Que beleza de cerveja! Além do rótulo e do nome muito criativos, o líquido em si é puro deleite. Coloração âmbar bem escuro/castanho, turva. Ótima formação de um creme bege claro, denso, consistente e persistente, que deixa uma camada perene sobre o líquido. Aroma bem esterificado, que eu apanhei pra discernir exatamente o que era na primeira vez que a bebi (na Bélgica), pois a breja foi servida muito gelada e eu não tive paciência para esperar esquentar; hoje repeti e embora seja bastante complexo, consegui perceber: frutas escuras, principalmente ameixas, lembrando a geléia dessa fruta, notas adocicadas de candy sugar e damasco seco, lembra muito o da americana The Reverend, sendo igualmente delicioso. O sabor segue o aroma, bem frutado, com a ameixa dominando; o final é levemente amargo e alcoólico. Corpo médio/leve. Drinkability excelente, dá vontade de beber litros, porque é muito refrescante e saborosa, mas não é daquelas cervejas suaves, sem graça, pelo contrário, demonstra muita personalidade e complexidade. O álcool é perceptível, principalmente depois que esquenta, mas bem inserido. Só não fiquei nela a noite inteira por conta da lista gigante de cervejas que tinha para beber na Europa. Detalhe: essa cerveja não estava na lista, mas foi uma das minhas prediletas da viagem. Extremamente recomendada, beba o fruto proibido e descubra o paraíso!