Safra 2008, 2 anos e 2 meses de guarda. Já estou com ela guardada há mais de 1 ano, e não me contive com o primeiro esboço da chegada do frio aqui no sul. Na taça, ela mostrou uma coloração marrom escura, com creme bege de média formação, excepcionalmente denso e persistente, deixando uma névoa sobre o líquido que não se desfaz em hipótese alguma. Aromas e sabores são vigorosos e muito complexos. Em primeiro plano, cerejas e vinho do porto. A seguir, maltes caramelizados e tostados, ameixas, figos, café, chocolate e baunilha. Encorpada, licorosa, aveludada. Final longo e doce. Os 11% de álcool estão muito bem inseridos.
Tomei sozinho todos os 750 ml da garrafa, e devo admitir que sua drinkability não é das mais fáceis. Não é tão equilibrada quanto outras Gouden Carolus, pois o amargor não é suficiente para balancear tanta doçura. É uma cerveja que beira o licor. Mas, sem dúvida, sua potência e complexidade impactantes compensam este certo desequilíbrio e fazem dela uma cerveja fantástica e obrigatória no currículo do cervejeiro.