O nome desta cerveja a define muoto bem... que porrada! Tanto no teor alcoólico (perceptivel) como no amargor e uso dos maltes... como os criadores dizem uma "triplebock" de personalidade...
Espuma de formação tímida, que se dissipa rapidamente. No aroma prepondera malte, melado, caramelo e outros elementos que evocam dulçor. A aparência bem escura e turva, visivelmente espessa, prenuncia uma cerveja um tanto encorpada, o que se confirma no primeiro gole. Difícil crer que tem 69 IBU; o amargor não foi pungente em nenhum momento, só mais ao final mostra presença digna de nota. Malte bem marcado. Dulçor evidente, mais para forte do que para enjoativo. Lá pelos últimos goles começou um leve adormecimento de toda a região da boca, provável ação do álcool. O retrogosto, tranquilo, tem média duração, com o malte se destacando.
Drincabilidade não é o ponto forte dessa lager. Após uma long neck, a maioria dos paladares possivelmente buscará algo mais fácil e leve para beber em seguida.
Não dá para afirmar que é um coice, mas uma cutucada. De qualquer maneira, uma cutucada com categoria.
De coloração marrom. Espuma bege, densa, de excelente formação e persistência. Delicioso aroma frutado, trazendo notas doces de malte e caramelo, o álcool neste momento já atribui um aroma licoroso. No sabor, início doce trazendo muito malte, caramelo, frutas vermelhas e torrefação, no final o amargor aparece trazendo o lúpulo, bem intenso. A canela é praticamente imperceptível, nota-se sutilmente no retrogosto através de uma certa picância. O álcool é presente com seus 11,5%, mas bem inserido, causando um leve calor na boca e uma certa adstringência no retrogosto. Carbonatação alta. Corpo médio.
Uma boa cerveja, difícil é caracterizá-la dentro do BJCP 2008 ou 2015, possui características bem distintas como o alto teor alcóolico e o uso de canela. Mas é um "coice" bem dado, vale experimentar.