Chegada a centésima avaliação no Brejas, foram quatro anos bastante proveitosos e com muito aprendizado aqui no fórum! Fica aqui o agradecimento a todos os colegas por essa companhia e todo o conhecimento que foi passado a mim.
Também não foi à toa que escolhi a Westmalle Tripel para essa degustação: é um ícone sagrado entre as tripel, sua lendária receita segue inalterada desde os anos 50, e acima de tudo, segue atende ao padrão de qualidade trapista.
Para começar, a garrafa com o perfil tradicional belga e o anel "trappistenbier" são um toque a mais nessa cerveja já tão tradicional. Logo que abri a tampa, um delicioso aroma frutado e seco, algo que lembra os espumantes franceses mais fechados. Ao vertê-la na taça, o corpo alaranjado e opaco formou o conjunto com uma grande quantidade de creme esbranquiçado e denso. Na taça, seu aroma segue ainda mais frutado, seco, alcoólico, com sugestão de frutas cristalizadas, mel, e uma lembrança de maracujá. O paladar é exatamente o que esperava de uma forte representante do estilo: amargor acentuado, notas alcoólicas que não escondem a graduação de 9,5%, muito frutada, algo herbal semelhante à hortelã, pimenta. Bastante personalidade, muito licorosa e cremosa (ainda mais que a Tripel Karmeliet), bem equilibrada, retrogosto agradável (amargo e com resquícios alcoólicos) e carbonatação na medida.
Mesmo não sendo um dos meus estilos favoritos, essa é uma cerveja que só merece elogios, principalmente por seu ótimo custo x benefício.