Já havia "tentado tomar" essa cerveja em outra oportunidade, no Bar Anhanguera, mas como cometi o grave erro de deixá-la para o final, numa noite extremamente etílica, não consegui perceber mais nada quando chegou a sua vez (aliás, tampouco consegui terminar a garrafa).
Dessa vez, minha primeira degustação séria dela. Coloração que mistura o marrom com o bege e o vinho. Bem carbonatada, mas não reflete isso na sua espuma que é de pouca duração e bem esparsa. No aroma, banana-passa, frutas secas e açúcar mascavo. No sabor, logo de entrada um amargor bem pronunciado me surpreendeu (esperava algo mais adocicado - talvez pela minha memória sensorial de outras cervejas representantes do mesmo estilo). À medida que o álcool se volatiza e se mostra mais evidente, aparece também o dulçor, que acompanha um vinho tinto, ameixas e madeira.
Uma cerveja única, é verdade, mas não a minha preferida. Acho a receita muito "pesada", não tanto pelo seu teor alcólico, mas por todo o seu conjunto, assim como, na minha opinião, também se mostra a Walls Quadruppel (que me perdoem os fãs dessas duas cervejas). Sem dúvida uma excelente pedida, mas com baixa drinkability (ousaria dizer que até mesmo a Samuel Adam's Utopias apresenta drinkability maior).
Tenho outra garrafa da "Dama do Lago" que vou guardar por, pelo menos, mais um ano.