Na época de lançamento dessa breja eu me recusei a comprá-la, em protesto mudo ao golpe de marketing -- e, porque não dizer, venda casada -- da cervejaria, que fazia o consumidor engolir duas garrafas mais copinho e livrinho por mais de 80 paus.
Eis que a cerveja agora aparece nas gôndolas dos supermercados a preço bem menos criminoso. Assim, comprei-a, enfim.
Na degustação, entretanto, ative-me apenas ao líquido, tirando da cabeça o golpe anterior, pra ser o mais justo e isento possível. Como a decepção na primeira experiência foi ruim, comprei-a de novo, antes de dar aqui a minha nota. Dei duas chances à breja...
Líquido amarelado, com creme alto no início, mas que logo de desvanece no copo, não deixando quase sinal (o copo estava absolutamente limpo!).
No aroma, aparecem as leveduras e um pouco do cereal de malte. Tentei encontrar o amadeirado que o nome sugere, mas não consegui.
No sabor, sobressai o dulçor do malte, além de um leve amargor lupulado. Há uma levíssima sugestão de amadeirado, mas se eu não soubesse de antemão, jamais chutaria que existe. Decepciona ainda pelo corpo ralo e pelo desagradável amargor do final.
Não é má-vontade, juro. Sinceramente, ainda acho que a boa cultura cervejeira poderia ter passado sem essa...