Uma breja que é intitulada de Märzen, com um rótulo pomposo, cheio de escribas germânicas, certamente conseguiu me deixar com água na boca. Mas, o que vi, foi uma breja com problemas.
O aroma não se desprendeu. O creme formou bem, mas sumiu num piscar de olhos. Sabor maltado, com presença de diacetil, causando uma sensação amanteigada desagradável. Ao que parece, conferindo as publicações dos confrades, a minha amostra possivelmente estava comprometida. Tiraremos a prova em breve, mas, no geral, tomou bomba!
Ah... pelo preço, opte por uma HB ou Paulaner... ali não tem erro.
Cerveja de coloração amarelo dourada, com espuma média e carbonatação também. Aroma e sabor não são característicos da abadia, como consta do rótulo e também fogem da média das Vienna Lagers, o que não é demérito, porque trata-se de uma boa cerveja, com amargor e malte equilibrados e retrogosto longo de médio amargor.
No copo verteu um líquido dourado com um creme de boa formação e persistência. No olfato, trouxe notas bens suaves de malte e lúpulo. Infelizmente, os aromas não se desprendem com facilidade. No paladar, apresenta um excelente equilíbrio entre a doçura do malte e o amargor herbal do lúpulo. Seu fim é seco e levemente resinoso. Possui um corpo leve e carbonatação alta. Enfim, cerveja que surpreendeu positivamente. Parece que nela a Cervejaria Petrópolis manteve a excelência alemã. É refrecante e tem um bom drinkability. Pena, que está sumindo dos mercados.
Causou-me surpresa a primeira golada, pois mais me pareceu uma Pilsen um pouco mais amarga. A coloração é um dourado levemente escuro, boa espuma, mas o gosto em si deixa a desejar, pois não o senti tão prolongado, e o que realmente fica acentuado no paladar é o amargor. Boa, mas não faz jus ao valor que nós pagamos por aqui. Se fosse a metade do preço... Dê preferência a outras Abadias.