperado para uma Weiss) com a riqueza de maltes e a leve torrefação de uma Märzen. Vale a pena provar o resultado. A aparência é âmbar escura, entre o alaranjado e o amarronzado, opaca, com bom creme. O aroma é interessantemente frutado, com ameixas frescas, caramelo, laranja (esta lembrando uma tripel, por incrível que pareça), tutti-frutti, leve banana e leve floral de lúpulo. O sabor repete as mesmas sensações, mas o malte traz mais complexidade e riqueza: na entrada, o malte levemente torrado e rústico chega a lembrar a sensação de uma bock, e no final há boas notas de pão. Se o aroma puxa mais para o perfil de ale, o sabor atinge um bom equilíbrio entre características frutadas e maltadas. Contudo, há um forte residual metálico tanto no aroma como no sabor.
A harmonia aromática vai muito bem, mas o ponto fraco desta breja são as suas sensações: o paladar é adocicado, com amargor e acidez suaves, deixando um pouco a desejar em intensidade e em amargor. O corpo é leve demais, aguado e metálico, pouco expressivo, e o álcool aparece um pouquinho no final. O final é adocicado e traz bom retrogosto de malte levemente torrado, pão e tutti-frutti, mas que acaba logo e deixa um travo na garganta. Ainda assim, no conjunto é uma cerveja de trigo com muita personalidade, apesar de sua baixa tipicidade, que traz algumas sensações de Weissbier e outras de uma Märzen, justificando a edição comemorativa para a Oktoberfest. Na harmonia e nos aromas, a mescla de estilos é surpreendentemente feliz, mas nas sensações ela deixa um pouco a desejar, tornando-a menos marcante do que poderia. Por isso tudo, dá a sensação de uma cerveja que "morreu na praia". Ainda assim, vale com certeza a degustação, e eu diria inclusive que é uma das Erdingers mais interessantes, junto com a Urweisse.