St. Bernardus Prior 8

Coloração marrom escura. Creme volumoso, denso e consistente. Notas de malte, chocolate, caramelo, torrefação, frutas vermelhas e especiarias. Álcool bem inserido e com um leve amargor. Sensacional.

Excelente cerveja. Tem alguns toques de grãos torrados e um leve sabor frutado. Combina muito bem com queijos fortes como roquefort.

A historia desta cervejaria ja foi contada pelo Marcussi em sua avaliaçao, pela sua historia ja deixa claro que é uma daquelas cervejas imperdiveis, aindamais para quem (como eu) gosta das cerveja deste estilo.
Assim que encostei o abridor na garrafa e dei o primeiro tranco ela ja começou a formar espuma tao alta é a carbonataçao.
A cor dela é muito parecida com um cha mate bem opaca.
O aroma é bem frutado, com especiarias, mel e frutas vermelhas. O sabor é um tanto adocicado mas sem ser enjoativo, na boca ela chama atençao novamente pela carbonataçao e da a impressao de descer espumada pela garganta. O alcool apesar de ser sentido nao causa desconforte de maneira nenhuma, conseguimos sentir as frutas vermelhas e as especiarias dao um toque especial dando harmonia ao conjunto.
Excelente cerveja!!!

Degustada a 10,0 graus de temperatura. Validade 04/2014.
Essa golden strong ale belga foi degustada pouco antes da Westveleteren
Extra 8 e não deixou muito a dever. Sua cor é marrom pouco turva e seu
creme bege tem boa formação e duração. Seu aroma apresenta notas de
malte caramelo torrado e notas lupuladas frutadas e de especiarias.
No sabor uma complexidade interessante, apresentando o malte caramelo
pronunciado e um toque lupulado ( frutas vermelhas e frutas secas ).
O álcool é notado mas não incomoda. Corpo e carbonatação médios.
Um conjunto muito bom, mais frutada que a Westveleteren porém menos
equilibrada que a mesma. Degustação altamente recomendada!

Destaque: Degustada na ilustre presença do confrade Marcussi.

Dark strong ale belga com torrefação de maltes marcante, mesclando características de rusticidade e de frescor frutado numa boa harmonia de aromas. A cervejaria St. Bernardus era uma fábrica de queijos até firmar uma parceria com o mosteiro de St. Sixtus para produzir as cervejas Westvleteren. Após a instauração de normas mais estritas para o selo trapista, a produção voltou para St. Sixtus e a St. Bernardus foi proibida de usar o selo trapista e o nome "Westvleteren", mas manteve as receitas originais - de modo que esta Prior 8, teoricamente, usa como base a mesma receita da Westvleteren Extra 8. Por conta disso, o confrade Sérgio Curti e eu resolvemos fazer uma degustação comparativa das duas a fim de observar melhor as semelhanças e diferenças entre os rótulos.

A St. Bernardus apresentou uma cor castanha média, com menor opacidade do que a Westvleteren, e uma carbonatação mais vívida já acusada pela espuma que começou a escapar pelo gargalo da garrafa antes mesmo de despejá-la na taça. O desempenho do creme, contudo, foi prejudicado pela taça em que a degustamos. O aroma mostrou um bom jogo entre o malte e os ésteres, com um caramelo bem equilibrado por notas frutadas de laranjas e maçãs vermelhas. Expressivamente mais frutada que a Westvleteren, mostrando que, se a levedura empregada for a mesma, o tempo de separação já ocasionou mutações consideráveis na cepa. Contudo, em segundo plano, as semelhanças estão lá: notas de mel ou xarope produzidas pela levedura, os mesmos toques de rusticidade sugerindo couro e molho de tomate (DMS) e algo de uvas passas, tornando as duas cervejas razoavelmente próximas, mas com inclinações distintas - enquanto a Westvleteren prioriza sua rusticidade, esta St. Bernardus a harmoniza com toques mais delicados, frescos e frutados para um efeito interessante. O sabor, porém, mostrou-se mais chapado que o aroma. O malte ganha mais peso na boca, mostrando notas expressivas de caramelo e um perfil torrado meio "chapado", sugerindo chocolate e café, mas sem riqueza nem profundidade. O lúpulo é mais perceptível no sabor, mostrando notas herbais de eucalipto semelhantes às que encontrei na Westvleteren 8. Maçãs vermelhas ganham mais destaque, mas todos os demais elementos do aroma ainda aparecem em segundo plano. O paladar é rústico e apresenta equilíbrio entre a doçura e o amargor: a entrada é bem doce e licorosa, com uma acidez média-baixa e algo de salgado, e depois ela vai se tornando mais amarga, conduzindo a um longo final seco e amargo, com retrogosto mais torrado de chocolate, café, terroso e eucalipto. O final é talvez o seu ponto mais fraco, pois mostrou-se pouco vívido, um tanto "chapado", sem riqueza, contrastando com o final mais bem-resolvido da Westvleteren 8. O corpo é mediano a encorpado, com uma textura licorosa, sensação levemente frisante devido à alta carbonatação e uma percepção alcoólica moderada. No conjunto, uma dark strong ale que puxa bastante para o perfil torrado dos maltes (embora não tenha muita riqueza nesse perfil) e traz toques de rusticidade semelhantes aos da Westvleteren 8, mas que apresenta mais características frutadas contrabalanceando e atenuando essa rusticidade.