Bodebrown Blanche de Curitiba

Com certeza a melhor Witbier que provei (não sou muito fã do estilo) vertida na taça se revelou um liquido de coloração amarela (que comparada a outras degustadas do estilo, é um pouco mais escura) com um bom creme de boa formação. No aroma, tenho dificuldade para distinguir a semente de coentro, mas foi percebida cítricos , malte de trigo e condimenrados/especiarias, com destaque para cravo e pimenta. No sabor, refrescancia, suavidade do conjunto bem balanceado, com um final levemente apimentado e condimentado que me remeteu a gengibre. Boa cerveja para o quesito refrescancia e suavidade principalmente!

Belíssima Witbier paranaense, tem tudo aquilo que se esperava numa cerveja do estilo. Começando por sua cor alaranjada palha, passando pelo creme de belíssima formação e consistência. No nariz há uma explosão de cheiros deliciosos e harmônicos, muita laranja, coentro e trigo. Na boca é possível sentir as sensações antes observadas. Muita leveza e equilíbrio, nenhum elemento encobrindo o outro. Uma breja pra lá de refrescante, repleta de personalidade (característica da cervejaria paranaense). Final picante com muita especiaria e cítricos fechando a degusta.

Como é bom falar de bons produtos da nossa terra! A Bodebrown Blanche (branco) de Curitiba, "Bicho do Paraná" assim como este simplório apreciador, é do estilo Witbier que se caracteriza por cervejas de alta fermentação, esbranquiçadas devido às leveduras e ao trigo em suspensão e que usualmente levam coentro e casca de laranja na receita. Não me parece que as representantes de tal estilo tenham potencial de guarda, dado seu caráter leve e suave. A cerveja que personifica o estilo Witbier é a belga Hoegaarden.

A Blanche de Curitiba é produzida pela Cervejaria-Escola Bodebrown, localizada na cidade de Curitiba/PR, cria do descabelado Samuel Cavalcanti para homenagear os 319 anos da cidade (completados em 2012). No portfólio de cervejas estão jóias como a Perigosa (ex-venenosa), a Black Rye IPA, a Wee Heavy e outras.

A garrafa é de 500 ml, lembra o vasilhame da inglesa Fuller's, e ostenta um belíssimo rótulo colorido com a gravura de uma paisagem urbana sendo pisoteada por um bode vestido feito gente, trazendo uma garrafa de Blanche numa das mãos e tendo araucárias por testemunhas do estrago. Apresenta ainda selo de prémio de vencedora no Australian Beer Awards de 2012.

Vertida na taça revelou um líquido de coloração amarelo claro, mediana turbidez, com espuma branca de baixas formação e duração e que à medida que a degustação seguia mantinha rendas nas laterais por algum tempo. Perlage (bolhas) perceptível.

O agradável aroma revelou notas cítricas de laranja, além de malte, coentro e lúpulo herbal.

No paladar o sabor segue o aroma a nos brinda com notas cítricas que lembram laranja e especiarias (coentro), assim como malte e lúpulo em equilíbrio. O líquido acaba por se apresentar acetinado devido às leveduras e ao trigo não filtrados. O álcool de ABV 5,2% é discreto, reforçando o caráter refrescante da cerveja. Retrogosto seco com alguma acidez; carbonatação alta e corpo leve. A drinkability é muito boa.

Conquanto julgue se tratar de uma versão mais atenuada do estilo, especificamente no paladar, a mim o conjunto pereceu harmonioso, suave, convidativo e prazeroso.

Recomendo!

Cerveja amarelo clara, média turbidez, espuma fina de curta duração. Carbonatação média. No aroma, suave adocicado, com notas cítricas, picantes e de malte. Sabor intenso, com notas cítricas (maracujá, laranja) e leve percepção de álcool. Retrogosto equilibrado e suave, cítrico e adocicado. Cerveja com alta drinkabillity. A apresentação é de tirar o chapéu.

Sem dúvida um dos rótulos mais exóticos e criativos do Brasil.
Cerveja de coloração amarela esbranquiçada, turva com longo e pouco persistente creme branco.
Aromas deliciosos! Bastante condimentos (semente de coentro, cravo e pimenta branca), junto a esteres frutados (banana), óleos cítricos e massa de pão.
Sabor refrescante e agradável. Novamente o condimento é o destaque, mas aparece junto ao cítrico, harmonizando bem. Final levemente amargo, gerando boa drinkability.

Retrogosto cítrico um pouco adocicado, destoando do conjunto a deixando um pouco enjoativa.

Cerveja deliciosa, tomaria todos os dias, ainda mais nesse calor! A Bodebrown se mantem como uma das cervejaria mais versáteis e inventivas do mercado nacional!