Destaque para o malte e o álcool bastante presente, mas quase nada de canela. Não a vejo como uma Amber Lager e sim como uma Doppelbock, para mim foi a melhor das três.
Marrom lápis de escola, sem formação de espuma digna de nota. Aroma predominante de caramelo e, com boa vontade (muita), canela.
No paladar, apesar do alto teor alcoólico, um equilíbrio agradável, não agressivo. Levemente viscosa, quase licorosa, com forte presença amadeirada, e a entrega prometida do caramelo, com um toque longe de frutas vermelhas. Alto amargor, resistente na permanência.
Pode ter sido minha amostra, mas achei a breja estranha.
Na cor, um acobreado, de pouca formação com duração quase nula (ficando uma fina camada acima do líquido). O aroma se desprende com MUITA dificuldade, onde podemos sentir levemente madeira, caramelo e a canela de fundo. No sabor, a paulada do coice (já esperada) o álcool vem com tudo, mas logo some, dando um certo "equilibrio" a ela quanto aos assustadores 11,5%. Mas é isso.. um dulçor estranho, lembra caramelo, álcool e canela (leve) junto. Nada impressionante. Custo benefício ruim, mas vale outra degustação para ver se é a amostra ou a opinião deste simples degustador.
A Coruja Coice é do estilo Amber Lager, este caracterizado por cervejas de coloração situada entra o âmbar avermelhado e o cobre, bom equilíbrio entre malte e lúpulo, sabor tostado de malte viena e de baixa fermentação (do alemão lagern significa armazenar). Este termo referia-se ao hábito que se tinha de guardar tais cervejas em locais onde a temperatura era baixa e esta guarda se dava por longos períodos de tempo, antes que fossem consumidas. Disso decorre o fato de notório conhecimento de que as lagers fermentam à temperaturas inferiores às das Ales.
É produzida pela Cervejaria Coruja, cuja história tem início em 2004 no Rio Grande do Sul e depois expandiu-se para Santa Catarina e Paraná. O nome foi escolhido por indicar um animal de hábitos noturnos e associado à sabedoria. No portfólio as fora de série Baca e Labareda, a Viva, a Weizenbock entre outras.
A garrafa é de 300 ml e eu ainda não tinha vistou um rótulo tão bonito, criativo e tão repleto de informações (densidade, IBU, temperatura de consumo, armazenagem, harmonização etc). A ilustração é toda colorida e brilhante de um cavalo dando coices em planetas e um texto gaudério alerta os desavisados para a força da breja.
Vertida na taça revelou um líquido com coloração marrom rubi, translúcido, uma espuma bege de satisfatória formação, razoável densidade e de manutenção mediana. A perlage é contínua, com bolhas pequeninas.
O aroma se apresenta intenso, podendo ser percebidas claramente notas de canela, malte tostado, ameixa, álcool pronunciado e um fugaz lúpulo.
O líquido ostenta uma certa veludez e um sabor dominado por notas adocicadas e nem se percebe amargor do lúpulo ante os maltes tostados. A canela é perceptível, mas não tanto quanto eu imaginava. É impressionante, mas o álcool de 11,5% ABV conquanto pronunciado está em total harmonia com o conjunto. O final é seco e picante o retrogosto é maltado e alcóolico. A carbonatação é baixa e o corpo é médio. A drinkability é muito boa!
A mim o conjunto se mostrou muito bom e a degustação foi prazerosa. De lager só o nome.
Bela morena. O perfume é sensacional assim como o gosto. Apesar do alto IBU achei perfeita a combinação. Bom teor alcóolico. Espero que seja produzida regularmente. Recomendo.