Sem dúvida um dos meus estilos prediletos, há uma complexidade organizada fabulosa nas Tripels belgas. Logo acabei por ir adiando esse clássico, quase como uma felicidade clandestina. Mas chegou o momento!
Coloração dourada, turva, com longo e fofo creme branco.
Aromas maltados, remetendo a frutas maduras (pêssegos e nectarinas), doces cristalizados (mamão) e melado. O condimentado fenólico vai dando as caras de leve, cravo e canela. Ainda há o álcool, presente e marcante, mas muito bem inserido.
No sabor há o que eu mais preso nas Tripels, a limpeza dos sabores! Tudo é sentido separadamente na boca, formando um conjunto perfeito. Há nuances de levedura, lembrando massa crua fresca, um leve caramelo, frutas natalinas cristalizadas, sutil picancia (pimenta do reino?) e um amargor longo que limpa a garganta para um novo gole.
Uma cerveja de tomar de olhos fechados, rezando pelos monges que a fizeram!